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Servidores da ANA e da CONAB debatem Mapeamento do Arroz Irrigado no Brasil em webinar
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) produziram o Mapeamento do Arroz Irrigado no Brasil. Para discutirem as informações contidas na publicação, representantes dos dois órgãos federais se encontrarão na próxima sexta-feira, 4 de setembro, a partir das 10h. Para participar gratuitamente do evento on-line, acesse o canal da ANA no Youtube no dia e horário marcados. Não é necessário fazer inscrição para poder participar.
Representando a ANA, estarão presentes no webinar: o diretor Marcelo Cruz; o superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos, Sérgio Ayrimoraes; e o coordenador de Estudos Setoriais, Thiago Fontenelle. Pela CONAB estão confirmados: o diretor-presidente, Guilherme Bastos; o diretor-executivo de Política Agrícola e Informações, Sergio De Zen; e a gerente de Geotecnologias, Candice Santos.
Também participarão representantes do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); além de parceiros de órgãos estaduais, produtores locais e entidades privadas que colaboraram na produção e na análise do levantamento.
Segundo o Mapeamento, lançado em 21 de agosto, o arroz irrigado concentra 77% da área e 90% da produção do cereal no Brasil – as áreas de sequeiro seguem em retração e representam 23% da área e 10% da produção. Ainda que apresente redução na área total nos últimos anos, foi observado um constante aumento de produtividade do segmento, devido às melhorias no pacote tecnológico do produtor, o que inclui uma maior eficiência no uso da água. A cultura também é responsável por 25% da área irrigada no País.
O manejo da cultura de arroz por inundação requer mais água por unidade de área do que em outros sistemas. Além disso – com melhorias no manejo do solo, da água e dos insumos – a irrigação proporciona ao arroz mais que o triplo da produtividade observada em áreas de sequeiro. Na média dos últimos cinco anos (2014-2018), o arroz de sequeiro rendeu 2.134 quilos por hectare, enquanto o irrigado teve um rendimento de 7.403 kg/ha – 3,5 vezes mais.
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins respondem por 1,2 milhão dentre 1,3 milhão do total de hectares de arroz identificados no Brasil. O RS mantém a liderança absoluta com 72,9% da área ocupada pelo arroz irrigado (946 mil hectares), seguido por Santa Catarina (11,5%) e Tocantins (8,4%). Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul aparecem na sequência respectivamente com 1,5%, 1,3% e 0,8%. Os demais 3,5% da área estimada estão distribuídos em outros 12 estados: Alagoas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e São Paulo.
A produção é identificada em 342 municípios – 75 deles apresentam área superior a 3 mil hectares e totalizam 1,1 milhão de hectares (85% do total). Dos 75 municípios, 49 estão no Rio Grande do Sul, 15 em Santa Catarina, seis em Tocantins e outros cinco em Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná e Roraima (um município em cada). Os quatro principais irrigantes localizam-se no Rio Grande do Sul: Uruguaiana (80.000ha), Santa Vitória do Palmar (65.000ha), Itaqui (63.000ha) e Alegrete (53.000ha). Lagoa da Confusão, em Tocantins, vem na sequência com 48.000ha.
O Mapeamento do Arroz Irrigado no Brasil é a sétima e última publicação prévia ao lançamento do Atlas Irrigação 2020 (http://atlasirrigacao.ana.gov.br/) – material da ANA atualmente em elaboração e que traz um panorama da irrigação no País. Todos os estudos lançados anteriormente serão reunidos e ampliados em uma base técnica única, a qual servirá de referência simultaneamente para a Política Nacional de Recursos Hídricos e para a Política Nacional de Irrigação.