Notícias
Seca se abranda no Centro-Oeste e Norte. Intensidade do fenômeno aumenta no Sudeste e se mantém estável no Nordeste e Sul segundo Monitor de Secas
Entre abril e maio, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em quatro unidades da Federação, conforme a última atualização do Monitor de Secas: Amazonas, Mato Grosso, Pará e Roraima. Já em outros três estados a seca se intensificou nesse período: Acre, Minas Gerais e São Paulo. Em termos de severidade, a seca ficou estável em 14 unidades da Federação: Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e Tocantins. Os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina seguiram sem registrar o fenômeno, que deixou de ser verificado tanto em Alagoas quanto em Sergipe.
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sul registrou a melhor condição com o Rio Grande do Sul e Santa Catarina livres de seca em maio. O Norte teve a maior intensidade do fenômeno com o registro de seca extrema em 2% da região e de seca grave em 15% de seu território. Entre abril e maio, houve um abrandamento do fenômeno no Centro-Oeste e Norte. Por outro lado, a seca se intensificou no Sudeste e se manteve com severidade estável no Nordeste e Sul. Considerando a extensão da área com seca, o Centro-Oeste liderou esse quesito com a presença do fenômeno em 86% da região em maio, enquanto o Sul teve o menor percentual: 20%.
Na comparação entre abril e maio, 12 unidades da Federação registraram o aumento da área com seca: Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Tanto no Amapá quanto no Pará houve uma diminuição da extensão da seca, que deixou de ser registrada em Alagoas e Sergipe. Em outras sete unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Roraima e Tocantins. Já a Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina seguiram livres de seca em maio.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Quatro unidades da Federação registraram seca em 100% do território em maio deste ano: Acre, Amazonas, Distrito Federal e Roraima. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 11% a 98%.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de maio, seguido por Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. No total, entre abril e maio, a área com o fenômeno aumentou de 5,68 milhões para 5,83 milhões de km², o equivalente a 68% do território brasileiro.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Situação por UF
UF |
ÁREA |
SEVERIDADE DA SECA |
Acre |
Entre abril e maio, a área com seca aumentou de 44% para 100% do Acre. Desde janeiro deste ano, é a primeira vez que o estado registra seca na totalidade de seu território |
Em termos de severidade, o fenômeno se intensificou no Acre entre abril e maio com o aumento significativo da área com seca moderada de 16% para 69% do seu território |
Alagoas |
Entre abril e maio, a seca deixou de ser registrada em Alagoas. É a primeira vez que o estado fica livre de seca desde dezembro de 2022. Alagoas não registrou seca em maio, assim como a Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe |
Alagoas ficou livre de seca em maio e teve a melhor condição do Brasil junto com a Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe |
Amapá |
Entre abril e maio, o Amapá registrou uma redução significativa da área com seca de 80% para 32% do estado. Essa é a menor área com seca no território amapaense desde fevereiro deste ano, quando houve seca em 23% do estado. O percentual de área com seca no AP também foi o menor entre os estados do Norte em maio |
A severidade do fenômeno se manteve estável no Amapá entre dezembro e maio somente com o registro de seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor. Assim como de fevereiro a abril, em maio o estado teve a condição mais branda de seca entre os estados do Norte |
Amazonas |
O Amazonas se manteve com seca em 100% de seu território entre novembro de 2023 e maio de 2024. É a primeira vez que o estado registra seca em sua totalidade por sete meses consecutivos desde sua entrada no Mapa do Monitor em dezembro de 2022 |
Entre abril e maio, a seca se abrandou no Amazonas com a redução da área com seca grave de 31% para 28% do estado. Essa é a condição mais branda no estado desde setembro de 2023. Por outro lado, o estado teve a condição de seca mais severa do Brasil em maio, devido aos 5% de seca extrema e 28% de seca grave no território amazonense |
Bahia |
A área com seca aumentou de 37% para 43% da Bahia entre abril e maio. Desde outubro de 2023, é a primeira vez que o estado apresenta aumento do percentual de área com seca |
A intensidade do fenômeno se manteve estável no território baiano entre abril e maio com a manutenção da seca moderada em 13% do estado. Essa é a condição mais branda do fenômeno na Bahia desde abril de 2023, quando houve somente seca fraca no estado |
Ceará |
A área com seca no Ceará se manteve no patamar de 11% do estado entre abril e maio. É a menor área com o registro do fenômeno no território cearense desde junho de 2023, quando o Ceará ficou livre de seca |
