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Seca fica mais intensa no Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste. Sul fica livre do fenômeno, segundo última atualização do Monitor de Secas
Entre novembro e dezembro de 2023, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em dois estados, conforme a última atualização do Monitor de Secas: Amazonas e Sergipe. Em 15 unidades da Federação a seca ficou mais intensa no período: Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins. Já em São Paulo o fenômeno voltou a ser registrado em dezembro. A seca ficou estável, em termos de severidade, em cinco estados: Alagoas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Já no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina não houve registro do fenômeno. O Amapá entrou no Mapa do Monitor com seca fraca em parte de seu território e, assim, o Monitor passa a cobrir 100% do território nacional.
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sul registrou a melhor condição com seus três estados livres de seca em dezembro. O Centro-Oeste teve a maior intensidade do fenômeno com o registro de seca excepcional em 1% da região, sendo essa a maior severidade da escala do Monitor. Já o maior percentual de área com seca no último mês foi registrado tanto no Nordeste quanto no Norte: 97%. No caso do Sudeste, houve uma intensificação do fenômeno com o aumento de área com seca moderada de 9% para 24% da região.
Na comparação entre novembro e dezembro, três estados registraram diminuição da área com seca: Pará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Por outro lado, em cinco estados houve o aumento da área com o fenômeno: Alagoas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No caso de São Paulo aconteceu o retorno da seca em dezembro. Em outras 14 unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Já no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina permaneceram sem o registro de seca em dezembro, enquanto no Amapá ainda não é possível fazer comparações sobre a variação da área com seca, já que o estado entrou no Mapa do Monitor no próprio mês de dezembro.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Treze unidades da Federação registraram seca em 100% do território em dezembro do ano passado: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe, Mato Grosso e Tocantins; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 20% a 98%
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de dezembro, seguido por Pará, Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais. No total, em dezembro, a área com o fenômeno foi de 7,35 milhões de km², o equivalente a 86% do território brasileiro.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Situação por UF
UF |
ÁREA |
SEVERIDADE DA SECA |
Acre |
A área com seca no Acre se manteve em 100% do território do estado entre setembro e dezembro de 2023. É a primeira vez que o Acre registra quatro meses consecutivos com seca na totalidade de seu território desde o período entre novembro de 2022 e fevereiro de 2023 |
Em termos de severidade, o fenômeno se intensificou no Acre entre novembro e dezembro. Nesse período a seca grave avançou de 39% para 63% do estado, sendo a condição mais severa do fenômeno no Acre desde sua entrada no Mapa do Monitor em novembro de 2022 |
Alagoas |
Entre novembro e dezembro, a área com seca em Alagoas aumentou de 50% para 58% do estado. Esta é a maior área com seca em Alagoas desde novembro de 2021, quando houve seca em 72% do território alagoano. Por outro lado, o estado teve o menor percentual de área com seca entre os estados nordestinos |
A intensidade da seca se manteve estável em Alagoas entre novembro e dezembro com registro de seca grave, moderada e fraca no estado. Entre novembro e dezembro o estado teve sua condição de seca mais severa desde novembro de 2021, quando houve seca grave em 17% de Alagoas |
Amapá |
Em dezembro de 2023, mês de sua entrada no Mapa do Monitor, o Amapá teve seca em 45% de seu território. É o menor percentual de área com seca entre os estados do Norte em dezembro |
O Amapá entrou no Mapa do Monitor em dezembro com seca fraca em 45% de sua área, sendo essa a severidade mais branda na escala do Monitor de Secas. Em dezembro o estado teve a condição mais branda de seca entre os estados do Norte |
Amazonas |
O Amazonas se manteve com seca em 100% de seu território entre novembro e dezembro. É a primeira vez que o estado registra seca em sua totalidade por dois meses consecutivos desde sua entrada no Mapa do Monitor em dezembro de 2022 |
Entre novembro e dezembro, houve um leve abrandamento da seca no Amazonas com o recuo da seca extrema de 17% para 15% do estado. Ainda assim, é a segunda condição mais severa no estado desde dezembro de 2022 |
Bahia |
A área com seca se manteve em 100% da Bahia entre outubro e dezembro. Esta é a primeira vez que o estado registra seca em todo seu território por três meses seguidos desde o período entre agosto e outubro de 2021 |
O fenômeno se intensificou no estado com o surgimento de seca extrema em 3% do território baiano entre novembro e dezembro. Esta é a condição mais severa do fenômeno na Bahia desde dezembro de 2019, quando houve seca extrema em 5% do estado. Também foi o estado nordestino com condição mais severa em dezembro |
