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ANAC apresenta o Anuário do Transporte Aéreo 2016
Brasília, 30 de junho de 2017 - A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) apresenta, hoje, os resultados do setor aéreo em 2016, com a publicação do Anuário do Transporte Aéreo – 2016, que compila as principais informações do mercado. Nos últimos dois anos, o transporte aéreo desenvolveu-se em um cenário de recessão econômica no Brasil, o que afetou diretamente o desempenho do setor.
Em 2016, foram transportados um total de 109,6 milhões de passageiros pagos no país, sendo 88,7 milhões em voos domésticos e 20,9 milhões em voos internacionais. Esse número representou uma retração de 6,9% em comparação com o ano anterior, a primeira após 13 anos consecutivos de crescimento.
A demanda doméstica do transporte aéreo de passageiros, em termos de passageiros-quilômetros pagos transportados (RPK), apresentou sua primeira queda na última década, tendo reduzido 5,7% em 2016. Ainda assim, este indicador praticamente duplicou nos últimos dez anos com alta de 95% entre os anos de 2007 e 2016 e com crescimento médio de 7,7% ao ano, correspondendo a praticamente 5 vezes o crescimento anual médio do Produto Interno Bruto e mais de 8 vezes o da população no mesmo período.
A quantidade de voos domésticos e internacionais reduziu em 11,4% e 7,9%, respectivamente. No geral, a quantidade de voos em 2016 foi 10,9% menor em relação a 2015, tendo sido apurada em 964 mil. O número ficou abaixo de 1 milhão pela primeira vez desde 2010.
A Tarifa Aérea Média Doméstica praticada no ano foi apurada em R$ 349,14 e o valor médio do quilômetro voado por passageiro (Yield Tarifa Aérea Médio Doméstico) registrou redução real de 4,1%, na comparação com o ano anterior, tendo sido apurado em R$ 0,308, quando computados os dados de todas as linhas aéreas domésticas do país em 2016. Nos últimos dez anos, este indicador caiu quase à metade para as 52 linhas aéreas domésticas monitoradas desde o início da série histórica, passando de R$ 0,649 por km (em 2007) para R$ 0,344 em 2016, com redução real de 47%.
Neste cenário, a cada 100 assentos comercializados em voos domésticos, praticamente oito foram vendidos com tarifas aéreas inferiores a R$ 100,00, tendo a maioria (53,5%) sido comercializada com valores abaixo de R$ 300,00.
O estado do Espírito Santo/ES registrou a menor Tarifa Aérea Média Doméstica em 2016, da ordem de R$ 277,04. Já as viagens com origem ou destino na Paraíba/PB, apresentaram o menor valor por quilômetro voado, da ordem de R$ 0,231.
A Gol assumiu a liderança do mercado doméstico em termos de demanda (RPK), com 36,0% de participação em 2016, seguida pela Latam, líder nos 9 anos anteriores, com 34,7%. Azul e Avianca obtiveram 17,1% e 11,5%, respectivamente. A Latam teve sua participação no mercado doméstico reduzida em 5,3% com relação ao ano de 2015, enquanto Gol, Azul e Avianca registraram crescimento de 0,2%, 0,5% e 21,4%, respectivamente.
Mercado Internacional
A demanda no mercado internacional de passageiros para voos com origem ou destino no Brasil aumentou 80% desde 2007, com crescimento médio de 6,7% ao ano. Em 2016, entretanto, o transporte aéreo apresentou redução de 3,6% neste mercado, em relação a 2015, sendo a primeira queda desde 2009. A demanda das empresas aéreas brasileiras, que responderam por 26,1% do transporte internacional de passageiros no Brasil em 2016, retraiu 0,3% na comparação com 2015, enquanto as empresas estrangeiras tiveram baixa de 4,7%. A brasileira Latam liderou este mercado entre empresas brasileiras e estrangeiras, com 24,5% do total de passageiros transportados em voos internacionais, seguida da Gol com 9%.
Atrasos e Cancelamentos
Os percentuais de atrasos superiores a 30 minutos e a 60 minutos em voos regulares domésticos corresponderam a 5,9% e 2,2% do total de etapas de voos realizadas em 2016. O resultado representou melhoria de 1,6% e de 0,2%, respectivamente, em relação ao ano de 2015. Por sua vez, o percentual de cancelamentos em voos domésticos de 11,8% em 2016 foi 14,8% inferior ao ano anterior.