A severidade da seca se manteve estável no Ceará entre abril e maio, pois houve uma manutenção da seca fraca em 10% do estado. Essa é a categoria de seca mais branda na escala do Monitor |
Distrito Federal |
Entre abril e maio, a área com seca aumentou de 13% para 100% do Distrito Federal. Desde janeiro de 2024, o DF não registrava seca na totalidade de seu território. O Distrito Federal teve o maior percentual de área com seca no Centro-Oeste em maio |
A severidade da seca no DF se manteve estável entre janeiro e maio com o registro somente de seca fraca em seu território. É a condição mais branda do Centro-Oeste em maio |
Espírito Santo |
Entre março e maio, a área com seca no Espírito Santo se manteve em 63% de seu território. É a menor área com seca no estado desde outubro de 2023, quando o fenômeno foi registrado em 4% de seu território |
A intensidade da seca se manteve estável no território capixaba, entre fevereiro e maio, com a presença somente de seca fraca, a mais branda na escala do Monitor |
Goiás |
Goiás teve um aumento da área com seca de 87% para 95% de seu território entre abril e maio. É a maior área com seca no estado desde janeiro de 2024, quando o fenômeno foi registrado em 100% de seu território |
A severidade da seca se manteve estável entre abril e maio com a manutenção da seca moderada em 68% do território goiano. É a condição mais branda no estado desde novembro de 2023, quando houve seca moderada em 16% de Goiás |
Maranhão |
Entre abril e maio, o Maranhão registrou a estabilidade da seca no patamar de 18% do estado. É a menor área com seca no estado desde maio de 2023, quando o fenômeno foi registrado em 16% da sua área |
A intensidade do fenômeno se manteve estável no estado com a seca moderada ficando no patamar de 6% entre março e maio. Essa é a condição mais branda do fenômeno no Maranhão desde setembro de 2023, quando houve seca moderada em 5% do estado |
Mato Grosso |
A área com seca se manteve em 84% de Mato Grosso entre abril e maio. Essa é a menor área com seca no estado desde junho de 2023, quando houve seca em 68% do território mato-grossense. Por outro lado, o estado teve o menor percentual de área com seca no Centro-Oeste em maio |
Houve um abrandamento da seca em Mato Grosso com a redução da área com seca grave no estado de 26% para 24% entre abril e maio. É a condição mais branda do fenômeno no estado desde novembro de 2023. Por outro lado, é a maior severidade de seca no Centro-Oeste em maio |
Mato Grosso do Sul |
Em Mato Grosso do Sul, a área com seca aumentou de 79% para 85% do estado entre abril e maio. É a maior área com seca em MS desde setembro de 2022, quando houve seca em 88% do estado |
A severidade da seca se manteve em Mato Grosso do Sul entre abril e maio com a estabilidade da seca moderada no patamar de 32% do estado. É a condição mais severa no estado desde abril de 2023, quando houve seca grave em 1% de MS |
Minas Gerais |
Entre abril e maio, Minas Gerais registrou um leve aumento da área com seca de 56% para 57% de seu território |
A seca teve uma intensificação em Minas Gerais entre abril e maio com o aumento da área com seca moderada de 16% para 17% do estado. É o cenário mais severo no estado desde janeiro deste ano, quando houve seca moderada em 21% do território mineiro |
Pará |
O Pará registrou uma redução da área com seca de 74% para 67% do estado entre abril e maio. É a menor área com o registro do fenômeno no território paraense desde agosto de 2023, quando houve seca em 59% do estado |
Entre abril e maio, houve um abrandamento da seca no Pará com o recuo da área com seca moderada de 36% para 30% do estado nesse período. Essa é a condição mais branda da seca no Pará desde setembro de 2023, quando houve seca moderada em 22% de seu território |
Paraíba |
A Paraíba seguiu livre de seca no estado entre abril e maio. Desde o início do Mapa do Monitor, em julho de 2014, é a primeira vez que a Paraíba fica livre de seca por dois meses consecutivos. O estado registra a melhor condição do Brasil em maio juntamente com Alagoas, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe |
Entre abril e maio, a Paraíba ficou livre de seca. É a melhor condição do estado desde julho de 2014 e a melhor do Brasil em maio junto com Alagoas, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe |
Paraná |
Entre abril e maio, o Paraná teve o aumento da área com seca de 53% para 60% do estado, o que representa a maior área com o fenômeno no PR desde julho de 2022: 68%. Em abril o estado foi o único do Sul com registro de seca |
Entre março e maio a intensidade da seca ficou estável no Paraná com a seca moderada permanecendo no patamar de 10% do estado. Essa é a condição mais severa de seca no território paranaense desde os 18% de seca moderada registrados em dezembro de 2022 no estado |
Pernambuco |
