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2015 foi o ano mais seguro na aviação comercial no Brasil
Brasília, 5 de fevereiro de 2016 – Com quase 103 milhões de passageiros transportados no ano passado, a aviação comercial brasileira tem um ótimo motivo para comemorar: em 2015 não houve acidente (com ou sem fatalidades) no transporte aéreo regular de passageiros. O índice é o melhor registrado na história da aviação no Brasil. O ano passado também foi o quarto ano consecutivo sem registro de fatalidades na aviação comercial. O menor número de acidentes até então registrado havia sido em 2013, com um acidente sem fatalidade. Em 2014, foram observados três registros de acidentes.
“Esse é um dos indicadores que mais recompensam o trabalho da Agência, pois reflete a qualidade das ações que vem sendo desenvolvidas na ANAC”, avalia o diretor-presidente, Marcelo Pacheco dos Guaranys. “A segurança é nosso principal foco de atuação e para ela dedicamos quase 80% de nossas atividades”, completa.
Os resultados alcançados nos últimos anos ratificam a avaliação da auditoria da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), que, em novembro do ano passado, colocou o país em quarto lugar no ranking de segurança operacional da aviação em todo o mundo, ficando atrás apenas da Coreia do Sul, de Cingapura e dos Emirados Árabes Unidos. Veja mais
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Aviação Geral
O número de acidentes aeronáuticos ocorridos na aviação geral no Brasil em 2015 foi o menor registrado dos últimos 5 anos. As informações consideram dados da aviação geral, exceto aeronaves experimentais, e mostram que em 2015 ocorreram 117 acidentes em todo país envolvendo aeronaves nacionais e certificadas pela Agência.
O índice apresentado em 2015 é 15,82% menor do que os dados registrados em 2014, com 139 acidentes. Comparado com o ano de 2012, com 175 acidentes, a redução em 2015 foi maior que 33%. Os números de acidentes do ano passado representam a terceira queda seguida do indicador.
O número de acidentes aeronáuticos com fatalidades ocorridos no Brasil em 2015 também apresentou redução. Foram 26 acidentes com fatalidades no ano passado, contra 28 registrados em 2013. O número apresentado no ano passado é o menor dos últimos cinco anos.
A análise dos indicadores de acidentes da ANAC é feita com base nos dados fornecidos pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), do Comando da Aeronáutica.
Acidentes por região
Em números absolutos, o Nordeste foi a região que apresentou o menor índice de acidentes em 2015, com 12 registros. Na sequência apareceu a região Norte, com 15 acidentes, seguido pelo Sul, com 25, o Centro Oeste, com 26, e, por fim, a região Sudeste, com 39 acidentes, o maior número. Em relação à quantidade de vítimas fatais decorrentes dos acidentes aeronáuticos, a região Norte é a que apresenta o menor índice, com 3 fatalidades, seguida pelas regiões Nordeste e Sul, com 4 óbitos cada. A região Centro Oeste apresentou 7 fatalidades, seguida pela região Sudeste, com 8 mortes.
Fiscalização da ANAC
Em setembro de 2012, a ANAC criou a Gerência Geral de Ação Fiscal (GGAF) para fortalecer suas ações de fiscalização, instalando Núcleos Regionais de Aviação Civil (NURAC) para melhorar a capilaridade da atuação da ANAC, intensificando e otimizando a fiscalização e se tornando a Agência mais presente e mais próxima da sociedade. A GGAF, além de coordenar esses núcleos, tem como principal objetivo comandar e executar operações especiais, que são ações de inteligência e fiscalização com vistas a aumentar, cada vez mais, a segurança no setor e a melhoria da qualidade dos serviços prestados no transporte aéreo.
Gestão Interna
Garantir a segurança das operações aéreas é uma prioridade para a ANAC, motivo pelo qual a redução do índice de acidentes aéreos está entre os objetivos estratégicos da Agência. E para assegurar o cumprimento de seus objetivos e missão institucional, a Agência também tem realizado diversas ações de gestão interna, tais como: concurso público para incremento do quadro de pessoal; atualização do planejamento estratégico; elaboração da Agenda Regulatória e de projetos prioritários para diversos processos da Agência que englobam a Gestão da Fiscalização, a Otimização e melhoria da qualidade do processo de certificação de pessoal da aviação civil e a Implantação do Programa de Segurança Operacional Específico da ANAC (PSOE-ANAC), entre outros.
Dados e metodologia
Os dados divulgados pela ANAC são produzidos com base nas consultas realizadas nos bancos de dados da própria Agência e nos relatórios encaminhados pelo Cenipa. Os acidentes considerados nas estatísticas divulgadas são todos aqueles que ocorreram em 2015 e registrados oficialmente até 11 de janeiro de 2015 com aeronaves regularmente registradas no Brasil, independentemente de terem ocorrido em solo nacional ou internacional. A inteligência aplicada pela ANAC na análise e ponderação dos dados de acidentes busca extrair indicadores para direcionamento dos seus processos de certificação, fiscalização, normatização e regulação técnica.
Na metodologia utilizada pela Agência não estão incluídas as ocorrências envolvendo atos de interferência ilícita, assim como aeronaves de Segurança Pública e Defesa Civil (somente quando ocorridos durante a realização especificamente destas operações). Também não são consideradas as ocorrências com aeronaves que possuem somente a reserva de marcas, por não terem suas matrículas definitivas nem aquelas classificadas como experimentais e ultraleves devido às especificidades nas operações e regulamentações.
O Brasil, por meio da ANAC, é um dos poucos países que estabeleceram e contabilizam índices de acidentes ocorridos com aeronaves da aviação geral. Em geral, internacionalmente, somente se contabilizam no cálculo de índices de acidentes aqueles ocorridos com aeronaves da aviação regular (comercial).
Assessoria de Comunicação da ANAC
Gerência Técnica de Relações com a Imprensa
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