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Christian de Castro fala sobre financiamento público ao cinema no II Fórum Mostra
ANCINE participa da Mostra de São Paulo
Nesta quinta-feira, 25 de outubro, o diretor-presidente da ANCINE, Christian de Castro, participou da mesa “FSA: como deve se dar o financiamento público ao cinema?”, dentro da programação do II Fórum Mostra – Mercado de Ideias Audiovisuais, no âmbito da 42ª Mostra de SP.
Castro repassou o histórico do FSA, desde sua estrutura decisória, que conta com a participação de membros do governo, agentes financeiros e sociedade civil, a informações sobre a operação recente do Fundo. “Houve uma sensível melhora nos prazos de publicação de resultados dos editais lançados nesse ano. Pela primeira vez na Agência, divulgamos resultados dos editais no mesmo ano em que foram lançados”, disse ele.
O diretor-presidente também frisou a importância do Fundo no amparo a todos os elos da cadeia do audiovisual, ressaltando a relevância do setor na geração de renda e emprego na economia brasileira, números estes que reforçam a atuação do FSA na indústria criativa.
Perguntado sobre os resultados das chamadas em andamento e de retorno de editais já finalizados, Christian de Castro apontou como positiva a distribuição dos contemplados no resultado preliminar da Modalidade A do edital de Fluxo Contínuo – Cinema, que trouxe sete diferentes distribuidores e quinze diferentes produtoras, quatro dessas classificadas como níveis 2 e 3. Já na Chamada Pública Concurso Produção para Cinema, primeiro com cotas de gênero e raça, foram investidos R$ 100 milhões em 42 projetos de longas-metragens. “Na modalidade artística desta linha, projetos de mulheres e negros foram além das cotas previstas”, explicou.
Christian também frisou a importância de se fomentar as áreas de capacitação, citando o já publicado edital em parceria com o CTAv, e comentou sobre o futuro edital de financiamento, a ser lançado ainda em 2018, que possibilitará o aporte de recursos em diferentes elos do mercado, como inovação e novos negócios.
O diretor-presidente adiantou ainda que está em desenvolvimento na Agência um estudo que trará números concretos sobre a atividade do FSA nos últimos anos. “Devemos lançar em novembro estudo que apresentará o retorno dos recursos investidos nas diversas linhas, o que nos ajudará no planejamento de novas ações do FSA”, completou.
O debate contou ainda com as participações de Denise Gomes, da produtora Bossa Nova Films; Jean Thomas Bernardini, da distribuidora Imovision; e Max Eluard, da Avoa Filmes, sob mediação da jornalista Ana Paula Sousa.
Nesta sexta-feira, 26 de outubro, último dia da série de debates que integra a programação da 42ª Mostra, o servidor da ANCINE, Magno Maranhão, participou da mesa "Exceção Cultural: a batalha pela regulação do streaming". Foram temas centrais do debate, a cota para a produção nacional no serviço de vídeo por demanda e o melhor modelo de cobrança da CONDECINE ( Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional) . Professor de direito público e privado e especialista em regulação na ANCINE, Magno Maranhão falou sobre a necessidade de se criar um ambiente jurídico seguro no processo regulatório do streaming no Brasil. "O processo de regulamentação do VoD está em discussão no âmbito do Conselho Superior do Cinema e já há um consenso na proposta elaborada pelas diversas entidades envolvidas. Vale lembrar que é fundamental o envolvimento da sociedade civil em todo o processo, fator esse que traz legitimidade às tratativas", disse ele.
O painel também contou com a participação do diretor-presidente Christian de Castro.