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ANCINE anuncia os vencedores do terceiro edital voltado para obras com linguagem inovadora e relevância artística: 22 projetos dividirão os recursos
Programa Brasil de Todas as Telas investe R$ 30 milhões em novos filmes
A ANCINE divulgou nesta quinta-feira, 10 de novembro, o resultado final da Chamada Pública PRODECINE 05/2015 , que investe em projetos de linguagem inovadora e relevância artística, com destinação inicial para as salas de cinema. O anúncio foi feito pelo diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel, no Escritório Central do Rio de Janeiro, com a presença dos diretores da ANCINE, Rosana Alcântara e Roberto Lima, além de representantes do setor audiovisual.
Um total de 22 projetos de longa-metragem dividirá os R$ 30 milhões, em recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, oferecidos nesta ação do Programa Brasil de Todas as Telas .
“Esta é uma linha de investimento que valoriza os realizadores e suas escolhas artísticas. Apostamos em obras com potencial para trilhar carreira em festivais nacionais e internacionais, ampliando a visibilidade do filme brasileiro, e que também possam chegar ao circuito de salas de cinema, diversificando a oferta e ampliando o público do cinema nacional. Não acreditamos em um único tipo de filmes. A sociedade brasileira é plural e deseja ter acesso filmes de diversos gêneros, linguagens e sensibilidades”, observa o diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel.
Em sua terceira edição, a Chamada PRODECINE 05 recebeu 330 inscrições, um aumento de 65% em relação à última edição. A comissão de seleção foi composta pelos cineastas Giba Assis Brasil e Hilton Lacerda e por três servidores da ANCINE. Dos 22 projetos selecionados, 16 são filmes de ficção, 5 são documentários e 1 é um filme de animação para o público adulto. Esses projetos serão realizados por produtoras independentes sediadas em sete estados (Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) e no Distrito Federal.
Entre os contemplados há projetos de cineastas veteranos, como Geraldo Sarno, Silvio Tendler, Geraldo Moraes, Paula Gaitán e Carlos Gerbase, e nomes da novíssima geração do cinema brasileiro, como Adirley Queirós, Maya Da-Rin, Alice Furtado e Gustavo Galvão. Dez diretores são estreantes no formato longa-metragem de ficção.
Conheça os 22 projetos contemplados
Filmes que receberam investimento em edições anteriores já estão prontos
Em funcionamento desde 2013, esta Chamada Pública já contemplou 33 projetos. Parte já foi finalizada e segue carreira em Festivais e Mostras, antes da estreia comercial. “Beduíno”, de Júlio Bressane, um dos vencedores anunciados em 2014, fez sua estreia mundial no Festival de Locarno, na Suíça.
Vencedor dos prêmios de Melhor Filme e Melhor Atriz no Festival do Rio 2016, “Fala Comigo”, do estreante Felipe Sholl, também foi um dos contemplados no primeiro edital. “Até ganharmos o PRODECINE 05, em 2014, não tínhamos nenhum dinheiro em caixa. O recurso do edital financiou 100% do nosso filme. É uma linha importantíssima, que privilegia um cinema mais autoral, e já está rendendo frutos. Espero que essa política de financiamento continue, porque é fundamental para o surgimento de novas vozes no cinema brasileiro”, avalia o diretor Felipe Sholl.
Outro projeto que percorreu festivais, acumulando prêmios, foi o longa “Mulher do pai”. O filme de estreia da diretora Cristiane Oliveira recebeu o prêmio da crítica na Mostra São Paulo 2016 e de Prêmio de Melhor Direção no Festival do Rio deste ano.
“O último trago”, realizado pelo coletivo cearense Alumbramento, já participou do Festival de Brasília, da Mostra São Paulo, da Janela Internacional de Cinema do Recife e entra na programação da próxima Semana dos Realizadores, marcada para acontecer este mês, no Rio de Janeiro.
Dos filmes selecionados na primeira edição desta linha de investimentos do FSA, 5 filmes já estão prontos e presentes no circuito de festivais, 3 estão finalizados e se apresentando aos festivais, 6 estão filmados e em finalização, e 3 em processo de filmagem.
Saiba mais sobre o Programa Brasil de Todas as Telas
O Programa Brasil de Todas as Telas, lançado em julho de 2014, foi desenhado para estimular a expansão do mercado e a universalização do acesso às obras audiovisuais brasileiras. Trata-se de uma ampla ação governamental que visa transformar o País em um centro relevante de produção e programação de conteúdos audiovisuais. Foi formulado pela ANCINE em parceria com o Ministério da Cultura, e com a colaboração do setor audiovisual por meio de seus representantes no Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual - FSA.
Os resultados do Programa vêm superando as metas estabelecidas. Até outubro deste ano, foram 486 longas-metragens e 476 séries ou telefilmes apoiados. A aposta no investimento em desenvolvimento de projetos também foi bem-sucedida, rendendo a estruturação de 69 núcleos criativos em todas as regiões do país, e garantindo o desenvolvimento de 769 novos projetos de obras audiovisuais.
Em seu terceiro ano, o Programa Brasil de Todas as Telas garante a continuidade de uma política pública vigorosa para o audiovisual brasileiro. Para dar previsibilidade às suas ações de investimento, a ANCINE disponibilizou o Calendário de Financiamento para o biênio 2016/2017 , que traz as datas previstas para a abertura e divulgação de resultados das chamadas públicas do Programa.