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Seca fica mais branda no Sul e se intensifica no Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste, segundo última atualização do Monitor de Secas
Entre junho e julho, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em quatro estados, conforme a última atualização do Monitor de Secas : Goiás, Rio Grande do Sul, Rondônia e Tocantins. Em outros cinco estados, a seca ficou mais intensa no período: Amazonas, Bahia, Mato Grosso, Paraíba e Rio Grande do Norte. A seca ficou estável em termos de severidade em 14 unidades da Federação: Acre, Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. O Paraná foi o único estado monitorado que ficou livre do fenômeno, que voltou a ser registrado no Ceará.
Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sudeste registrou a melhor condição, apresentando seca moderada em 8% de seu território em julho. O Centro-Oeste teve a maior intensidade do fenômeno com o registro de seca extrema em 1% da região, assim como o maior percentual de área com seca em julho: 70%. Já no Nordeste, o fenômeno teve uma intensificação da seca com o avanço da categoria moderada de 10% para 12% de sua área entre junho e julho. No Sul ocorreu o abrandamento do fenômeno com o desaparecimento da área com seca extrema e a região foi a que teve o menor percentual de área com seca: 36%.
Na comparação entre junho e julho, cinco estados tiveram uma diminuição da área com seca: Mato Grosso do Sul, Paraná (ficou livre do fenômeno), Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Em outros 15 estados houve aumento da área com o fenômeno: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará (ressurgimento), Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia e Tocantins. As áreas com seca se mantiveram estáveis em maio em cinco unidades da Federação: Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão e Sergipe.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE , SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Somente o Distrito Federal registrou seca em 100% de seu território em julho. Nas demais unidades da Federação os percentuais variaram de 0% a 92%.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de julho, seguido por Mato Grosso, Pará, Bahia e Minas Gerais. No total, entre junho e julho, a área com o fenômeno aumentou de 4,5 milhões de quilômetros quadrados para 5 milhões de km², o equivalente a 59% do território brasileiro.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Situação por UF
UF |
ÁREA |
SEVERIDADE DA SECA |
Acre |
A área total com seca no Acre aumentou de 54% para 63% do estado entre junho e julho |
Em termos de severidade, o fenômeno se manteve estável no Acre entre maio e julho. Nesse período a seca grave permaneceu presente em 2% do estado e a seca moderada foi registra em outros 23%. As demais áreas com o fenômeno tiveram seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor |
Alagoas |
Entre junho e julho, a área com seca em Alagoas se manteve em 11% do estado. É a menor área com o fenômeno no estado desde dezembro de 2022, quando o estado esteve livre de seca |
Estabilidade da severidade da seca em Alagoas entre janeiro e julho somente com o registro de seca fraca no estado, que é o grau mais brando do fenômeno na escala do Monitor |
Amazonas |
Aumento da área com seca de 61% para 72% do Amazonas entre junho e julho. É a maior área com seca no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em dezembro de 2022 |
Entre junho e julho houve a intensificação da seca no Amazonas com o avanço da seca moderada de 4% para 10% do território amazonense. É a condição mais severa no estado desde abril deste ano, quando houve seca grave em 3% do Amazonas |
Bahia |
A área com seca aumentou de 86% para 89% da Bahia entre junho e julho. Esta é a maior área com o fenômeno no estado desde novembro de 2021: 98% |
O fenômeno se intensificou no estado com o avanço da seca moderada de 24% para 27% da Bahia entre junho e julho. Esta é a condição mais severa do fenômeno no território baiano desde novembro de 2021, quando houve seca grave em 2 % do estado |
Ceará |
O Ceará registrou o retorno da área com seca em 34% do estado entre junho e julho. Desde fevereiro deste ano, o território cearense não registrava seca |
