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Espaço ANCINE atraiu representantes do segmento em busca de informações
ANCINE promove interação com exibidores na Expocine 2017
A ANCINE promoveu uma maior aproximação com o mercado de exibição durante a Expocine 2017, considerada uma das principais feiras de negócios do setor na América Latina. Entre os dias 27 e 29 de setembro, executivos da Agência conversaram pessoalmente com pequenos, médios e grandes exibidores sobre incentivos, processos e normas, além de esclarecer dúvidas dos presentes na sala montada no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.
Em um ambiente intimista foram realizadas as sessões do “ANCINE Conversa”, nas quais os profissionais da Agência ficaram frente a frente com exibidores. Em uma das mais concorridas, “Nova Instrução Normativa sobre projetos de exibição”, realizada no dia 27, o diretor Roberto Lima abordou questões sobre os mecanismos de fomento ao mercado de exibição e tirou dúvidas de vários representantes do setor.
Roberto mostrou o desempenho das linhas de crédito e investimento desde 2010, que já soma cerca de R$ 220 milhões em projetos de construção, ampliação e modernização de salas de cinema. Ao todo, 284 unidades de exibição, espalhadas por 47 complexos, foram beneficiadas.
Ao mesmo tempo, o diretor abordou os tipos de fomento, como as premiações do PAR Exibição, o Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine), o Cinema Perto de Você, entre outros – confira a apresentação aqui.
Para Roberto, o Espaço ANCINE foi fundamental para a maior interação com o mercado. “Para nós é importante entender como o setor está pensando. A Expocine junta negócio, informação e políticas, um tipo de encontro que é difícil de termos, principalmente esse contato mais pessoal com o pequeno exibidor”, defendeu o diretor da ANCINE.
Temas diversos
O “ANCINE Conversa” também tratou de temas como “Sistema de Controle de Bilheteria (SCB – Tire suas dúvidas”, “Linha de crédito e investimento - Perspectivas”, Cota de Tela: dúvidas e sugestões” e “PAR Exibição: dúvidas e sugestões”. Além das sessões temáticas, os representantes da Agência passaram os três dias fornecendo orientações e esclarecendo questões dos interessados.
Selmo Kaufmann, coordenador de Infraestrutura e Projetos Especiais, da Superintendência de Desenvolvimento Econômico (SDE), disse que as principais demandas dos visitantes diziam respeito a questões sobre a nova instrução normativa (IN), PAR e novas oportunidades de negócios.
Ele destacou a importância da presença da ANCINE na feira. “A ANCINE é fundamental nesse mercado e é o centro das atenções em qualquer segmento. E esse é um momento único no Brasil em que conseguimos reunir, ao mesmo tempo, 90% do mercado. Uma coisa é receber e-mail com dúvidas, outra é estar aqui, cara a cara com as demandas”.
O especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual, Fabio Perrut, também da SDE, conversou com vários participantes da Expocine e faz coro sobre a importância da sala. “A ANCINE precisa estar próxima ao mercado exibidor e mostrar os serviços que oferece. As pessoas enxergam a Agência como parceira”.
O analista administrativo, Braulio Rezende Barbosa, da SAM – Coordenação de Monitoramento de Cinema, Vídeo Doméstico e Vídeo por Demanda, atendeu a vários exibidores sobre o Sistema de Controle de Bilheteria (SCB). “Esse contato pessoal é muito mais importante. Os principais questionamentos foram sobre regularização de inadimplentes e obtenção de recursos dentro das exigências de acessibilidade”, explicou.
Acessibilidade
Coube ao secretário executivo da ANCINE, Mauricio Hirata, abordar a questão da acessibilidade durante o ciclo de palestras promovido no Expocine. Com o tema “Soluções em Acessibilidade”, ele falou sobre a contribuição do setor à inclusão de pessoas com deficiência, a oportunidade de ampliação do público consumidor nas salas de cinema e a exigência legal que trata do assunto.
Hirata detalhou pontos da Instrução Normativa (IN) 116, de 2014, que estabelece a obrigação de inclusão de legenda descritiva, audiodescrição e Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) nas cópias das obras audiovisuais brasileiras independentes fomentadas com recursos públicos federais. E, principalmente, da IN 128, de 2016, que regulamenta os recursos de acessibilidade visual e auditiva nos cinemas, com responsabilidades para distribuidores e exibidores.
Durante a apresentação ( veja a apresentação completa aqui ), o secretário Executivo ressaltou que a ANCINE optou por neutralidade em relação à tecnologia que será utilizada para fornecer conteúdo acessível, mas instruiu que seja feito um “pacto” entre distribuidores, produtores e exibidores. “O objetivo é que se chegue a uma solução sem que haja incompatibilidade de tecnologias entre os agentes envolvidos. Temos de trabalhar para evitar isso”, afirmou.
Ele também falou sobre a Câmara Técnica criada em 2016 para tratar da questão, que elaborou um Termo de Recomendações, com especificações sobre formatos de produção e entrega aos exibidores e recursos de acessibilidade. E que os próximos passos envolvem o diálogo com os padrões internacionais da Digital Cinema Iniciative – DCI para reabrir os debates na Câmara Técnica.
O debate teve moderação de Guido Lemos (da Assista Tecnologia) e participação de Mike Archer (vice-presidente de vendas Globais da Dolby) e de Solange Almeida (diretora Geral da Ktalise Tecnologias). Solange destacou o pioneirismo global do Brasil no tema: “É muito importante sabermos que estamos implantando um marco que pode ser seguido por outros países”.
Hirata lembrou que, além da inclusão social, a acessibilidade é um campo para os negócios. “O Brasil vive um momento único ao fazer um modelo de negócio em torno disso. A ANCINE acredita nesse mercado como oportunidade de negócio, e não como problema. Vamos encontrar soluções que vão gerar retorno e receitas. Existe um consumidor querendo o produto. O exibidor e o distribuidor podem potencializar isso”, defendeu.