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Diretora-presidente Debora Ivanov esteve no painel "Os desafios da comunicação na nova era digital"
ANCINE participa do Congresso Abratel de Comunicação, em São Paulo
A diretora-presidente em exercício da ANCINE, Debora Ivanov, participou na manhã desta sexta-feira, 22, em São Paulo, do Congresso Abratel de Comunicação, organizado pela Associação Brasileira de Rádio e Televisão. No painel "Os desafios da comunicação na nova era digital", Debora dividiu a mesa com o humorista e apresentador de TV Fabio Porchat; com o superintendente de Estratégia e Multiplataforma do Grupo Record, Antônio Guerreiro; e com a executiva do UOL, Carol Conway.
Em sua participação, Debora apresentou dados sobre o valor adicionado pela indústria audiovisual na economia brasileira e sobre o crescimento do setor de televisão nos últimos anos. "Em 2014, o audiovisual foi responsável por R$ 24,5 bilhões em valor adicionado, o que representa 0,46% do PIB brasileiro. É uma participação maior do que a de setores como o de fabricação de celulose e papel e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, por exemplo", destacou.
Também foram apresentadas estatísticas sobre os incentivos públicos para a produção voltada para a TV. "O volume de investimento público na produção independente para a televisão passou por uma mudança de patamar com a Lei da TV Paga. Em 2011, foram captados R$ 46,4 milhões pelos incentivos de renúncia fiscal previstos pela Lei do Audiovisual e pela MP 2228, e investidos R$ 20 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual em projetos para TV. Em 2016 esses valores passaram a R$ 172,4 milhões e R$ 135,9 milhões, respectivamente", afirmou a diretora-presidente.
Segundo Debora, apesar de ter apresentado um crescimento bem menor do que o de atividades como a programação e operação de TV Paga nos últimos anos, a TV aberta ainda é o meio de comunicação com maior penetração no público brasileiro. Entretanto, o vídeo por demanda passou a ocupar um papel cada vez mais importante na forma com que os brasileiros consomem audiovisual. "Temos uma pesquisa que indica que mais de 60% dos internautas brasileiros assiste a programas, filmes e vídeos em plataformas de vídeo por demanda", disse ela, que chamou o vídeo por demanda de "a nova fronteira do audiovisual". Para Debora, neste cenário é importante que a TV aberta invista no aumento da diversidade de conteúdos, em estratégias transmídia e em novos modelos de negócio, e um dos caminhos é o aumento no número de parcerias das emissoras com produtoras independentes.