O Ceará voltou a registrar seca fraca, a mais branda na escala do Monitor, o que não acontecia desde fevereiro deste ano |
Distrito Federal |
Entre março e julho, a seca seguiu em 100% do território do DF. Desde a entrada do Distrito Federal no Mapa do Monitor, em julho de 2020, é a primeira vez que a unidade da Federação registra seca fraca em todo seu território por cinco meses seguidos . Em maio somente o DF teve seca em 100% de seu território |
O Distrito Federal se manteve com seca fraca, a mais branda na escala do Monitor, em todo seu território entre março e julho. Porém, o DF teve a condição mais branda de seca do Centro-Oeste por não ter registrado seca moderada ou grave |
Espírito Santo |
Entre maio e julho, a área com seca no Espírito Santo se manteve em 83% de seu território. Esta é a maior área com o fenômeno no estado desde os 100% registrados em novembro de 2022. Também é o maior percentual de área com seca entre os estados do Sudeste em julho |
Entre março e julho, o Espírito Santo se manteve somente com seca fraca, a mais branda na escala do Monitor |
Goiás |
Aumento da área com seca de 87% para 92% de Goiás entre junho e julho. É a maior área com seca desde outubro de 2022 (100%) |
O fenômeno teve um abrandamento em Goiás entre junho e julho, pois a área com seca grave diminuiu de 23% para 20% do território goiano no período. Esta é a condição mais branda de seca em Goiás desde sua entrada no Mapa do Monitor em junho de 2020 |
Maranhão |
Entre junho e julho, o Maranhão registrou a estabilidade da área com seca em 40% de seu território. É a maior área com seca no estado desde setembro de 2022: 41% |
Estabilidade do fenômeno no Maranhão com a permanência da seca moderada e da seca fraca respectivamente em 2% e 38% do território do estado entre junho e julho |
Mato Grosso |
Aumento da área com seca de 68% para 86% de Mato Grosso entre junho e julho. É a maior área com seca no estado desde novembro de 2022, quando houve seca em 92% do território mato-grossense |
Intensificação do fenômeno em Mato Grosso entre junho e julho com o ressurgimento de seca extrema em 2% do estado, grau que não era registrado desde dezembro de 2022 e que é o segundo mais severo na escala do Monitor. O MT teve a maior intensidade da seca entre os estados do Centro-Oeste em julho |
Mato Grosso do Sul |
Redução da área com seca de 15% para 12% de Mato Grosso do Sul entre junho e julho. É a menor área com seca em MS desde sua entrada no Mapa do Monitor em julho de 2020 e o menor percentual do Centro-Oeste em julho deste ano |
A severidade da seca se manteve estável em Mato Grosso do Sul entre junho e julho com a permanência da seca moderada em cerca de 3% do estado. É a condição mais branda no estado desde julho de 2020 |
Minas Gerais |
Entre maio e junho, Minas Gerais registrou o aumento da área com seca de 79% para 82% de seu território. É a maior área com seca desde novembro de 2022: 95% |
A severidade do fenômeno ficou estável em Minas, entre maio e julho, com seca moderada no patamar de 12% do estado. Esta é a maior severidade do fenômeno no estado desde fevereiro deste ano, quando houve seca grave em 2% de MG. Também é a maior severidade da seca entre os estados do Sudeste em junho |
Pará |
Aumento da área com seca de 39% para 48% do Pará entre junho e julho. É a maior área com seca no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em abril deste ano |
Entre junho e julho, a severidade da seca se manteve estável no Pará com a seca moderada permanecendo no patamar de 9% do estado nesse período. Assim, o Pará segue com a condição mais severa do fenômeno no estado desde abril deste ano |
Paraíba |
Aumento da área com seca de 14% para 25% da Paraíba entre junho e julho |
Entre junho e julho, a Paraíba registrou a intensificação da seca em seu território com o ressurgimento de seca moderada em 4% do estado. É a primeira vez que esse grau de seca é registrado na Paraíba desde fevereiro deste ano |
Paraná |
O Paraná voltou a ficar 100% livre de seca entre junho e julho. Com isso, o estado foi o único do Brasil sem o registro do fenômeno em julho |
Entre junho e julho a seca fraca deixou de ser registrada no Paraná, que foi o único estado livre de seca no período e, portanto, com a melhor condição do Brasil |
Pernambuco |
