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Linhas de Desempenho Comercial e de Desempenho Artístico do Sistema de Suporte Automático beneficiam 88 empresas, entre produtoras, distribuidoras e programadoras
Fundo Setorial do Audiovisual destina R$ 120 milhões a empresas brasileiras do setor audiovisual
A Agência Nacional do Cinema - ANCINE e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) divulgaram nesta sexta-feira, 29 de dezembro, os resultados finais da Chamada Pública PRODAV 06/2017 - Suporte Automático / Linha de Desempenho Comercial e da Chamada Pública PRODAV 07/2017 – Suporte Automático / Linha de Desempenho Artístico .
As linhas de suporte automático, inspiradas nas melhores práticas internacionais de financiamento público à produção audiovisual, valorizam o mérito das empresas pelos resultados conquistados. Desta forma, possibilitam o planejamento de suas atividades e parcerias com mais consistência e previsibilidade.
“O sistema de suporte automático é um incentivo as empresas brasileiras independentes, reconhecendo o bom desempenho comercial e artístico das produtoras, distribuidoras e programadoras do setor audiovisual. Assim fortalecemos o mercado como um todo”, explica a diretora-presidente em exercício, Debora Ivanov.
Os recursos ficam disponíveis por até dois anos para investimento em novos projetos de longas-metragens, telefilmes e obras seriadas de ficção, animação e documentário, aptos a constituir espaço qualificado, selecionados pelas próprias empresas. Os contemplados devem ficar atentos à data a partir da qual será contado o prazo de 2 anos, que será o da publicação do resultado final da Chamada Pública no Diário Oficial da União , prevista para o próximo mês.
PRODAV 06/2017 - Suporte Automático / Linha de Desempenho Comercial
Nesta edição da Chamada Pública PRODAV 06 o aporte de R$ 100 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) beneficiará 78 empresas brasileiras.
O Suporte Automático é estruturado em três módulos (Produção, Distribuição e Programação) e cada empresa dispõe de uma conta automática, onde são catalogados os pontos relativos ao seu desempenho ou prática comercial: receitas de bilheteria e licenciamentos de obras. Na contabilização desses pontos, que se convertem em recursos financeiros, são valorizadas ainda algumas características da obra, como a localização da produtora.
No módulo Distribuição, 10 empresas foram contempladas e dividirão R$ 30 milhões. As três primeiras colocadas foram: Imagem Filmes (R$ 9,7 milhões); Downtown Filmes (R$ 8,7 milhões) e Vitrine Filmes (R$ 6,5 milhões).
No módulo Produção, em que os titulares são produtoras independentes, R$ 50 milhões serão aplicados em novos projetos de 63 empresas que alcançaram maior pontuação. As três empresas mais bem colocadas nesta chamada pública são: Gullane Entretenimento (R$ 4,1 milhões); Lereby Produções (R$ 3,9 milhões), e Atitude Produções (R$ 3,8 milhões).
No módulo Programação, que premia as programadoras brasileiras de canais de televisão que mais investem na exibição de conteúdo nacional, os recursos, no valor de R$ 20 milhões, serão divididos por cinco empresas: Canal Brazil S.A, responsável pelo Canal Brasil, com R$ 8,9 milhões; Conceito A em Audiovisual, programadora do canal Cinebrasil TV, com R$ 4,9 milhões; Gamecorp, da Play TV, com R$ 2,2 milhões; Synapse Programadora de Canais de TV, que mantém o Canal Curta!, com R$ 3,4 milhões e a PBI – Programadora Brasileira Independente (Box Brasil), com R$ 277 mil.
PRODAV 07/2017 - Suporte Automático / Linha de Desempenho Artístico
Essa linha do Programa Brasil de Todas as Telas destina R$ 20 milhões, em recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) , a produtoras brasileiras independentes cujos filmes lançados em 2015 foram destaque em razão de premiação ou da participação em festivais nacionais e internacionais.
O valor da premiação é dividido de forma proporcional entre as empresas responsáveis pelas dez obras que obtiveram maior pontuação. Os recursos deverão ser investidos na produção de novas obras audiovisuais brasileiras de produção independente de ficção, animação ou documentário.
O filme que mais pontuou no sistema foi “Casa Grande”, da Migdal Produções, com direção de Felipe Barbosa. O longa participou de 26 festivais, entre eles Festival Internacional de San Sebastian, Festival de Roterdã e BAFICI.
Confira as dez obras com a maior pontuação e os valores destinados às produtoras:
1. “Casa grande”; Migdal Produções Cinematográficas; R$ 3.027.989,82
2. “Que horas ela volta?”; África Filmes; R$ 2.748.091,60
3. “Ausência”; Bossa Nova Films; R$ 2.468.193,39
4. “Branco sai preto fica”; Cinco Da Norte-Serviços Audiovisuais; R$ 2.315.521,63
5. “Beira-mar”; Avante Filmes; R$ 1.882.951,65
6. “Obra”; Cinematográfica Superfilmes; R$ 1.857.506,36
7. “Sangue azul”; Drama Filmes.; R$ 1.552.162,85
8. “Depois da chuva”; Coisa De Cinema - Cinema e Video; R$ 1.424.936,39
9. “A História da eternidade”; AC Cavalcante Serviços; R$ 1.424.936,39
10. “Permanência”; Cinemascópio Produções Cinematográficas e Artísticas; R$ 1.297.709,92