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Webinário internacional debate gestão integrada de recursos hídricos no Chile e no Brasil
Em parceria com o Instituto Alemão de Tecnologia e Gerenciamento de Recursos nos Trópicos e Subtrópicos (ITT na sigla em inglês), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) realiza o 2º Ciclo de Webinários Internacionais com o tema Gestão Integrada de Recursos Hídricos. A ação conta com quatro webinários, sendo que o último deles acontecerá nesta quinta-feira, 1º de julho, às 11h (horário de Brasília), pelo link http://bit.ly/WIPA2021 na plataforma Zoom sem necessidade de inscrição prévia.
No último webinário do Ciclo, serão apresentadas as experiências do Chile e do Brasil em gestão integrada de recursos hídricos, além de estratégias de ambos os países para o atingimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 6 (ODS 6). O engenheiro agrônomo Francisco Meza, da Pontifícia Universidade Católica do Chile, abordará a experiência chilena no tema. Já o coordenador de Conjuntura e Gestão da Informação da ANA, Marcus Fuckner, apresentará o papel da Agência na implementação da gestão integrada de recursos hídricos no Brasil e o ODS 6. A moderação do encontro será realizada por Suzana Montenegro, da (APAC).
O 2º Ciclo de Webinários Internacionais foi aberto em 10 de junho com a palestra do alemão Lars Ribbe sobre a Gestão Integrada de Recursos Hídricos na Alemanha e na União Europeia. Sobre o mesmo tema, mas com foco no Brasil, a professora do ProfÁgua na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Rosa Formiga fechou o encontro.
No segundo webinário do Ciclo, no dia 17, foram apresentadas as experiências da Costa Rica e da Colômbia em gestão integrada de recursos hídricos, além de estratégias de ambos os países para o atingimento do ODS 6. Na primeira metade do webinário, Christian Birkel, da Universidade da Costa Rica, falou sobre o caso costarriquenho. Por sua vez, Sergio Salazar, da Universidade Nacional da Colômbia (UNAL), abordou a experiência colombiana.
No terceiro webinário, em 24 de junho, Alicia Correa e José Agustín Naranjo apresentaram o cenário da gestão integrada de recursos hídricos respectivamente no Equador e no México, além das estratégias de ambos os países latino-americanos para atingir as metas do ODS 6. A primeira metade ficou por conta da engenheira civil da Universidade de Cuenca (Equador) e a segunda parte foi ministrada pelo engenheiro hidrológico da Universidade Autônoma Metropolitana do México (UAM).
Os encontros são abertos ao público e acontecem no contexto da disciplina Gestão Integrada de Recursos Hídricos do Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua). Com participação de palestrantes internacionais e moderação realizada por professores do ProfÁgua, os encontros contam com tradução simultânea para português, inglês e espanhol. Acesse aqui os vídeos de todos os webinários do 2º Ciclo.
Gestão integrada de recursos hídricos
A gestão integrada de recursos hídricos é um processo que promove tanto o desenvolvimento quanto a gestão coordenada da água, solo e recursos relacionados. Seu objetivo é estimular o bem-estar socioeconômico sem comprometer a sustentabilidade dos ecossistemas.
ODS 6
O ODS 6, Água Potável e Saneamento, busca assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento para todos os países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) até 2030. A meta 6.1 estabelece o prazo até 2030 para que os países alcancem o acesso universal e equitativo a água potável e segura para todas as pessoas. Já a meta 6.2 é alcançar o acesso a saneamento e higiene adequados e equitativo para todos.
A meta 6.3 do ODS 6 é de melhorar a qualidade da água por meio da queda da poluição e o estímulo à reutilização do recurso. Já a meta 6.4 prevê aumentar a eficiência do uso da água em todos os setores e reduzir o número de pessoas que sofrem com a escassez hídrica. Segundo a meta 6.5, os países deverão implementar a gestão integrada de recursos hídricos, inclusive via cooperação transfronteiriça no caso de águas internacionais. Por fim, a meta 6.6 é de proteger e restaurar ecossistemas relacionados à água, como: rios, aquíferos e zonas úmidas.
ProfÁgua
Criado e fomentado pela ANA, desde 2015 o ProfÁgua vem formando, em todas as regiões do País, profissionais nas diversas temáticas que envolvem os recursos hídricos, aprimorando suas competências pessoais e profissionais. Com este mestrado, o intuito é qualificar esse público para lidar com os desafios mais complexos da gestão e da regulação das águas no Brasil. Nesse sentido, as dissertações do mestrado sempre têm um caráter de conhecimento aplicado, o que efetivamente contribui para o aprimoramento da gestão de recursos hídricos.
A ANA já investiu pouco mais de R$ 7,3 milhões para o funcionamento do curso, através do repasse de recursos para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que avaliou o mestrado com a nota 4 – a maior para novos cursos. Hoje já existem mais de 250 profissionais com mestrado pelo ProfÁgua e outros 300 estão com seus projetos de pesquisa em andamento.