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MinC e ANCINE fazem balanço dos investimentos no audiovisual em 2023
Na última quinta-feira, 14 de setembro, a ANCINE se reuniu com o Ministério da Cultura, em Brasília, para apresentar os principais investimentos ao setor audiovisual realizados em 2023, resultado das Chamadas Públicas do Fundo Setorial do Audiovisual - FSA e dos recursos disponibilizados pelas Leis de Incentivo. O encontro foi comandado pela Ministra da Cultura, Margareth Menezes, que acompanha os trabalhos e as metas de investimento estabelecidas para o ano.
De acordo com balanço apresentado pela ANCINE, neste mês de setembro os investimentos no setor audiovisual brasileiro chegam a R$ 2,4 bilhões. Desse total, R$ 1,2 bilhão já foram disponibilizados pelo FSA nas nove Chamadas Públicas concluídas este ano, que somam R$ 653,7 milhões, e nas Linhas de Crédito, no valor de R$ 537 milhões, para financiamento em infraestrutura, inovação e capital de giro das empresas do setor.
No valor de R$ R$ 453,7 milhões, seis Chamadas foram destinadas à produção e à distribuição de obras audiovisuais para o cinema. Com grande adesão do mercado, as Chamadas Públicas de Cinema tiveram 1.402 projetos inscritos, de todas as regiões do País, e resultaram em 244 projetos selecionados. Os valores médios aportados pelo FSA nessas obras são de R$ 506 mil, para comercialização, e R$ 1,8 milhão, para investimentos na produção. Ao todo foram contempladas 168 produtoras brasileiras independentes, - sendo 98 delas iniciantes (níveis 1 e 2) -, e 9 distribuidoras.
Nas Chamadas para televisão, dos 623 projetos inscritos, 122 foram selecionados. Nas três Chamadas Públicas, 56 projetos são de produções de fora do eixo Rio-São Paulo, dos quais 27 foram selecionados em modalidade regional específica. Das 109 produtoras brasileiras independentes contempladas, 50 são iniciantes. Para as três Chamadas Públicas de televisão o FSA reservou 200 milhões.
Novos investimentos no setor
Além da divulgação dos resultados das Chamadas, que iniciaram um ciclo de retomada de investimentos com foco na recuperação da capacidade criativa e produtiva do Brasil, novas Chamadas Públicas foram lançadas a partir de abril deste ano, representando mais R$ 446,8 milhões em aportes do FSA no setor. Duas dessas Chamadas, que estão em fase de seleção, são voltadas para cinema e totalizam R$ 313 milhões. Para o Edital Ruth de Souza, idealizado para seleção de obras dirigidas por mulheres cis ou transgênero estreantes, foram destinados R$ 36 milhões do FSA, que serão geridos pela Secretaria do Audiovisual.
Das Chamadas atualmente abertos, R$ 90 milhões são para seleção de projetos de televisão e 350 mil euros para projetos para cinema em coprodução com Portugal.
Neste momento ainda de retomada do público às salas de cinema, e dos impactos principalmente nos pequenos cinemas, o FSA fez uma nova edição da Chamada de apoio aos pequenos exibidores, no valor total de R$ 6 milhões, com o objetivo de garantir a manutenção, preservação e funcionamento das salas de cinema, assegurando o acesso e o consumo de conteúdo audiovisual por toda a sociedade brasileira, especialmente nos pequenos municípios.
Leis de Incentivo
Além dos investimentos do Fundo Setorial do Audiovisual, a ANCINE apresentou também os números relativos à aprovação de projetos via Leis de Incentivo. Até o fim de agosto, foram contabilizados R$ 434,5 milhões em liberações de recursos incentivados para 423 projetos e a projeção é de que até o fim do ano esse valor chegue a R$ 640 milhões. Os números são superiores à média histórica e refletem a retomada da confiança e da potência das Leis de Incentivo.
Totalizando todas essas fontes de recursos para investimento, o aporte ao setor audiovisual brasileiro em 2023 apurado em setembro chega a R$ 2,4 bilhões.