Pernambuco registrou o aumento da área com seca de 12% para 38% do estado entre junho e julho. É a maior área com seca no estado desde outubro de 2022, quando 45% de Pernambuco passou por seca |
Pernambuco se manteve somente com registro de seca fraca entre fevereiro e julho. Esta é a categoria mais branda do fenômeno na escala do Monitor |
Piauí |
Entre junho e julho, a área com seca aumentou no Piauí, passando de 79% para 90% do estado. É a maior área com o fenômeno no estado desde fevereiro de 2021: 92%. Também é o maior percentual de área com seca do Nordeste em julho |
A severidade da seca se manteve estável no Piauí entre abril e julho, com seca moderada em 9% do estado e com o registro de seca fraca. Esta é a condição mais severa do fenômeno no estado desde dezembro de 2021, quando houve seca moderada em 26% do estado |
Rio de Janeiro |
Entre junho e julho, a área com seca aumentou de 59% para 70% do território fluminense. Esta é a maior área com seca no estado desde os 72% registrados em agosto de 2022 |
Estabilidade do fenômeno no Rio de Janeiro somente com o registro da seca fraca, a mais branda na escala do Monitor, entre março e julho |
Rio Grande do Norte |
Aumento da área com seca de 44% para 52% do Rio Grande do Norte entre junho e julho. Esta é a maior área com o fenômeno no território potiguar desde os 90% registrados em março de 2022 |
Em termos de severidade, a seca se intensificou no Rio Grande do Norte entre junho e julho com o ressurgimento de áreas com seca moderada em 15% do território potiguar. Essa é a condição mais severa do fenômeno no estado desde abril de 2022, quando houve registro de seca grave em 6% do RN |
Rio Grande do Sul |
Redução significativa da área com seca de 100% para 68% do Rio Grande do Sul entre junho e julho. É a primeira vez que o estado registra áreas livres de seca desde novembro de 2022. Apesar da melhora, o RS seguiu com o maior percentual de área com seca no Sul em julho |
Abrandamento do fenômeno no RS, entre junho e julho, com o desaparecimento da área com seca extrema. É a condição mais branda de seca no estado desde novembro de 2022, quando houve somente seca fraca e moderada no Rio Grande do Sul |
Rondônia |
Aumento da área com seca de 42% para 49% de Rondônia entre junho e julho |
Entre junho e julho, a seca teve um abrandamento em Rondônia com o recuo da seca grave de 10% para 3% do estado. É a condição mais branda do fenômeno em Rondônia desde dezembro de 2022, quando houve somente seca fraca e moderada no estado |
Santa Catarina |
Redução da área com seca de 34% para 15% de Santa Catarina entre junho e julho. É a menor área com seca no estado desde outubro de 2022, quando o estado ficou livre do fenômeno |
Entre junho e julho, vem ocorrendo somente o registro de seca fraca, a mais branda na escala do Monitor, em Santa Catarina |
São Paulo |
Leve redução da área com seca de 10% para 9% do território paulista entre junho e julho. É o menor percentual com seca em SP desde a entrada do estado no Mapa do Monitor em novembro de 2020. Também é o menor percentual de áreas com o fenômeno no Sudeste em julho |
Entre junho e julho, a severidade do fenômeno se manteve estável em São Paulo com o registro somente de seca fraca, a mais branda na escala do Monitor. É a condição mais branda do fenômeno no estado desde novembro de 2020 |
Sergipe |
Entre junho e julho, a área com seca se manteve estável em 4% de Sergipe. É a menor área com seca no estado desde janeiro deste ano, quando Sergipe ficou livre de seca. Também é o menor percentual de área com seca do Nordeste em julho |
Somente a categoria seca fraca foi registrada em Sergipe entre fevereiro e julho, sendo essa a categoria mais branda na escala do Monitor |
Tocantins |
Aumento da área com seca de 60% para 70% de Tocantins entre junho e julho. É a maior área com seca desde os 100% registrados em outubro de 2022 |
Tocantins teve o abrandamento da seca entre junho e julho, devido à redução da área com seca moderada de 27% para 23% do estado nesse período |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. O processo de expansão continuará em 2023 até alcançar todas as 27 unidades da Federação, com a inclusão do Amapá e Roraima ainda neste ano.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 24 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
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