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Linhas C e D contemplaram 26 projetos, apresentados por 10 distribuidoras e 25 produtoras
FSA investe R$ 24,5 milhões no cinema brasileiro através das Linhas C e D
Em anúncio realizado na tarde de quinta-feira,16/09, no auditório da ANCINE, foram divulgados os resultados das Linhas C (Prodecine 02/2009 - Aquisição de Direitos de Distribuição de Longas-metragens) e D (Prodecine 03/2009 - Comercialização de Longas-metragens) do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). As duas linhas de investimento foram articuladas para fortalecer as distribuidoras independentes brasileiras e estimulá-las a ter o filme nacional como seu principal produto.
No total, 26 projetos, apresentados por dez empresas distribuidoras independentes e associados a 25 produtoras, receberão investimentos de R$ 24,5 milhões. O evento foi conduzido por Manoel Rangel, diretor-presidente da ANCINE, Murilo Azevedo Guimarães, superintendente da área de subvenção e cooperação da FINEP, e Mario Diamante, diretor da ANCINE.
Manoel Rangel destacou os avanços realizados nesta segunda convocatória do FSA e a ampliação significativa do volume de investimentos injetados no mercado. Observou também que os primeiros resultados concretos do FSA já se fazem notar, como o encurtamento do ciclo de produção dos longas-metragens, entre o momento da apresentação do projeto e o lançamento comercial do filme finalizado:
_ Percebemos que houve uma mobilização mais ampla do mercado, além de um aperfeiçoamento dos projetos apresentados e dos próprios mecanismos de análise e seleção. Mas o objetivo do Fundo permanece o mesmo: encontrar filmes que tenham capacidade de dialogar com diferentes públicos, induzindo uma produção diversificada a realizar seu potencial nas salas de cinema.
Murilo Azevedo Guimarães enfatizou a transparência do processo de análise e seleção dos projetos contemplados pelo FSA, que, em seu segundo ano de operação, vem se consolidando como um dos principais mecanismos da política pública de incentivo à indústria do cinema e do audiovisual no Brasil:
_ Houve possibilidade de recursos em todas as etapas do processo. Passaremos agora à etapa de contratação, que deve ser concluída rapidamente, desde que os proponentes apresentem a documentação solicitada.
Em seguida, Mario Diamante fez a leitura dos projetos contemplados e os respectivos valores investidos. Leia <>a relação completa.
Bruno Wainer, da distribuidora Downtown Filmes, que teve dois projetos contemplados nesta convocatória do FSA – “O tempo e o vento” e “Cilada.com” – elogiou o mecanismo:
_ O Fundo Setorial do Audiovisual é o primeiro instrumento sólido de apoio às distribuidoras brasileiras independentes. Mas ele ainda pode ser aperfeiçoado e ganhar mais agilidade, e assim se tornar tão atraente para os produtores quanto o Artigo 3º da Lei do Audiovisual. É importante observar que, no caso das linhas de investimento voltadas à distribuição, já existe um filtro prévio realizado pelas distribuidoras, que só se remuneram com projetos bem-sucedidos comercialmente.
Luiz Bolognesi, diretor do longa-metragem de animação “Lutas” – que na convocatória anterior do FSA recebeu recursos para a produção (linha C) e agora receberá investimentos para a comercialização – também reconheceu a importância do FSA para o setor:
_ O Fundo Setorial do Audiovisual representa uma revolução no cinema brasileiro. O trabalho de análise e seleção é feito com muita seriedade e equilíbrio, com uma avaliação realista do potencial de retorno de cada projeto.
Sérgio Sá Leitão, diretor-presidente da Riofilme, sublinhou a importância estratégica das Linhas C e D do FSA, por estimularem parcerias entre empresas produtoras e distribuidoras nacionais independentes:
_ Nos principais países que se afirmam como produtores de cinema no mundo, observamos que existe uma forte associação entre produtores e distribuidores nacionais. Isso é fundamental para a afirmação e solidificação da indústria do cinema no Brasil.
Rita Buzzar, da produtora Nexus, do longa-metragem “O tempo e o vento”, afirmou que o FSA é importante por permitir que produtores não dependam inteiramente do patrocínio de empresas que não têm ligação com o cinema:
_ O Fundo favorece uma maior competição entre as distribuidoras brasileiras e dá mais fôlego para as produtoras. Espero que os filmes contemplados dêem certo com o público e apresentem bom resultado nas bilheterias.
Marcelo Toledo, da distribuidora Raiz – que teve três projetos contemplados na Linha D (“Corpo presente”, “Guerra dos vizinhos” e “Quebradeiras”) também exaltou a transparência do processo de seleção:
_ Os pareceres dos analistas foram ricos, com critérios claros, então sabemos o que deu certo e o que deu errado na formulação do projeto. Eu aprovo que o Fundo tenha retorno financeiro, porque isso torna o profissional mais responsável e o leva a pensar no ciclo inteiro da produção de um filme.
Saiba mais sobre o Fundo Setorial do Audiovisual: www.ancine.gov.br/fsa
Assessoria de Comunicação, 16/09/2010