Furacão
O furacão é nome dado aos ciclones tropicais com velocidade de ventos contínuos igual ou superior a 63 nós, de ocorrência no Oceano Atlântico Norte, mar do Caribe, Golfo do México e no norte oriental do Oceano Pacífico. Este mesmo ciclone tropical é conhecido como tufão no Pacífico ocidental e como ciclone no Oceano Índico.
Tópicos disponíveis nesta página:
- Ciclones tropicais
- Alertas e avisos
- Guia sobre preparação para furacões
- Aviso de Furacão
- Alerta de Furacão
Também chamados de tufões ou furacões, os ciclones tropicais são vórtices ciclônicos profundos que se desenvolvem entre as latitudes de 10º a 20º de latitude, com diâmetro da ordem de 1.000 km e núcleo de pressão acentuadamente baixa – cerca de 50 a 100 hpa menor que a pressão observada na área circunjacente.
Surgem sobre o oceano tropical, onde a temperatura das águas é alta (cerca de 27º) e o vapor d’água abundante, a partir de um centro de baixa pressão.
Nem todos os vórtices ciclônicos evoluem até formarem um furacão. Alguns são simples centros de baixa pressão migratórios, denominados tempestades tropicais e que logo desaparecem. Outros, porém, intensificam-se e podem se transformar em furacões, movendo-se rápida ou lentamente ou ainda estacionando por muitas horas, causando destruição por onde passam.
Há dois tipos básicos de ciclones tropicais: aqueles cuja intensidade máxima é próxima à superfície terrestre e diminui com a altitude (núcleo quente) e outros cuja máxima intensidade ocorre na alta troposfera, diminuindo em direção à superfície (núcleo frio).
Os ciclones tropicais são de fácil identificação nas imagens de satélites meteorológicos devido ao típico sistema espiralado de nuvens. Ocorre, no centro do sistema, uma área circular com 25 a 65 quilômetros de diâmetro, conhecida como “olho”, onde as condições atmosféricas são de vento calmo e sem nuvens. A ausência de nuvens no centro se dá em decorrência do intenso movimento do ar que contribui para a redução da pressão atmosférica à superfície. Em geral, ocorre uma redução na dimensão do olho quando a tempestade torna-se mais intensa.
Ciclone tropical – Furacão Catarina – BRASIL. Foto: Freepik
A velocidade do vento associado ao fenômeno facilmente ultrapassa 100 km/h na área próxima do olho, podendo em alguns casos a chegar a 200 km/h, diminuindo em direção à periferia do ciclone.
Em torno do olho, formam-se muralhas de nuvens convectivas que atingem o limiar da tropopausa, produzidas pela intensa atividade convectiva e que originam intensos aguaceiros (com grande liberação de calor latente, suprindo o sistema de energia), acompanhados de relâmpagos e trovoadas e precipitações, principalmente na área próxima ao centro do ciclone.
Os ciclones tropicais duram cerca de uma semana. Surgem normalmente no fim do verão e início do outono na faixa tropical dos oceanos Pacífico, Atlântico Norte e Índico.
Em termos de velocidade dos ventos, os ciclones tropicais são classificados da seguinte forma:
- Depressão tropical: quando o ciclone tropical apresenta vento com velocidade inferior a 34 KT;
- Tormenta tropical: quando o ciclone tropical apresenta ventos com velocidade de 34 a 63 KT;
- Tufão, furacão, ciclone: quando o ciclone tropical apresenta vento com velocidade superior a 63 KT.
Imagens da velocidade do vento durante a passagem de um furacão: http://www.mahobeachcam.com/
As autoridades de aviação civil de países que costumam ser afetados por este fenômeno procuram monitorar de perto os furacões previstos, emitindo alertas e avisos sobre as tempestades.
Página de serviço de alerta de furacões: http://www.nws.noaa.gov/om/hurricane/index.shtml
Eventualmente, em alguns aeródromos é necessário proteger as instalações de controle de tráfego aéreo ao longo do caminho de tempestade e ter capacidade de retomar rapidamente as operações após a passagem do furacão. Retomar a operação dos voos de maneira rápida é fundamental para que seja prestado apoio às áreas afetadas pela destruição.
