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Gerência de Natal tem sede reformada
Sede Atual
Nesta quinta-feira (19), o diretor da Agência Nacional de Mineração, Tomás de Paula Pessoa, inaugurou a nova sede da ANM na capital do estado do Rio Grande do Norte, Natal. O antigo local estava cheio de infiltrações e mofo, o que comprometia a segurança dos servidores e os processos, molhados constantemente pelas chuvas. A ampliação e reforma do espaço, de propriedade da ANM, vai melhorar a qualidade de vida no ambiente de trabalho para fornecer serviços de excelência aos habitantes da região.
O diretor da ANM explicou a diferença entre o modelo departamental e da nova agência que agora regula o setor mineral. “Esse é mais um simbolismo, pois recebemos aqui uma obra física, mas por detrás dela trazemos uma carga substancial, muito importante, que é exatamente essa transição do modelo de departamento, que antes vivia sob todos os aspectos da guarita do Ministério de Minas e Energia, para o modelo de agência autônoma com suas necessidades próprias, e, principalmente, a necessidade de se relacionar institucionalmente”, disse Tomás de Paula Pessoa.
Inauguração
A antiga sede não possuía estrutura física para abrigar os servidores e os materiais da Agência. As obras de restauração começaram em agosto de 2018, por conta das infiltrações e mofo, que não asseguravam um ambiente seguro e saudável. A reforma durou um ano, quando os funcionários foram realocados no prédio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Agora, também com o intuito proporcionar economia aos cofres públicos, o Serviço Florestal Brasileiro também ocupa o novo espaço e divide os custos de manutenção do prédio.
“O dia de hoje é um marco para a mineração do nosso estado. Estamos recebendo um prédio reformado e ampliado, totalmente automatizado, moderno e com acessibilidade, proporcionando mobilidade a todos os clientes e parceiros e melhores condições de trabalhos aos servidores da Gerência Regional do Rio Grande do Norte”, diz Roger Miranda, gerente regional da ANM (RN).
O secretário de desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte, Jaime Calado, que compareceu à inauguração representando a governadora Fátima Bezerra, falou da vontade do governo do estado em desenvolver o setor mineral. “O setor que está se animando, com toda a razão do mundo, é o setor da mineração. Ao longo do tempo esse setor foi sendo deixado de lado, e dentro da própria Secretaria também foi sendo enfraquecido, mas hoje nós estamos fazendo um trabalho em parceria, pois sem a ANM a gente não ia chegar em lugar nenhum”, discursou.
O senador Jean Paul Prates (PT-RN), enfatizou a importância da mudança de DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) para ANM, embora a transição tenha sido mais demorada que em outros setores. “Significa que agora vocês são os guardiões dos recursos minerais no Brasil. Havia muito reclamação quanto a esse local. Agora vocês vão estar aqui bem instalados, animados, revigorados com a nova sede. Claro que isso não é suficiente, mas faz com que eles lá na ANM em Brasília possam exigir mais de nós aqui, e esse exigir mais é desenvolver o estado, nosso potencial e colocá-lo na forma de realidade. Esse é o papel da agência: de agir, regular, coibir os mal operadores, mal agentes, ajudar o Brasil a ter bons investidores e bons operadores no setor mineral.”
50 minerais - O Rio Grande do Norte é um estado reconhecidamente importante para a mineração do país. Cerca de 50 minerais podem ser listados na região, como scheelita, ouro, minério de ferro, água mineral, rochas graníticas, para revestimentos em outros fins, calcário, feldspato, caulim, areia, argila e gema.
“Consideramos que há muito o que se fazer em termos de mapeamento geológico, com consequente definição de jazidas e posterior implantação de parques de exploração. Em consequência disso, e considerando a crescente demanda de requerimentos protocolizados na ANM do RN, podemos afirmar que a mineração tem crescido muito nos últimos anos no RN”, explica Roger Miranda.
De acordo com gerente regional, a participação do setor, por exemplo, de rochas ornamentais na balança brasileira em 2018 foi de 0,39%. Em números absolutos, isso significa U$ 670 milhões para uma produção de 1,52 milhões de toneladas. Em 2017, o RN foi o 5° maior exportador de rochas ornamentais, atrás apenas do Espírito Santo, Minas Gerais, Ceará e Bahia.
Situação da antiga sede do Rio Grande do Norte