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Manoel Rangel e Nilson Rodrigues defendem espaço para a produção nacional
ANCINE na ABTA 2007
ANCINE na ABTA 2007
No dia de encerramento da ABTA 2007, o diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel, debateu o tema “Regras para o Conteúdo: Como lidar com elas". Também integraram a mesa José Eduardo Romão (Ministério da Justiça); Marcos Bitelli (Bitelli Advogados); e os deputados Jorge Bittar e Wellington Fagundes.
Em suas colocações, o diretor-presidente da ANCINE admitiu que a atual legislação sobre o conteúdo audiovisual e sua veiculação nas diferentes plataformas de comunicação encontra-se defasada, principalmente em relação à internet e às TV´s por assinatura, e defendeu algumas soluções: “O mais importante é identificar os elos dessa nova cadeia, os agentes de negócios. Identificando-os, podemos estabelecer regras para cada um deles”, explicou.
Manoel Rangel ressaltou que o objetivo é a democratização do conteúdo por banda larga para o consumidor final. “Temos que pensar em como atender aos interesses do público. Precisamos aumentar a oferta de conteúdo, baixar o preço final e universalizar o acesso ao serviço. São três pontos chave em nosso desafio”, pontuou.
Segundo Rangel, a nova legislação em discussão tem outros dois desafios. “Queremos assegurar a presença do conteúdo brasileiro em todas as plataformas de distribuição. Isso acontece no mundo todo. E não podemos esquecer da questão da rentabilidade econômica. O Brasil precisa ter programadoras nacionais fortes”, finalizou.
No dia anterior, o diretor da ANCINE, Nilson Rodrigues, participou, ao lado de Roberto Dávila (ABPI-TV) e Wilson Cunha (Multishow), do painel “Produção Nacional: Balanço e Perspectivas”. Em seu discurso, Nilson comentou sobre os mecanismos de fomento existentes para a produção nacional, e ressaltou o artigo 3º A, que em breve será regulamentado.
O objetivo é o fomento à produção nacional e a garantia de sua programação nas grades das TV´s. “Precisamos buscar meios para que a parcela da produção nacional não fique de fora da programação. Temos que criar formas de proteção em relação ao conteúdo estrangeiro, garantindo o espaço para a exibição da produção independente”.
Nilson falou sobre a importância de as produções nacionais agradarem ao elo final da cadeia, ou seja, ao público. “Não interessa produzir obras audiovisuais que não cheguem ao grande público. Uma idéia é desenvolver pesquisas qualitativas com o objetivo de saber como a obra brasileira está sendo percebida pelo seu próprio espectador”, indicou.
A ANCINE contou com um estande durante os três dias da ABTA 2007, onde técnicos de diferentes áreas ficaram à disposição dos participantes para tirar suas dúvidas. As maiores demandas ocorreram nas áreas de registro de obras e empresas e em relação aos mecanismos de fomento.