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Pesquisa revela perfil de passageiros, aeroportos e rotas
Fonte: Secretaria de Aviação Civil
Brasília, 22 de outubro de 2015 - A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República divulgou nesta quinta-feira (22) a pesquisa O Brasil que voa – Perfil dos Passageiros, Aeroportos e Rotas do Brasil, o mais completo levantamento sobre transporte aéreo de passageiros já realizado no País. Mais de 150 mil passageiros, ouvidos durante 2014 nos 65 aeroportos responsáveis por 98% da movimentação aérea do País, revelaram um perfil inédito do setor. Agora é possível saber quem são eles, quais as principais rotas que utilizam, quais as rotas que desejam ver implantadas e quais são os municípios influenciados por cada um desses 65 aeroportos.
A pesquisa, feita em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), confirma que a democratização do transporte aéreo, o mais utilizado hoje pela população, é uma realidade. No ano passado, pelo menos metade dos passageiros, 45% deles, ganhava entre dois e dez salários mínimos – 6,1%, dois; 17,2%, entre dois e cinco; e 21,7%, entre cinco e dez. Enquanto o número de passageiros cresceu 170% entre 2004 e 2014, o preço das passagens caiu 48% no mesmo período.
NOVOS MERCADOS - A pesquisa mostra que os passageiros de voos domésticos vêm (origem) ou vão (destino) para 3.590 municípios (64% do total de cidades no País) e quais dessas cidades não têm voos diretos atualmente, mas têm mercado potencial para serem origem ou destino de novas rotas para voos diários com ocupação entre 50% e 85% das aeronaves. Ao todo, são 252 municípios. De todas as rotas desejadas, a Rio de Janeiro (RJ)-Vila Velha (ES) é a que os passageiros mais gostariam de ver implantada, seguida por Blumenau (SC)-São Paulo (SP); e Campo Grande (MT)-Rio de Janeiro (RJ).
O levantamento revela que a maioria dos passageiros de voos domésticos tem entre 31 e 45 anos, compra passagem com menos de um mês de antecedência, viaja para trabalhar ou estudar, vai de táxi para o aeroporto, gasta até uma hora para chegar lá, chega ao terminal com uma ou duas horas de antecedência, faz check in no balcão da companhia aérea, despacha a bagagem e gasta até 50 reais enquanto espera pela última chamada.
A pesquisa apresenta os municípios que influenciam cada um dos 65 aeroportos pesquisados. O Brasil tem 2.463 aeroportos e aeródromos registrados pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) – 1.806 privados e 657 públicos. Mas 98% dos 199 milhões de embarques e desembarques aéreos registrados pela pesquisa da Secretaria de Aviação no País, em 2014, estão concentrados nesses 65 aeroportos. A Anac registra 195,6 milhões de embarques e desembarques para o mesmo período.
10,5 MILHÕES DE RESPOSTAS - Cada um dos 150 mil passageiros entrevistados durante o ano de 2014 respondeu a 70 perguntas. Assim, a Secretaria montou um banco de dados com 10,5 milhões de respostas que vão complementar seu sistema de informações da aviação. São essas informações que permitem a Secretaria desenvolver estratégias de políticas públicas bem embasadas e direcionadas para o setor.
“O Brasil deve ter uma movimentação de mais de 600 milhões de passageiros por ano em 2034. Precisamos desenvolver políticas públicas de qualidade para garantir a eficiência dos serviços e conquistar os passageiros”, afirma o ministro Eliseu Padilha.
Para compartilhar estas informações com o público, a Secretaria está lançando hoje, junto com a pesquisa, o hotsite “O Brasil que Voa”, que pode ser acessado em www.aviacao.gov.br/obrasilquevoa .
Navegando pelo hotsite, é possível saber quais são os hábitos de voo da população, seus motivos e suas preferências de viagem. É possível saber que São Paulo é o município de origem e destino da maioria dos passageiros do Brasil. Seus dois principais aeroportos, Guarulhos e Congonhas, estão entre os cinco mais influentes do País. Guarulhos está em primeiro lugar; Congonhas, em quinto. Pessoas de 312 municípios chegaram ou partiram de Guarulhos em 2014; de 212 cidades, de Congonhas. Viracopos, em Campinas, está em segundo lugar – 282 municípios influenciam o aeroporto.
Para produzir um retrato fiel dos hábitos dos brasileiros, foram escolhidos quatro períodos que refletissem a sazonalidade típica das viagens aéreas – férias, de dezembro e janeiro; negócios, março a abril; e maio e agosto, meses mais próximos da normalidade do dia a dia das pessoas. 250 pesquisadores do Instituto Olhar, de Belo Horizonte (MG), contratado para fazer a pesquisa de campo, viajaram para aqueles 65 aeroportos durante esses períodos para desvendar o perfil de quem viaja de avião no Brasil.
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