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Nova metodologia foi definida em reunião na ANCINE com representantes do mercado
Aprovada aferição por sessão de cinema para cumprimento de cota de tela
A ANCINE – Agência Nacional do Cinema realizou, nesta segunda-feira, 8 de janeiro, reunião com representantes dos setores de produção, distribuição e exibição para definir a metodologia de aferição da Cota de Tela. A reunião foi a primeira presidida pelo novo diretor-presidente da ANCINE, Christian de Castro, e contou com a presença do diretor Alex Braga.
Estiveram presentes os produtores Luis Carlos Barreto, Leonardo Edde e Roberto Moreira; os distribuidores Bruno Wainer e Jorge Peregrino; e os exibidores Luiz Gonzaga de Luca, Ricardo Difini, Luiz Severiano Ribeiro e Adhemar Oliveira.
A nova metodologia para aferir a cota de tela prevê considerar também a sessão única de cinema, com ponderação, e não somente todas as sessões de uma sala por dia, como acontece atualmente. Depois de analisada a proposta apresentada pela Superintendente de Análise de Mercado da ANCINE, Luana Rufino, os representantes do setor decidiram, por unanimidade, que uma sessão de cinema, em salas com 3 e 4 sessões, passa a valer como ¼ de dia para a contagem de cota de tela. Já para as salas com 5 sessões, uma sessão passa a valer como 1/5 de cumprimento da cota. A partir daí, a sessão única vale na sua proporcionalidade, assim como todas as outras sessões de filmes nacionais. A proposta foi aprovada pela Diretoria Colegiada nesta terça-feira, 9 de janeiro. Além disso, outra mudança é a de que todos os exibidores passam a enviar as informações pelo Sistema de Controle de Bilheteria e deixam de vez o sistema declaratório de cota de tela. As novas regras de cumprimento da cota estarão dispostas em Instrução Normativa.
“A contagem dessa forma mais apurada só passou a ser possível graças ao Sistema de Controle de Bilheteria (SCB), implantado em 2017. Pelo Sistema, o exibidor envia diariamente os dados completos de programação e bilheteria de suas salas cinema. A digitalização do parque exibidor brasileiro, que está finalizada, também permite um novo modelo de negócios no mercado, flexibilizando a distribuição das obras audiovisuais”, avalia o diretor-presidente, Christian de Castro.
Sobre a Cota de Tela de 2018
Segue valendo também o exposto no Decreto nº 9.256 . De acordo com o documento, que trata da Cota de Tela para 2018, publicado no Diário Oficial da União no dia 29 de dezembro, ficou decidido que a quantidade de dias de exibição de filmes brasileiros permanece a mesma de 2017, bem como os números mínimos de títulos nacionais diferentes que devem ser exibidos ao longo do ano. Desta forma, complexos de uma sala devem exibir filmes brasileiros por, pelo menos, 28 dias no ano. O número mínimo de títulos brasileiros diferentes também aumenta progressivamente até chegar aos 24, para complexos com 16 ou mais salas.