Ceará |
O Ceará se manteve com seca em 100% de seu território entre outubro e dezembro. É a primeira vez que o estado registra seca em sua totalidade por três meses seguidos desde o período entre setembro e novembro de 2018 |
A severidade da seca se manteve estável no Ceará entre novembro e dezembro com seca fraca em 53% do estado e seca moderada em 47% do território cearense. Esta é a condição mais severa do fenômeno no território cearense desde novembro de 2021, quando houve seca moderada em 60% do estado |
Distrito Federal |
Entre novembro e dezembro, a área com seca se manteve em 100% do Distrito Federal. É a primeira vez que o DF registra seca na totalidade por dois meses consecutivos desde o período entre junho e julho de 2023. Em dezembro o DF e Goiás foram as unidades da Federação com o maior percentual de área com seca no Centro-Oeste |
O DF registrou a intensificação da seca entre novembro e dezembro com o aumento significativo da seca moderada de 45% para 80% do Distrito Federal. É a maior severidade do fenômeno no DF desde outubro de 2022, quando houve seca moderada em 100% da unidade da Federação |
Espírito Santo |
Entre novembro e dezembro, a área com seca no Espírito Santo se manteve em 100% de seu território. Desde o período entre outubro e novembro de 2022, é a primeira vez que o estado registrou seca em sua totalidade por dois meses consecutivos. Em dezembro de 2023, o Espírito Santo teve o maior percentual de área com seca entre os estados do Sudeste |
O Espírito Santo registrou uma intensificação da seca, entre novembro e dezembro, com o aumento da área com seca moderada de 33% para 41% do território capixaba. Esta é a condição mais severa do fenômeno no estado desde novembro de 2022, quando houve seca moderada em 50% do Espírito Santo. Também é a condição mais severa entre os estados do Sudeste em dezembro |
Goiás |
Goiás teve o aumento da área com seca de 98% para 100% de seu território entre novembro e dezembro. É a maior área com seca no estado desde outubro de 2022: 100%. Em dezembro o DF e Goiás foram as unidades da Federação com o maior percentual de área com seca no Centro-Oeste |
A seca se intensificou em Goiás entre novembro e dezembro com o surgimento da seca grave em 2% do território goiano. Esta é a condição mais severa de seca em Goiás desde setembro de 2023, quando houve seca grave em 4% do estado |
Maranhão |
Entre novembro e dezembro, o Maranhão se manteve com seca em 97% do estado. É a maior área com seca no estado desde janeiro de 2018: 100% |
O fenômeno se intensificou no Maranhão, entre novembro e dezembro, com o surgimento de seca grave em 1% do estado. É a condição mais severa desde novembro de 2020, quando houve seca grave em 4% do estado |
Mato Grosso |
A área com seca se manteve em 100% de Mato Grosso entre novembro e dezembro. É a maior área com seca no estado desde agosto de 2021, quando houve seca em 100% do território mato-grossense |
Intensificação do fenômeno em Mato Grosso entre novembro e dezembro com o surgimento de área com seca excepcional em 2% do estado. Esta é a maior severidade de seca desde a entrada de MT no Mapa do Monitor em junho de 2021 e a maior severidade do fenômeno no Brasil em dezembro |
Mato Grosso do Sul |
Em Mato Grosso do Sul houve um aumento da área com seca de 54% para 75% do estado entre novembro e dezembro. É a maior área com seca em MS desde setembro de 2022: 86%. Por outro lado, o estado teve o menor percentual de área com seca do Centro-Oeste em dezembro |
A intensidade da seca se manteve estável em Mato Grosso do Sul entre novembro e dezembro com a presença de áreas com seca grave e moderada. É a condição do fenômeno nesse período é a mais severa no estado desde abril de 2023, quando houve seca grave em 1% de MS. No entanto, essa é a condição mais branda do Centro-Oeste em dezembro |
Minas Gerais |
Entre novembro e dezembro, Minas Gerais registrou um aumento significativo da área com seca de 53% para 82% de seu território. É a maior área com seca no estado desde novembro de 2022, quando houve o fenômeno em 95% do território mineiro |
O fenômeno se intensificou em Minas Gerais entre novembro e dezembro com o aumento da seca moderada de 12% para 36% do estado. Esta é a maior severidade do fenômeno no estado desde fevereiro de 2023, quando houve o registro de seca grave em 2% de Minas |
Pará |
Diminuição da área com seca de 100% para 98% do Pará entre novembro e dezembro. Ainda assim, é a segunda maior área com seca no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em abril de 2023 |
Entre novembro e dezembro, a seca se intensificou no Pará com o registro de seca grave em 1% se seu território |
Paraíba |
A área com seca na Paraíba diminuiu levemente de 84% para 83% do estado entre novembro e dezembro |
Entre novembro e dezembro, a Paraíba registrou a intensificação da seca em seu território com o aumento da área com seca moderada de 41% para 50% do estado. É a maior intensidade da seca na Paraíba desde abril de 2022, quando foi registrada seca grave em 24% estado |
Paraná |