Pernambuco teve um leve aumento da área com seca de 12% para 14% de seu território entre abril e maio. Desde outubro de 2023, é a primeira vez que o estado registra aumento do percentual de área com o fenômeno |
A severidade da seca se manteve em Pernambuco entre abril e maio, já que houve somente o registro de seca fraca no estado, que é a mais branda na escala do Monitor |
Piauí |
Entre abril e maio, a área com seca aumentou significativamente de 23% para 54% do Piauí. O estado teve o maior percentual de área com seca no Nordeste em maio |
A intensidade da seca se manteve no Piauí entre abril e maio com a manutenção da área com seca moderada no patamar de 14% do território do estado. É a condição mais branda desde agosto de 2023, quando houve seca moderada em 9% do Piauí. Por outro lado, o estado teve a maior severidade de seca no Nordeste em maio |
Rio de Janeiro |
No território fluminense a área com seca aumentou significativamente de 4% para 42% entre abril e maio. Essa é a maior área com seca no estado desde julho de 2023, quando houve seca em 70% do RJ. Por outro lado, o estado teve o menor percentual de área com seca entre os estados da região Sudeste em maio |
O Estado do Rio de Janeiro registrou somente seca fraca entre abril e maio. O território fluminense teve a melhor condição de seca do Sudeste em maio |
Rio Grande do Norte |
Entre abril e maio, o Rio Grande do Norte ficou livre de seca. É a primeira vez que o estado fica livre de seca por dois meses consecutivos desde o início do Mapa do Monitor em julho de 2014. O estado registra a melhor condição do Brasil em maio juntamente com Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe |
O Rio Grande do Norte ficou livre de seca entre abril e maio. É a melhor condição do estado desde julho de 2014 e a melhor do Brasil em maio junto com Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe |
Rio Grande do Sul |
O Rio Grande do Sul se manteve livre de seca entre outubro de 2023 e maio deste ano. O estado apresenta a melhor condição do Brasil em maio juntamente com Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe |
O Rio Grande do Sul se mantém livre de seca há oito meses consecutivos. A condição do estado é a melhor do Brasil em maio juntamente com Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe |
Rondônia |
A área com seca aumentou de 67% para 68% de Rondônia entre abril e maio |
Entre abril e maio, a intensidade da seca se manteve estável em Rondônia com a seca registrada no patamar de 18% do território rondoniense. Em abril e maio a condição de seca em RO foi a mais branda no estado desde setembro de 2023 |
Roraima |
Roraima entrou no Mapa do Monitor em novembro de 2023. Desse mês até maio deste ano, totalizando sete meses consecutivos, Roraima registrou seca em 100% de seu território |
Entre abril e maio, a seca se abrandou em Roraima com a forte diminuição da área com seca grave de 71% para 18% do estado. É a condição mais branda de seca em Roraima desde novembro de 2023, quando teve início o monitoramento no estado |
Santa Catarina |
Santa Catarina vem se mantendo livre de seca há nove meses consecutivos. Essa é a maior sequência de meses sem o registro do fenômeno entre todas as unidades da Federação. Em maio o estado esteve junto com Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe como os únicos estados do Brasil livres de seca |
Entre setembro de 2023 e maio de 2024, Santa Catarina se manteve livre de seca. A condição do estado é a melhor do Brasil em fevereiro juntamente com Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe |
São Paulo |
O Estado de São Paulo registrou o aumento da área com seca de 78% para 85% de seu território entre abril e maio. Essa é a maior área com o fenômeno em SP desde dezembro de 2022, quando houve seca em 87% do estado. Também é o maior percentual de área com o fenômeno no Sudeste em maio |
A seca se intensificou no Estado de São Paulo entre abril e maio com o aumento da área com seca moderada de 28% para 30% de seu território. É a maior intensidade do fenômeno em SP desde março de 2023, quando houve seca grave em 2% do estado. Além disso, SP teve a maior severidade da seca entre os estados do Sudeste em maio |
Sergipe |
Entre abril e maio, a seca deixou de ser registrada em Sergipe. É a primeira vez que o estado fica livre de seca desde janeiro de 2023. O território sergipano registra a melhor condição do Brasil em maio juntamente com Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina |
A seca deixou de ser registrada em Sergipe entre abril e maio. É a melhor condição do estado desde janeiro de 2023 e a melhor do Brasil em maio junto com Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina |
Tocantins |
Tocantins se manteve com seca em 98% de seu território entre abril e maio |
A intensidade do fenômeno se manteve estável em Tocantins entre abril e maio com a manutenção da seca grave em 21% do estado e da seca moderada em 49% do território tocantinense |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana | Facebook | Instagram | Twitter | YouTube | LinkedIn | TikTok