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Missão oficial enviada ao Festival de Berlim articulou encontros com participações de cineastas e produtores brasileiros
ANCINE estimula co-produções brasileiras com europeus e sul-americanos
ANCINE estimula co-produções brasileiras com europeus e sul-americanos
A Agência Nacional do Cinema articulou uma série de encontros com participações de produtores brasileiros e de países da América do Sul e da Europa, durante missão enviada ao Festival de Cinema de Berlim - onde também acontece o European Film Market, um dos principais mercados internacionais de cinema. A missão oficial da ANCINE, além de acompanhar a expressiva participação dos filmes brasileiros na Berlinale, teve como meta implementar novos acordos de co-produção, a exemplo do firmado com a Alemanha, ou pôr em prática acordos já existentes, como é o caso da Espanha e países do MERCOSUL.
Em reuniões separadas com autoridades cinematográficas de países do MERCOSUL e dirigentes do Instituto de Cinema e Artes Audiovisuais da Espanha (ICAA), ficou acertada a realização de encontros de produtores brasileiros com cineastas da América do Sul e da Espanha. O primeiro acontece na cidade de Buenos Aires, Argentina, nos dias 21 e 22 de abril. O segundo em Madri, Espanha, nos dias 13 e 14 de novembro. Ambos contarão com a parceria do Programa Cinema do Brasil, representado pelo distribuidor e cineasta André Sturm, presidente do Sindicato da Indústria Audiovisual de São Paulo (SIAESP).
O encontro entre produtores brasileiros e dos demais países do MERCOSUL será o primeiro do gênero e a expectativa é reunir cineastas dos cinco países membros (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela) e ainda do Chile. Mais de 30 projetos serão selecionados a participar, dentre eles 12 brasileiros. Já o encontro entre produtores brasileiros e espanhóis prevê a participação de 30 projetos de co-produção cinematográfica, sendo 15 de cada país.
A idéia é dividir a programação de cada encontro em partes, contemplando temas como legislação e mecanismos de financiamento à produção existentes nos países envolvidos. Outros temas também terão destaque como um panorama atual da distribuição de filmes e o papel das TVs públicas como alternativa para a difusão da produção audiovisual.
O segundo dia será reservado para sessões de pitching, ocasião em que os cineastas poderão apresentar seus projetos. Em seguida, serão promovidos encontros face a face entre os produtores dos países envolvidos. “Este modelo segue experiências bem sucedidas em nível mundial e esperamos com essa iniciativa fomentar ainda mais a integração do cinema brasileiro com o mercado internacional”, avaliou Manoel Rangel, diretor-presidente da ANCINE.
Além do diretor-presidente Manoel Rangel, a missão da ANCINE contou com o diretor Mário Diamante e com o assessor internacional Alberto Flaksman. Bernardo Bergeret, gerente de relações internacionais do INCAA em representação de Jorge Alvarez, presidente pró-tempore da Reunião Especializada de Autoridades Cinematográficas e Audiovisuais do MERCOSUL e Estados Associados (RECAM), representou os países sul-americanos, e Fernando Lara Pérez, diretor geral do Instituto de Cinematografia e Artes Audiovisuais (ICAA), representou a Espanha.
Tratados Internacionais - Desde a criação da ANCINE, as relações entre a cinematografia brasileira e demais cinematografias internacionais vêm sendo dinamizadas, seja a partir da assinatura de novos acordos, seja potencializando as relações institucionais já existentes.
Brasil e Espanha já mantêm um acordo bilateral de co-produção firmado em 1963 e também são signatários de um acordo em âmbito ibero-americano, assinado em 2006 e que ainda está em processo de aprovação pelo Congresso brasileiro.
Ainda durante o Festival de Berlim, a representação da ANCINE se reuniu com autoridades cinematográficas da Alemanha, também visando à realização de encontro entre produtores brasileiros e alemães. O objetivo, assim como nos demais encontros, é estimular a troca de informações sobre os mercados locais e suas legislações aplicadas ao audiovisual, além de buscar a aproximação entre os produtores de modo a promover a realização de filmes em co-produção, dando caráter prático aos acordos já firmados. Durante a reunião, Peter Dinges, presidente do FFA (Instituto Nacional do Cinema Alemão), fez uma exposição sobre os mecanismos de financiamento à atividade cinematográfica na Alemanha e sobre as possibilidades de parceria entre os cinemas alemão e brasileiro.
O Brasil renovou o acordo de co-produção cinematográfica com a Alemanha em 2005. Este acordo foi aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado e está agora em fase de implementação. Diversas co-produções estão sendo negociadas com base nos termos do acordo renovado.
Assessoria de Comunicação, 20/02/2008