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A energia elétrica possui características que a diferencia dos demais insumos industriais. Ela precisa ser gerada concomitantemente com o consumo, não pode ser armazenada pelos consumidores, não pode ser transportada pelos meios usuais de transporte e, mais importante, sua qualidade depende tanto das empresas de energia elétrica, que a produzem, transmitem e distribuem, como do consumidor.
A monitoração das grandezas elétricas em sistemas elétricos objetiva avaliar a confiabilidade do sistema e a qualidade da energia distribuída. Os sistemas elétricos estão deixando de ser sistemas eletromecânicos e se transformando em sistemas eletroeletrônicos. Essa transformação, que tem contribuído para o aumento da produtividade industrial e para o uso mais eficiente da energia elétrica, tornou mais rígidos os requisitos de Qualidade para a Energia Elétrica.
Em função disso, ocorrências usuais no sistema elétrico, como energizações de linhas de transmissão e transformadores ou a ocorrência de curtos-circuitos, originando variações de tensão de curta duração (VTCDs) podem ocasionar a parada de grandes unidades industriais. Soma-se a isso também o fato de que as cargas industriais, comerciais e até residenciais que contêm componentes eletrônicos contribuem para o aumento da poluição do sistema elétrico, pois injetam harmônicos no sistema.
Alguns exemplos de fenômenos que afetam a qualidade de energia são: variações de tensão de curta duração (interrupções, afundamentos e elevações de tensão); variações de tensão de longa duração (subtensões e sobretensões); harmônicos; desequilíbrios de tensão; e flutuação de tensão, que causa o fenômeno de cintilação luminosa (flicker).
Esses fenômenos têm sido frequentemente tratados sem considerar as interações econômicas entre as empresas de energia elétrica e seus consumidores. Entretanto, deve-se atentar para a possibilidade de agregar benefícios ou penalidades nos contratos firmados entre os consumidores e as empresas fornecedoras de energia elétrica.