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Plano inclui investimentos em todos os setores da cadeia produtiva do audiovisual
Comitê Gestor do FSA aprova Plano Anual de Investimento; valor total em 2018 será recorde
O Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual (CGFSA) aprovou, nesta segunda-feira (14), o primeiro Plano Anual de Investimentos (PAI) do FSA do programa #AudiovisualGeraFuturo. Foram aprovados mais R$ 705 milhões para o setor em 2018. Os recursos do PAI somam-se agora aos R$ 551 milhões já anunciados no primeiro trimestre (veja quadro abaixo), chegando ao valor recorde de R$ 1,256 bilhão.
Há ainda um valor disponível de R$ 120 milhões, cuja destinação será decidida em breve pelo Comitê Gestor. Com isso, o investimento total será de R$ 1,376 bilhão. Nunca se investiu tanto no setor audiovisual brasileiro.
Segundo o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, as novas linhas de investimento serão lançadas ao longo do ano e "incluem uma série de inovações, que representam um marco para o audiovisual brasileiro, com forte impacto positivo sobre o desenvolvimento do setor e sua contribuição para o desenvolvimento do país".
- A primeira parte do programa #AudiovisualGeraFuturo foi lançada em fevereiro desse ano com a abertura de 11 editais, geridos pela Secretaria do Audiovisual (Sav/MinC), no valor total de R$ 80 milhões .
- Em março, MinC e Ancine anunciaram novo investimento, no valor de R$ 471 milhões para setor audiovisual, com o lançamento de editais para cinema e televisão, geridos pela ANCINE.
Estão previstas novas linhas de investimento em formação e capacitação, em games e realidade virtual e aumentada, em restauração e digitalização de acervos e em coproduções internacionais, além das linhas voltadas a desenvolvimento, produção e distribuição de conteúdos de cinema e TV. Há também cerca de R$ 100 milhões para operações de crédito destinadas aos segmentos de infraestrutura, tecnologia, exibição e outros.
O presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Christian de Castro, lembra que o plano é resultado de um diagnóstico aprofundado sobre a performance e os resultados do FSA em seus primeiros dez anos de operação; e de um ano de intensos debates no âmbito do Comitê. “As mudanças estruturais promovidas melhoram a distribuição dos recursos do fundo, permitindo a ampliação de seu alcance e o crescimento mais equilibrado do setor”, diz ele.
Distribuição dos recursos
Considerando as linhas já lançadas e as novas, previstas no Plano Anual de Investimento aprovado, serão investidos R$ 465 milhões em produção e desenvolvimento de cinema; e R$ 98 milhões em distribuição. Outros R$ 424 milhões serão destinados à produção, desenvolvimento e promoção de conteúdos para TV. O setor de games receberá R$ 37,7 milhões, para desenvolvimento, produção e lançamento.
O novo plano também inclui uma linha de financiamento para infraestrutura, no valor de R$ 100 milhões, abrangendo todos os elos da cadeia. Para a realização de mostras e festivais, foram reservados no total R$ 26,5 milhões, além de R$ 6,5 milhão para exibição.
A linha de formação e capacitação receberá R$ 17,6 milhões. A de preservação, memória e digitalização de acervos, um total de R$ 23,4 milhões. Serão destinados ainda R$ 56,4 milhões para projetos de coinvestimento regional com estados e municípios, com o objetivo de estimular o desenvolvimento do audiovisual em todas as regiões do País.
A alavancagem aumentou para todas as regiões. Para as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, passou de R$2 para R$ 5. Isso significa que, a cada R$ 1 investido por estados ou capitais, serão aportados R$ 5 em recursos do FSA. Municípios do interior contarão com alavancagem maior: de R$ 1 para R$ 6.
Para a Região Sul e os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, a alavancagem passará de R$ 1,5 para R$ 4. Para cidades do interior, de R$ 1,5 para R$ 5. Já nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, a contrapartida do FSA para cada R$ 1 investido será de R$ 3 nas capitais e de R$ 4 no interior.
*Com informações do Ministério da Cultura (MinC)