Entre outubro e dezembro, o Paraná se manteve livre de seca, assim como o Rio Grande do Sul e Santa Catarina |
Entre outubro e dezembro, o Paraná se manteve livre de seca. A condição do estado é a melhor do Brasil em dezembro juntamente com o Rio Grande do Sul e Santa Catarina |
Pernambuco |
Pernambuco se manteve com seca em 84% de seu território entre outubro e dezembro. É a maior área com seca no estado desde abril de 2022, quando 85% de Pernambuco passou por seca |
A seca se intensificou em Pernambuco entre novembro e dezembro com o aumento da área de seca moderada de 51% para 59% do estado. Junto com seca grave em 3% de Pernambuco, essa é a condição de seca mais severa no estado desde novembro de 2021, quando houve seca grave em 7% do estado |
Piauí |
Entre outubro e dezembro, a área com seca se manteve em 100% do Piauí. É a primeira vez que o estado registra seca em sua totalidade por três meses seguidos desde o período de novembro de 2017 a janeiro de 2018 |
O Piauí registrou a intensificação da seca entre novembro e dezembro com o surgimento de área com seca grave em 14% do território piauiense. É a condição mais severa do fenômeno no estado desde outubro de 2021, quando o Piauí teve seca em 21% de seu território |
Rio de Janeiro |
Entre novembro e dezembro, a área com seca no território fluminense saltou de 24% para 42%. Esta é a maior área com registro do fenômeno no Estado do Rio de Janeiro desde julho de 2023, quando houve seca em 70% de seu território |
A intensidade da seca no Estado do Rio de Janeiro se manteve estável entre novembro e dezembro com o registro somente de seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor |
Rio Grande do Norte |
A seca recuou de 100% para 93% do território do Rio Grande do Norte entre novembro e dezembro. É a menor área com seca no estado desde setembro de 2023, quando houve seca em 94% do território potiguar |
Em termos de severidade, houve a estabilidade da seca no Rio Grande do Norte entre novembro e dezembro com o registro de áreas com seca fraca e moderada, as duas mais brandas na escala do Monitor. Essa é a condição mais severa do fenômeno no estado desde abril de 2022, quando houve registro de seca grave em 6% do RN. Por outro lado, em dezembro o RN teve a condição mais branda de seca entre os estados do Nordeste |
Rio Grande do Sul |
O Rio Grande do Sul se manteve livre de seca entre outubro e dezembro, bem como o Paraná e Santa Catarina |
O Rio Grande do Sul se manteve livre de seca entre outubro e dezembro. A condição do estado é a melhor do Brasil em dezembro juntamente com o Paraná e Santa Catarina |
Rondônia |
A seca se manteve em 100% de Rondônia entre outubro e dezembro. Desde a entrada do estado no Mapa do Monitor, em agosto de 2022, é a primeira vez que Rondônia registra seca na totalidade de seu território em três meses consecutivos |
Entre novembro e dezembro, a seca se intensificou em Rondônia com o surgimento de área com seca excepcional em 2% do estado, sendo essa a maior severidade na escala do Monitor. É a condição mais severa do fenômeno em Rondônia desde agosto de 2022 e a mais severa dentre os estados do Norte em dezembro |
Roraima |
Roraima entrou no Mapa do Monitor em novembro de 2023. Nesse mês e em dezembro, o estado registrou seca em 100% de seu território |
Entre novembro e dezembro de 2023, Roraima registrou a intensificação da seca com o avanço da seca grave de 25% para 37% de seu território |
Santa Catarina |
Entre setembro e dezembro, Santa Catarina manteve livre de seca. Em dezembro o estado esteve junto com o Paraná e o Rio Grande do Sul como os únicos do Brasil livres de seca |
Entre setembro e dezembro, Santa Catarina se manteve livre de seca. A condição do estado é a melhor do Brasil em dezembro juntamente com o Paraná e o Rio Grande do Sul |
São Paulo |
O Estado de São Paulo voltou a registrar seca em 20% de seu território entre novembro e dezembro. O fenômeno não era registrado em SP desde setembro de 2023. No entanto, o estado teve o menor percentual de área com seca do Sudeste em dezembro |
São Paulo teve o retorno da seca fraca, a mais branda na escala do Monitor, entre novembro e dezembro. É a condição mais branda dentre os estados do Sudeste em dezembro |
Sergipe |
Entre novembro e dezembro, a área com seca se manteve em 100% de Sergipe. É a primeira vez que o estado registra dois meses consecutivos com seca em sua totalidade desde o período de janeiro e fevereiro de 2022 |
Sergipe foi o único estado nordestino que registrou um abrandamento da seca entre novembro e dezembro com a redução da área com seca moderada de 58% para 43% do estado |
Tocantins |
Tocantins se manteve com seca em 100% de seu território entre novembro e dezembro. Desde o período entre setembro e outubro de 2022, é a primeira vez que Tocantins registra dois meses consecutivos de seca na totalidade do estado |
O fenômeno se intensificou em Tocantins entre novembro e dezembro de 2023 com o surgimento da área com seca grave em 14% do território tocantinense. É a condição mais severa da seca no estado desde novembro de 2021, quando houve seca grave em 22% de Tocantins |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
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