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A atriz e diretora é uma das estrelas da campanha “Audiovisual brasileiro. Grande como o Brasil”. Confira a entrevista exclusiva de Patricia Pillar para o Portal ANCINE
Entrevista com Patricia Pillar
Durante a gravação do comercial da campanha "Audiovisual brasileiro. Grande como o Brasil", que estreou na TV aberta no dia 7 de dezembro, entrevistamos a atriz e diretora Patricia Pillar sobre sua relação com o audiovisual. Ela é uma das estrelas da campanha, ao lado de Matheus Nachtergaele, Cauã Reymond e Deborah Secco.
Confira abaixo nossa conversa com Patricia:
Você falou que gosta de interpretar personagens. Conta para a gente, você fez a Zuzu Angel, fez vários papéis no cinema. Como é para você atuar no cinema?
Patricia: É uma delícia. O set é muito mágico e a linguagem do cinema é muito interessante. É um bordado, você vai fazendo os pedacinhos e depois vai colando. Eu me identifico muito com essa linguagem, que é muito delicada e artesanal. Tenho muito prazer em estar em um set de cinema, e tive muito prazer de ter feito alguns personagens que, para mim, foram muito importantes no meu desenvolvimento como atriz. Então o cinema tem um espaço muito caro para mim.
Você também teve experiência dirigindo o documentário sobre o Waldick Soriano (“Waldick, sempre no meu coração”, 2008). Como foi sair da experiência de atriz e ir para um papel diferente?
P: Depois de um certo tempo de set você começa a ter muitos desejos e muita opinião sobre as coisas, então chega uma hora em que é natural que um artista queira assumir os riscos para si. Querer contar uma história. E sempre fui apaixonada pela música do Waldick e pela história daquele homem do sertão nordestino que vem para a cidade grande para ter um espaço. Acho que isso conta um pouco da história de milhões de brasileiros. Então tive prazer de falar sobre alguns assuntos que me interessam, como solidão, sucesso, fracasso, abandono, enfim, sobre nossas escolhas e suas consequências. O filme do Waldick fala um pouco dessas minhas preocupações.
Que diferenças você vê da nossa indústria audiovisual de uns dez, 15 anos atrás, para como ela está hoje?
P: Acho que estamos num caminho, num processo, que não é fácil, mas há muitos ganhos nessa caminhada. Estamos partindo para uma coisa muito saudável, que é a diversidade de gêneros, a diversidade de temas, diretores novos, misturados àqueles diretores que já conhecemos, e que fazem um cinema muito autoral. Acho que estamos tendo o prazer de ter um cinema diversificado, e isso é importante para a nossa indústria. É um momento importante.
E como espectadora do cinema nacional, o que você gosta de assistir? O que já te marcou?
P: Alguns filmes foram fundamentais para a minha formação como pessoa, como “Bye, bye, Brasil” (Carlos Diegues, 1979). Ali alcançamos uma maneira de falar do Brasil, do povo brasileiro, com magia, com poesia. “O mágico e o delegado” (1983), de Fernando Coni Campos, e “A dança dos bonecos” (1986), do Helvécio Ratton, são filmes ótimos. Tenho muitas boas lembranças de filmes brasileiros. Espero que todos tenham essa possibilidade de poder acompanhar o cinema brasileiro, de ter acesso aos produtos que fazemos.
Assista, recomende, valorize o que é seu.