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IWAF 4/2018: Discussões tiveram foco nos desafios para o desenvolvimento da aviação
O primeiro dia de painéis do 4º Fórum Mundial da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) – IWAF/4 2018 (The Fourth ICAO World Aviation Forum) foi marcado por discussões sobre os desafios para o desenvolvimento da aviação civil. Os participantes tiveram a oportunidade de compartilhar experiências de sucesso e também apontar as principais dificuldades para o desenvolvimento sustentável da aviação. A primeira parte do debate foi moderada pela Secretária-Geral da OACI, Fang Liu, que incentivou o debate sobre o papel fundamental da aviação para o desenvolvimento econômico de diversos setores e para a melhoria da conectividade nacional e internacional dos Estados.
Durante o debate, o Diretor da ANAC, Juliano Noman, ressaltou que os investimentos no setor devem acontecer de maneira fluida e fez um breve histórico da evolução do ambiente regulatório brasileiro, em especial nos últimos 12 anos. Ele destacou que a experiência brasileira é uma espécie de laboratório porque o país transitou de um ambiente altamente regulado para um ambiente de menor intervenção, especialmente em relação à liberdade de preços e rotas. O resultado foi o expressivo aumento do número de passageiros transportados.
O Ministro do Transporte e Ministro da Cultura, Comunidade e Juventude de Singapura, Yam Keng Baey, ponderou três ingredientes-chave para a maximização dos benefícios da aviação: serviços aéreos de qualidade (validados por uma boa estrutura jurídica); investimentos e infraestrutura que garantam a segurança operacional; e o foco em recursos humanos, considerando as habilidades humanas e promovendo no desenvolvimento coletivo.
Lydia Sindisiwe Chikunga, a vice-ministra de Transportes da África do Sul, definiu a aviação civil como “o coração do desenvolvimento econômico”. Já o Ministro das Obras Públicas, Infra-estrutura, Recursos Naturais e Meio Ambiente de São Tome e Príncipe, Carlos Manuel Vila Nova, e o presidente da Agência de Transporte canadense, Scott Streiner, ressaltaram a o papel essencial da aviação para integração nacional e internacional de seus países.
A segunda parte do painel foi moderada pelo Diretor Hélio Paes de Barros, que convidou os participantes a compartilharem experiências da aviação como motor do desenvolvimento de seus países. O diretor destacou a importância do transporte aéreo no Brasil ao comentar as áreas isoladas na Amazônia que dependem exclusivamente desse modal de transporte e citar o exemplo brasileiro do uso da aviação para viabilizar o transporte de órgãos, ressaltando o papel do setor para integração regional e promoção da saúde.
Soluções e estratégias
Outro painel realizado na parte da manhã teve como foco soluções de políticas públicas para os obstáculos do desenvolvimento da aviação. Luis Felipe de Oliveira, Diretor Executivo da Associação Latino-Americana de Transporte Aéreo (ALTA), enfatizou a preocupação com o futuro crescimento da indústria da aviação. O Secretário Executivo da Conferência Europeia de Aviação Civil (ECAC) lembrou que, para que a aviação tenha um desenvolvimento sustentável no futuro, as decisões corretas devem ser tomadas hoje. “O desafio é encontrar o equilíbrio entre a utilização de recursos e o desenvolvimento da aviação”, destacou. Também integraram a mesa de debate representantes da Nigéria, Iraque e Lesoto.
Durante a tarde, a discussão girou em torno das estratégias e oportunidades de investimento com representantes da Coreia, da China, de Lesoto, do Reino Unido, da Turquia e dos Emirados Árabes. Participaram também representantes do Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África, do Banco Africano de Exportação e Importação, da Eurocontrol, da Associação Internacional de Transporte Aéreo, do Conselho Internacional de Aeroportos, e da Organização de Serviços de Navegação Aérea Civil. O debate também contou com a presença do brasileiro Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas, do Departamento de Controle Aéreo (DECEA)