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A cooperação da ANCINE para os eventos de cinema e audiovisual do Ano do Brasil na França, ora em curso, deu-se a partir de convite que nesse sentido fizeram à diretoria da agência o Comissário Brasileiro do programa, André Midani, e o Secretário do Audiovisual, Orlando Senna, em novembro do ano findo.
A ANCINE E O ANO DO BRASIL NA FRANÇA
A Ancine e o ano do Brasil na França
A cooperação da ANCINE para os eventos de cinema e audiovisual do Ano do Brasil na França, ora em curso, deu-se a partir de convite que nesse sentido fizeram à diretoria da agência o Comissário Brasileiro do programa, André Midani, e o Secretário do Audiovisual, Orlando Senna, em novembro do ano findo. A razão do pedido deveu-se à magnitude do empreendimento, com apoio do MRE, SECOM e MinC, em que se promoveria, em escala inédita nos vários setores artísticos e culturais brasileiros, a imagem do Brasil na França.
2. Por extrapolar suas atribuições de agência reguladora, a participação da ANCINE foi então acertada com o MinC e o Comissariado Brasileiro, a título oficioso, através das Superintendências de Assuntos Estratégicos e de Comércio Exterior, cujos titulares responderiam, no tocante aos assuntos do Ano do Brasil na França, diretamente perante o Comissariado Brasileiro e a SAV.
3. As instruções do Comissariado e da SAV para a implementação do programa audiovisual consistiram em que o mesmo deveria pautar-se por dois critérios básicos: Modernidade e Diversidade.
4. No tocante à televisão, decidiu-se que a ANCINE abrigaria e cederia estrutura operacional para um Grupo de Trabalho coordenado por Beth Carmona, Presidente da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto – ACERP. Este Grupo está conduzindo uma ampla pesquisa de programas culturais, produzidos para a televisão não-comercial brasileira, especialmente por produtoras independentes, emissoras públicas e universitárias, que serão oferecidos a emissoras de televisão francesas, abertas e por assinatura, para veiculação ao longo deste ano. Esta iniciativa conta com a participação da TVE Brasil, da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Televisão (ABPI) e da Agência de Promoção de Exportações do Brasil (APEX).
5. No tocante ao setor cinematográfico, dada a premência dos prazos que previam, a partir de 7 de março do corrente ano, a exibição de cerca de 200 filmes de longa e curta-metragem em 34 mostras e festivais, optou-se por oferecer aos programadores franceses, a título sugestivo, uma seleção de filmes que atendesse aos critérios determinados pelo Comissariado e eventualmente dos programadores da mostras e festivais.
6. Dessa forma, decidiu-se que os longas-metragens deveriam ser escolhidos, entre as obras lançadas comercialmente, (a) a partir da Retomada (década de 90 em diante) e (b) restritos, em princípio, a um filme por diretor. Entendeu o Comissariado que o primeiro critério atenderia à exigência de Modernidade e o segundo de Diversidade, na medida em que igualmente se impunha um limite orçamentário para a feitura de novas cópias sub-tituladas em francês.
7. Chegou-se assim a três listas, aprovadas pelo Comissariado e a SAV, de 83 LMs de ficção; 27 documentários de LM; e 50 CMs. Para a escolha dos CMs, buscou-se representar de maneira equilibrada a produção das diversas regiões do país. Os aspectos de produção e logísticos da feitura, estocagem e transporte das cópias ficaram a cargo do GNCTV, para o que foi assinado contrato entre essa empresa e o Comissariado.
8. Vale, por fim, lembrar que tais listas, repetimos, de caráter exclusivamente sugestivo, foram simplesmente postas à disposição dos programadores franceses das mostras e festivais, os quais tiveram absoluta autonomia na escolha dos títulos que decidiram exibir, o mesmo ocorrendo em relação às retrospectivas de cineastas propostas. Em verdade, verificou-se que a grande maioria das mostras centrou suas preferências nos filmes principalmente da década de 60 e 70 (Cinema Novo). Coube assim que se fizessem gestões junto a cinematecas no Brasil e na Europa para que pusessem à disposição das referidas mostras seus acervos de filmes sub-titulados em francês ou que se fizessem novas cópias dos mesmos. As referidas listas, assim como as das seleções das mostras e festivais estão à disposição dos interessados através da Ouvidoria da ANCINE (ouvidoria@ancine.gov.br).
9. A ANCINE, ao afirmar sua satisfação de haver podido contribuir para o êxito de tão importante programa de divulgação do cinema e do audiovisual brasileiros no exterior, reitera que essa contribuição se deu exclusivamente em nome do Comissariado Franco-Brasileiro e da SAV, através dos superintendentes da ANCINE, abaixo nomeados.
Rio de Janeiro, 04 de abril de 2005.
Jom Tob Azulay
Superintendente de Assuntos Estratégicos
Alberto Flaksman
Superintendente de Comércio Exterior