As torres de controle de aeródromo localizados em áreas propensas a furacões são projetadas e construídas para sustentar a força dos ventos de um furacão. Cada torre de controle tem uma sustentabilidade máxima do vento. Quando os ventos se aproximam desse nível, os controladores evacuam as torres de controle. Eles podem permanecer na construção em serviço em um nível inferior seguro e estão prontos para voltar ao trabalho assim que a tempestade passar. Em muitos casos, é necessário também proteger equipamentos de comunicação e dos auxílios à navegação aérea.
Em alguns casos, à medida que a tempestade do furacão se aproxima, pode ser feita a desativação das antenas de radar de vigilância do aeródromo para minimizar possíveis danos ocasionados pelo vento e permitir que a cobertura do radar seja retomada rapidamente, após a passagem da tempestade.
As condições meteorológicas severas que estão associadas à passagem de um furacão provocam atrasos e cancelamentos de muitos voos que passariam pela rota direta da tempestade ou em área circundante. Para garantir a segurança das operações, as autoridades de aviação locais podem também impor restrições ao espaço aéreo local ou restrições temporárias de voo.
Guia sobre a preparação para furacões
https://www.faa.gov/air_traffic/flight_info/hurricane_season/
Site com informação sobre as condições gerais de aeródromos dos EUA: tempo estimado de atraso nas partidas, no táxi e nas chegadas e tempo de espera no ar. http://www.fly.faa.gov/flyfaa/usmap.jsp
Alguns aeródromos localizados na área dos desastres causados pela passagem do furacão podem ficar fechados à operação por vários dias. Em algumas ocasiões, eles permanecem fechados para que possam servir de apoio à resposta e ao esforço de recuperação ou porque as estradas que dão acesso ao aeroporto estão inacessíveis.
- http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2017-09/aeroporto-de-havana-reinicia-voos-apos-passagem-do-furacao-irma
- http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2017-09/aeroporto-de-miami-ficara-fechado-ate-que-danos-sejam-avaliados
Caso necessite voar para uma região próxima a que está sendo atingida por um furacão, é importante consultar, no momento do planejamento de voo, além do NOTAM e de outras meteorológicas regulares disponíveis, os avisos emitidos pela autoridade de aviação civil do país afetado.
Além disso, é necessário revisar as informações mais recentes sobre as restrições de voo nas áreas afetadas pelo furacão.
Sempre esteja ciente das condições meteorológicas ao longo de toda a sua rota planejada.
Em alguns casos, é recomendável entrar em contato com o aeródromo de destino antes de decolar, para obter as informações mais atualizadas sobre as condições do tempo no aeródromo.
Abaixo, há exemplos de informes meteorológicos direcionados à aviação que podem conter informação relacionada à atividade de furacões:
Informação meteorológica do aeroporto da ilha tropical de São Martinho que foi divulgada durante a passagem do furacão Irma:
TAF: TNCM 060012Z 0600/0624 04014KT P6SM VCSH SCT018 FM060300 01025G35KT P6SM -SHRA VCSH SCT015 BKN060 OVC080 FM060500 33055G75KT 6SM -SHRA SCT025 BKN050 FM060700 *300140G160KT* 6SM -SHRA BKN015 OVC030 FM061100 26090G120KT 6SM -SHRA BKN015 OVC030 FM061700 20055G75KT 6SM -SHRA SCT025 BKN050
Nota formal, divulgada pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (National Hurricane Center-NHC). Esta comunicação, acompanhada por recomendações, é divulgada quando a análise das condições atmosféricas indica que áreas litorâneas e/ou grupo de ilhas estarão potencialmente sob a ameaça de furacão, nas 24 horas seguintes. O Aviso de Furacão é utilizado para informar a população em geral, bem como interesses específicos, sobre o local, a intensidade e o deslocamento da tempestade.
Nota formal, divulgada pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (National Hurricane Center-NHC). Esta comunicação, acompanhada por recomendações, é divulgada quando a análise das condições atmosféricas indica que áreas litorâneas e/ou grupo de ilhas estarão potencialmente sob a ameaça de furacão, no período compreendido entre as próximas 24 e 36 horas. O Alerta de Furacão é utilizado para informar a população em geral, bem como interesses específicos, sobre o local, a intensidade e o deslocamento da tempestade.