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Transporte aéreo registra lucro de R$ 369,2 milhões no 1º trimestre de 2018
Brasília, 29 de junho de 2018 - As demonstrações contábeis padronizadas das quatro principais empresas brasileiras de transporte aéreo público de passageiros (Gol, Latam, Azul e Avianca) do 1º trimestre de 2018 apresentaram lucro líquido somado de R$ 369,2 milhões, correspondente a uma margem líquida positiva de 3,7%, ante resultado positivo de R$ 92,6 milhões em igual período de 2017, correspondente a uma margem líquida positiva de 1,1%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29/6) pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
As empresas melhoraram o seu desempenho na comparação com o mesmo período do ano anterior, com exceção da Avianca, que registrou prejuízo de R$ 34,4 milhões, ante R$ 30 milhões negativos no 1º trimestre de 2017. A Azul obteve os resultados mais favoráveis, com lucro líquido de R$ 152,5 milhões e margem líquida positiva de 6,9% no 1º trimestre de 2018, ante resultado positivo de R$ 10,2 milhões e margem líquida positiva de 0,5% em igual período de 2017. O resultado líquido da Gol no 1º trimestre de 2018 foi de R$ 130 milhões positivos, com margem líquida positiva de 4,7%, e o da Latam foi de R$ 121,1 milhões positivos, com margem líquida positiva de 3,2%.
A receita operacional líquida agregada das quatro empresas apresentou acréscimo de 16,1% em relação àquela apurada no mesmo trimestre do ano anterior, chegando a R$ 9,9 bilhões. Já os custos dos serviços prestados apresentaram aumento de 12,2%, atingindo R$ 8 bilhões. Dessa forma, com o incremento da receita em percentual maior do que o crescimento dos custos dos serviços prestados, o lucro bruto das quatro empresas conjuntamente cresceu 36,4%, passando de R$ 1,4 bilhão no 1º trimestre de 2017 para R$ 1,9 bilhão no 1º trimestre de 2018. Apenas a Avianca registrou crescimento dos custos dos serviços prestados superior ao da receita operacional líquida, 45,3% contra 33,3%, respectivamente.
Em relação às despesas operacionais (despesas indiretamente relacionadas à prestação do serviço – administrativas, comerciais e gerais), houve variação positiva de 4,1%, mantendo-se na ordem de R$ 1,1 bilhão em comparação com o 1º trimestre de 2017. Apenas a Latam Airlines Brasil apresentou redução de suas despesas operacionais, em 4,3%.
O EBIT (do inglês Earnings Before Interest and Taxes) foi positivo em R$ 668,7 milhões no 1º trimestre de 2018, correspondente a uma margem EBIT positiva de 6,8%, ante R$ 204,1 milhões positivos e margem EBIT positiva de 2,4% no 1º trimestre de 2017. Apenas a Avianca apresentou EBIT negativo (- R$ 5,4 milhões), com margem EBIT negativa de 0,5% no 1º trimestre de 2018, ante R$ 31,3 milhões positivos e margem EBIT positiva de 3,8% em igual período de 2017. As demais apresentaram, respectivamente, EBIT e margem EBIT positivos de R$ 234,9 milhões e 10,6% (Azul), R$ 263,5 milhões e 9,6% (Gol) e R$ 175,7 milhões e 4,6% (Latam).
Demanda e variação cambial
O resultado financeiro foi negativo em R$ 182,5 milhões no 1º trimestre de 2018, ante R$ 264 milhões negativos no 1º trimestre de 2017. Ganhos e perdas com variações cambiais constituíram o item mais relevante, representando 94,1% das receitas financeiras e 85,9% das despesas financeiras. Apenas a Latam Airlines Brasil apresentou resultado financeiro positivo, da ordem de R$ 20,9 milhões, embora com variação negativa de 79,2% quando comparado com o 1º trimestre/2017.
Contribuíram para resultado líquido positivo agregado das quatro principais empresas aéreas brasileiras no 1º trimestre de 2018 a melhoria dos indicadores de desempenho operacional, ocasionado pelo crescimento da receita operacional líquida superior ao crescimento dos custos dos serviços prestados e despesas operacionais, além da redução no prejuízo financeiro líquido da Azul e da Avianca em 79,5% e 52,6%, respectivamente, quando comparado com o mesmo período do ano anterior.
O crescimento da demanda e a alta do câmbio e do combustível impactaram na evolução das receitas, custos e despesas operacionais dos serviços aéreos públicos no 1º trimestre de 2018. A demanda por transporte aéreo doméstico, medida em passageiros quilômetros pagos transportados (RPK), apresentou alta de 3,4% no 1º trimestre de 2018 em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já os custos e despesas operacionais dos serviços aéreos públicos das quatro principais empresas brasileiras somaram R$ 9,2 bilhões no 1º trimestre de 2018 e tiveram como principal item os custos com combustíveis e lubrificantes (31,4%), seguido de arrendamento, seguro e manutenção de aeronaves (18,2%), pessoal em geral (17,1%) e despesas operacionais (12,7%). Em igual trimestre de 2017, a participação destes itens foi de 28,7%, 20,2%, 18,8% e 13,5%, respectivamente.
Composição de receitas, custos e despesas operacionais dos serviços aéreos públicos
No 1º trimestre de 2018, a receita com passageiro das quatro principais empresas aéreas brasileiras representou 86,9% do montante de R$ 10,3 bilhões da receita bruta de serviços aéreos públicos, seguida da receita com carga e mala postal (com 4,8%) e da receita com penalidades do contrato de transporte aéreo (com 3,5%). A receita com bagagens foi apenas o sexto item, com participação de 1,6%. Em igual trimestre de 2017, a participação destes itens foram foi de 87,8%, 4,5%, 3,0% e 0,7%, respectivamente.
Já os custos e despesas operacionais dos serviços aéreos públicos das quatro principais empresas brasileiras somaram R$ 9,2 bilhões no 1º trimestre de 2018 e tiveram como principal item os custos com combustíveis e lubrificantes (31,4%), seguido de arrendamento, seguro e manutenção de aeronaves (18,2%), pessoal em geral (17,1%) e despesas operacionais (12,7%). Em igual trimestre de 2017, a participação destes itens foi de 28,7%, 20,2%, 18,8% e 13,5%, respectivamente.
Metodologia Demonstrações Contábeis
Em cumprimento à Resolução nº 342/2014, as empresas brasileiras de transporte aéreo público com participação de mercado relevante devem apresentar as suas demonstrações contábeis à ANAC. As demonstrações contábeis trimestrais devem ser apresentadas pelas empresas com participação igual ou superior a 1% em termos de passageiros quilômetros pagos transportados (RPK) doméstico ou internacional. Já as anuais devem ser apresentadas por aquelas com participação igual ou superior a 1% do RPK ou das toneladas quilômetros pagos transportados (RTK) no mercado doméstico ou internacional.
As demonstrações contábeis correspondentes ao exercício social encerrado em 2017 (5 principais empresas aéreas brasileiras) e as demonstrações contábeis correspondentes ao 1º trimestre de 2018 (4 principais empresas aéreas brasileiras) estão disponíveis na seção Dados e Estatísticas, Mercado do Transporte Aéreo do portal da ANAC na internet e também podem ser acessadas pelo link http://www.gov.br/anac/pt-br/pt-br/assuntos/dados-e-estatisticas/demonstracoes-contabeis/demonstracoes-contabeis-de-empresas-aereas-brasileiras.
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