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Primeiro dia do Encontro Nacional do Setor Elétrico tem participação da ANEEL e debates sobre inovações no setor
Substituição da utilização de combustíveis fósseis por energia limpa, armazenamento de energia, transição energética e empoderamento do consumidor por meio da utilização de novas tecnologias. Esses foram alguns dos assuntos abordados nesta quarta-feira (19) pelo Diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Ricardo Tili, durante abertura oficial do Encontro Nacional do Setor Elétrico (Enase), que está sendo realizado até amanhã (20) no Hotel Windsor Oceânico, no Rio de Janeiro.
Em sua fala, Tili destacou que a ampliação das redes de transmissão para a exportação de energia de limpa contribui para o desenvolvimento da matriz renovável. Outro vetor de expansão da matriz renovável, segundo o Diretor, é o armazenamento de energia, que deve se dar através da bateria e da energia reversível. Sobre esse tópico, Tili ressaltou que é o relator do tema na ANEEL e que a previsão é de aprovação da norma até dezembro deste ano. Quando o assunto é transição energética, o Diretor reiterou o protagonismo do consumidor. “A transição energética não acontecerá sem o empoderamento do consumidor; a transparência da composição tarifária e a liberdade de escolha. O processo já vem acontecendo por meio da geração descentralizada, em que o consumidor gera a sua própria energia, porém ele precisa ser mais rápido e contínuo. O consumidor deve ter a liberdade de fazer as suas escolhas e de ser atendido da melhor forma”, pontuou Tili.
O painel de abertura do evento teve como tema: Transformação em Curso - Estratégias e Políticas Rumo a um País Descarbonizado. Participaram da abertura Carla Primavera, Managing Director - Climate Change – BNDES, e Thiago Prado, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
No período da tarde, a Diretora da ANEEL, Agnes da Costa, participou do painel sobre leilões e desestatizações. Em sua fala, ela destacou que o modelo de leilões adotado no Brasil, principalmente quanto à expansão da transmissão chama a atenção entre os países em desenvolvimento. “No Brasil, o desenho de diversos lotes atrai grandes players e também novos players, com isso, há uma curva de aprendizado e a possibilidade de competição, com regras que não são discriminatórias. O É uma história de sucesso que inspira outros países”, ressaltou Costa. O Superintendente de Relacionamento e Governança em Licitações - B3, Guilherme Peixoto, ressaltou que desde 2017 a taxa de sucesso dos leilões realizados pela ANEEL é de 100%, o que demonstra a maturidade do setor elétrico e a responsabilidade com a modicidade tarifária. O painel foi moderado pelo CEO - Negócios de Energia – NEAL, Edvaldo Santana.
O Diretor Ricardo Tili também participou de um painel no período da tarde sobre as prioridades da regulação tarifária e financeira para os anos de 2024 e 2025. Ele fez um panorama sobre as diferenças regionais de tarifa no Brasil e também abordou o preço da tarifa do Brasil em relação aos outros países.
Movimento Valoriza Regulação
No início da tarde, o gerente de Distribuição da Superintendência de Regulação dos Serviços de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica, Pedro Lombardi, fez uma fala sobre o movimento Valoriza Regulação, realizado no âmbito das 11 agências reguladoras federais contra cortes orçamentários e desvalorização dos servidores. Lombardi destacou o déficit de pessoal nas agências reguladoras, sobretudo na ANEEL, falou sobre a defasagem salarial das reguladoras em relação a outras carreiras como, por exemplo, Banco Central, e solicitou apoio dos agentes do setor e presentes no sentido de incentivar o movimento e assim fortalecer a regulação no país.