Programa de Eficiência Energética no Brasil recebe avaliação inédita

Avaliação inédita dos resultados do Programa de Eficiência Energética (PEE) no Brasil foi apresentada nesta quarta-feira (22/ 11) na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em estudo desenvolvido através de cooperação entre Brasil e Alemanha.

A análise dos dados em residências de baixa renda para demonstrar os impactos sobre o consumo de energia para esses domicílios, a avaliação da eficácia das iniciativas e a aplicação de recursos financeiros de forma transparente foram algumas das principais informações apuradas.

Na abertura do evento, o diretor-geral da ANEEL, Sandoval Feitosa, destacou a relevância do PEE, que vem proporcionando benefícios aos consumidores de energia elétrica no Brasil. “Além da redução do consumo, há a questão dos impactos sociais, econômicos e ambientais”, ao referir-se à entrega de geladeiras a populações carentes. “É grande a expectativa de continuar crescendo e evoluindo muito nessa área de Pesquisa & Desenvolvimento, Eficiência Energética e Inovação, de forma engajada e extensiva a todos”.

O trabalho de avaliação foi executado pelo Centro de Aprendizagem em Avaliação e Resultados para a África Lusófona e Brasil da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP CLEAR), resultante da parceria da ANEEL e da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, realizada no âmbito do Projeto Sistemas de Energia do Futuro (SEF). A GIZ Gmbh é uma empresa federal alemã para cooperação técnica que atua no Brasil na promoção do desenvolvimento sustentável.

Segundo dados da ANEEL, entre 1998 e 2020, foram implementados cerca de 4.800 projetos pelas concessionárias, com investimento equivalente a R$ 7,87 bilhões, que resultou na redução do consumo de energia elétrica em 63,6 TWh (terawatts- hora) (1998-2019), e a retirada de demanda no horário de ponta de 2,8 GW (gigawatts). Essa energia economizada corresponde a aproximadamente a energia gerada por Itaipu ao longo de 2022 (69,87 TWh).

O titular da Secretaria de Inovação e Transição Energética da ANEEL, Paulo Luciano de Carvalho, anunciou que “em dois anos, vamos aperfeiçoar o Programa de Eficiência Energética”. Segundo ele, é necessário ampliar o trabalho diante da perspectiva de transição energética.

Participaram do evento diretores e técnicos da GIZ, FGV, Tribunal de Contas da União (TCU), Associação das Distribuidoras de Energia Elétrica (ABRADEE), Ministério de Minas e Energia (MME), Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da ANEEL.