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Ampliação dos recursos para essas regiões foi apresentada pelo diretor-presidente da Agência
ANCINE se reúne com representantes do CONNE - Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte e Nordeste
Publicado em
09/08/2018 14h24
Atualizado em
04/11/2022 14h32
Com o compromisso de manter um canal permanente de interlocução com o mercado e seus regulados, e a exemplo dos encontros já realizados com entidades e associações do audiovisual do Sudeste, o diretor-presidente da ANCINE, Christian de Castro, e o Secretário de Políticas de Financiamento, Ricardo Pecorari, se reuniram, em Fortaleza, com representantes do CONNE – Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
Na ocasião, foram apresentados alguns dos pontos que constarão no plano de ação que trará mais transparência, agilidade e segurança à gestão do FSA, e que será apresentado ao Tribunal de Contas da União (TCU) no final de agosto.
Na pauta também, a reformulação de instruções normativas hoje em vigor, para evitar a sobre-regulação do mercado, e a implantação de ferramentas de automatização de investimentos, como a versão beta de um blockchain (plataforma capaz de registrar transações de forma descentralizada), que permitirá a simplificação dos processos da Agência.
O diretor-presidente aproveitou o encontro para dirimir as dúvidas dos regulados sobre as regras de pontuação recentemente aprovadas, que dão acesso aos recursos do FSA nas linhas de investimento.
“Desde que entrei na ANCINE, ainda como diretor, participo de reuniões com os representantes do CONNE. Temos um canal aberto para o diálogo. Nesse encontro, falamos sobretudo dos recursos disponíveis para as regiões ali representadas. Com o novo regramento do FSA, estão previstos investimentos para o CONNE no montante de R$ 205 milhões. O maior investimento já disponibilizado, ultrapassando o limite de 30% para as regiões previsto em lei”, disse Christian.
AS linhas em questão, aprovados pelo Comitê Gestor do FSA, são:
- editais da SAv, no valor total de R$ 80 milhões, sendo 30% (24 milhões) destinados às regiões CO, N e NE;
- linha seletiva para cinema, no valor total de R$ 100 milhões, sendo 30% (30 milhões) destinados às regiões CO, N e NE;
- linha para TVs Públicas, no valor total de 70 milhões, sendo 60% (42 milhões) destinados às regiões CO, N e NE;
-Linha de Coinvestimento Regional, no valor total de R$ 90 milhões, sendo 50% (45 milhões) destinados às regiões CO, N e NE;
- linha de fluxo contínuo para TV, no valor total de R$ 130 milhões, sendo 30% (39 milhões) destinados às regiões CO, N e NE;
-linha de fluxo contínuo para cinema, no valor total de R$ 150 milhões, sendo R$ 25 milhões exclusivos para as regiões CO, N e NE, na modalidade C. E ampla concorrência nas modalidades A e B (total de R$ 125 milhões).
“Diagnosticamos que para a linha de cinema não havia demanda suficiente dessas regiões. Como os arranjos entre distribuidoras brasileiras independentes e produtoras independentes do Nordeste, Centro-Oeste e Norte não aconteciam em volume suficiente para dar vazão ao volume ofertado no antigo formato, decidimos então abrir uma modalidade exclusivo para projetos de produtoras do CONNE e FAMES, possibilitando também a proponencia pelas produtoras além das distribuidoras, aumentando a descentralização dos recursos e a ampliando a produção audiovisual”, explicou Christian.
O encontro aconteceu no âmbito II Seminário Descentralização da Produção Audiovisual no Centro-Oeste, Norte e Nordeste – CONNE, que faz parte do 28º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema. Participaram da reunião Wolney Oliveira, cineasta e diretor do festival; Doug de Paula, coordenador do seminário e ex-presidente da Câmara Setorial do Audiovisual (CSA); Carla Francine, produtora e membro do Comitê Gestor do FSA; Vânia Lima, primeira secretária da CONNE; o cineasta Renato Barbieri; e Maurício Xavier, representante do CONNE na Bahia.