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SMS Brazil 2021: Setor aéreo ressalta importância da cultura de segurança operacional para evitar acidentes
Edvaldo Rodrigues, gerente de Operações da ANAC. - Foto: ascom/anac
A cultura de segurança operacional no setor aéreo como mecanismo para evitar acidentes aeronáuticos esteve presente nos principais debates do segundo e último dia do Safety Management Summit (SMS) Brazil 2021. A implementação de sistema de gerenciamento da segurança operacional (SMS), o treinamento de pilotos e o impacto das operações irregulares na segurança da aviação também foram temas que se destacaram. O SMS Brazil – evento sobre segurança – está na 6ª edição e foi realizado pela Agência Nacional de Aviação (ANAC), em São Paulo, nos dias 7 e 8 de dezembro. Acesse a cobertura do 1º dia de evento (clique no link para acessar).
Iniciando o ciclo de palestras e a troca de experiências sobre segurança operacional, Rafael Borges, da ANAC, destacou o aprendizado da Agência com a indústria sobre a cultura de segurança operacional. Borges divulgou o trabalho voltado ao aprimoramento da implementação do SGSO nos provedores de serviço e o aprimoramento da implementação do PSOE-ANAC.
Durante a palestra “Contribuições da ciência à gestão de segurança: contexto e perspectivas”, o professor Eder Henriqson, da PUC-RS, contextualizou o processo industrial histórico e a institucionalização da prevenção de acidentes. O professor também evidenciou a importância da capacidade de gestão de riscos e do controle dos processos para evitar erros.
“Gestão da segurança é sempre uma prioridade!”. E foi assim que o representante da Boeing, Dan Freeman, começou a dividir a experiência sobre a implementação do sistema de gestão da segurança (SMS) na fabricante de aeronaves. Sistema implementado, em 2015, e aprovado pela Federal Aviation Administration (FFA), em 2020. “Um caminho longo a ser percorrido”, concluiu Freeman.
Sobre o treinamento de pilotos na aviação, Marcus Vinícius Ramos, da ANAC, abordou as expectativas da Agência para o treinamento dos profissionais que irão atuar em aeronaves elétricas. A expectativa da Agência é entrar cedo no circuito para que, no lançamento do produto, os programas de treinamento estejam sendo trabalhados. “O desafio do lado do regulador é possuir um ambiente regulatório mais flexível e estar inserido na campanha de definição das competências do responsável pela operação dessas aeronaves”, destacou Ramos.
No período da tarde, foram apresentadas as experiências da empresa Latam com as operações em voo. Marcelo Marcusso, responsável pelo setor de segurança operacional da empresa, destacou a importância de analisar os dados das operações normais para a mitigação de eventuais operações com ocorrência e na emissão de recomendações.
Voltando às experiências sobre a implementação e funcionamento de SMS, Felipe Fernandez, supervisor de engenharia da Embraer, relatou a posição de relevância que o gerenciamento da segurança operacional e de risco têm na empresa. “Não devemos ter medo de relatar as ocorrências. A Embraer recebe cerca de 1 mil reportes por mês”, enfatizou.
Edvaldo Rodrigues, da Agência, encerrou o ciclo de palestras apresentando exemplos de casos irregulares ocorridos na aviação para evidenciar que o conjunto de infrações cometidas por esses profissionais e operadores, intencionalmente, comprometem a segurança do voo.
Durante o encerramento do evento, o diretor Rogério Benevides, da ANAC, ressaltou a importância da temática do evento para a aviação. “A cultura de segurança está intrínseca no nosso setor. A aviação não parou, mesmo durante a pandemia, e conseguimos fazer entregas necessárias ao setor e à sociedade, sobretudo mantendo uma malha aérea essencial que auxiliou no enfrentamento à Covid-19”, afirmou. Benevides também destacou os avanços das discussões sobre os veículos elétricos (Evtol) e as novas tecnologias para o setor.
Assessoria de Comunicação Social ANAC