Nos voos internacionais, os atrasos superiores a 30 minutos e a 60 minutos representaram 7,9% e 3,9% do total de etapas realizadas em 2016. O percentual de cancelamentos foi de 3,5% do total de etapas previstas. Apenas o percentual de cancelamentos apresentou melhora no ano de 2016, em comparação com 2015, com redução de 10,6%. Os percentuais de atrasos superiores a 30 minutos e a 60 minutos apresentaram aumento de 1,6% e 3,2%, respectivamente.
Estrutura das Empresas
A quantidade total de empregados do quadro de pessoal das empresas aéreas brasileiras reduziu 6,6% no ano de 2016 em relação ao ano anterior. No entanto, o número de empregados por aeronave das empresas aéreas nacionais registrou aumento de 5,2%, tendo passado de 104,3 em 2015 para 109,8 em 2016. O indicador é utilizado para avaliar a eficiência operacional de uma empresa aérea.
Ao final de 2016, a frota total das empresas aéreas era de 498 aviões, o que representou uma queda de 11,2%, em relação ao número apresentado em dezembro de 2015. A Airbus foi a fabricante líder em quantidade de aeronaves operadas por empresas brasileiras em 2016, com 39% do total, seguida pela Boeing, com 34%, e pela Embraer, com 15%.
Distribuição dos Voos
Os três aeroportos com maior número de decolagens foram Guarulhos/SP (10,9%), Congonhas/SP (10,5%) e Brasília/DF (8,2%), respectivamente, que, juntos, representaram 29,6% das decolagens em etapas domésticas de voos. Os três aeroportos registraram ainda os maiores números de passageiros embarcados em voos domésticos, (12,7%), (11,4%) e (9,5%), respectivamente.
As rotas mais movimentadas foram Congonhas/Santos Dumont, com 3,9 milhões de passageiros transportados nos dois sentidos, Congonhas/Brasília, com 2,1 milhões, e Guarulhos/Salvador, com 1,9 milhões.
Um total de 127 aeroportos receberam voos regulares e não regulares em 2016. O estado com o maior número de aeródromos utilizados no ano foi a Bahia, com 16, seguido por Minas Gerais, com 14.
A Azul destacou-se com o maior número de aeroportos brasileiros utilizados em 2016, sendo 109 no total, seguida por Gol, com 58, e Latam, com 49.
Transporte Interestadual Regular de Passageiros - Aéreo e Rodoviário
A ANAC divulgou, nesta semana, a evolução do transporte interestadual regular de passageiros no modal aéreo frente ao modal rodoviário que revelou que 65,4% dos passageiros neste mercado optaram pelo transporte aéreo em 2016, representando um avanço de 0,7% na comparação com o ano anterior. Acesse o relatório de Transporte Interestadual Regular de Passageiros - Aéreo e Rodoviário para mais informações.
O Anuário do Transporte Aéreo de 2016 disponibiliza informações com detalhamento por aeroporto, companhia aérea, rotas (domésticas e internacionais), região e unidade da federação e dados sobre movimento de passageiros e de carga, frota de aeronaves e quadro de pessoal por companhia, quantidade de voos, número de aeroportos que receberam voos regulares e não regulares, além da participação de mercado, da taxa de aproveitamento das aeronaves, dos percentuais de atrasos e cancelamentos de voos, das tarifas aéreas comercializadas e das informações econômico-financeiras das empresas, entre outras.
Essas informações também podem ser conferidas no Painel de Indicadores do Transporte Aéreo, que reúne de forma ilustrativa os principais indicadores do setor. Acesse o Painel aqui.
Os dados apresentados no Anuário do Transporte Aéreo são fornecidos pelas empresas aéreas em atendimento à regulamentação específica e passam por constantes procedimentos de auditoria, com vistas a alcançar o maior grau de consistência possível. Por esse motivo, os dados estão sujeitos a alterações.
O Anuário do Transporte Aéreo de 2016 está disponível na seção Dados e Estatísticas do portal da ANAC na internet em: https://www.gov.br/anac/pt-br/pt-br/assuntos/dados-e-estatisticas/dados-do-anuario-do-transporte-aereo.
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