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Tarifas aéreas caem 18,3% no 1º semestre
Relatório inclui dados por UF e região
Brasília, 24 de dezembro de 2015 – A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) divulga hoje a 33ª Edição do Relatório de Tarifas Aéreas Domésticas, referente ao primeiro semestre de 2015. No período, a tarifa média praticada foi de R$ 289,44, valor 18,3% inferior à tarifa média do mesmo período de 2014, em termos reais. Foi o quarto trimestre consecutivo de redução do indicador.
De acordo com os dados apresentados no Relatório, a maioria dos assentos comercializados no primeiro semestre de 2015 (66%) corresponderam a tarifas inferiores a R$ 300, enquanto 16,5% do total de assentos comercializados ao público adulto em geral corresponderam a valores inferiores a R$ 100. Tarifas superiores a R$ 1.500 responderam por 0,43%.
A partir desta Edição, o relatório contempla uma nova estrutura, mais simplificada. A parte teórica, que não se altera a cada nova edição, passa a ser disponibilizada na página Tarifas Aéreas Domésticas da seção Dados e Estatísticas do portal da ANAC, onde também se encontra o próprio documento.
A reformulação do relatório dá início à divulgação dos dados das tarifas aéreas domésticas com detalhamento por unidade da federação e por pares de regiões do país, contemplando os dados do 1º semestre de 2015 (base junho/2015) e também do total de cada ano (base dezembro/2014), retroativos até 2002, que serão divulgados semestralmente.
O par de regiões que apurou o menor valor médio comercializado no 1º semestre de 2015 foi Norte/Sudeste, no valor de R$ 0,17 por quilômetro voado. A menor Tarifa Aérea Média Doméstica comercializada foi registrada no par Sul/Sul, apurado em R$ 187,24. O estado do Amazonas (AM) apurou o menor valor comercializado por quilômetro no 1º semestre de 2015, no valor de R$ 0,19569, e o Espírito Santo (ES) foi a unidade da federação que registrou a menor Tarifa Aérea Média Doméstica, no valor de R$ 231,49.
O cenário recente, em que se constatou essa expressiva redução das tarifas aéreas domésticas, caracterizou-se por bastante oscilação em custos representativos para o setor. Por um lado, o combustível de aeronaves (representando cerca de 35% das despesas operacionais) é diretamente afetado pelo preço internacional do barril de petróleo, que registrou expressiva redução, quando comparado o valor de junho de 2015 com o mesmo mês do ano anterior.
Por outro lado, a desvalorização do Real frente ao Dólar exerceu força contrária no mesmo período, pois, além do combustível, os custos de arrendamento, manutenção e seguro de aeronaves são diretamente relacionados à taxa de câmbio. Tais custos, em conjunto, representaram cerca de 60% dos custos e despesas de voo totais da indústria no 1º semestre de 2015.
Ressalta-se, ainda, que o transporte aéreo vem desenvolvendo-se em um cenário de desaceleração da economia brasileira.
O Yield Tarifa Aérea Média Doméstica Real – valor médio que o passageiro paga por quilômetro voado em território brasileiro – foi apurado em R$0,26158 no primeiro semestre de 2015. Este valor representou redução de 21,8% em relação ao mesmo período de 2014. O indicador está em queda há 4 trimestres consecutivos. Quando confrontado o Yield Tarifa Aérea Médio Doméstico Real do primeiro semestre de 2015 com aquele apurado no mesmo período de 2006, considerando a série de rotas monitoradas desde 2002, verifica-se uma redução de 65,4%. A maioria dos assentos comercializados no primeiro semestre de 2015 (64,14%) correspondeu a valores de Yield Tarifa Aérea Doméstico inferiores a R$ 0,30 por quilômetro voado.
Todos os pares de regiões registraram redução real do Yield Tarifa Aérea Médio Doméstico na comparação com o 1º semestre de 2014, com a maior variação negativa ocorrida no par Norte/Sudeste, com -30,6%.
O Relatório de Tarifas Aéreas Domésticas foi elaborado com base em dados de mais de 26 milhões de assentos vendidos no primeiro semestre de 2015 e de mais de 53 milhões no ano completo de 2014, que corresponderam à totalidade das vendas efetivamente realizadas pelas companhias aéreas junto ao público adulto em geral, para mais de 8.000 pares de aeroportos de origem/destino do passageiro em linhas aéreas domésticas nos períodos analisados. Tais dados são mensalmente registrados na ANAC e submetidos a procedimentos de auditoria para assegurar a sua consistência, nos termos da Resolução ANAC nº 140/2010 e da Portaria ANAC nº 804/SRE/2010.
Consulte
aqui
o relatório.