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Seca fica mais branda no Sul e Nordeste e mais severa no Centro-Oeste e Tocantins em junho. Severidade do fenômeno fica estável no Sudeste
Entre maio e junho, em termos de severidade da seca, cinco estados tiveram um abrandamento do fenômeno segundo o Monitor de Secas : Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Sul. No sentido contrário, a seca ficou mais severa no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Tocantins. O fenômeno se manteve estável em 12 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em junho aconteceu no Sudeste, que registrou 4% de seca excepcional, a mais aguda da escala do Monitor. O Centro-Oeste teve a segunda maior severidade de junho com 10% de seca extrema. No Sul houve um abrandamento do quadro com a redução da seca grave de 20% para 11% da região. Já o Nordeste teve a menor severidade do último mês, mesmo com o avanço da seca fraca de 29% para 45% da região.
Na comparação entre os dois meses, oito estados registraram o aumento da área com seca: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins. Por outro lado, o fenômeno recuou em nove estados: Alagoas, Maranhão, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe. Nas outras quatro unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor, não houve variação do território com seca: Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Considerando o recorte por região, o Centro-Oeste registrou o maior percentual de área com seca: 94%. Com 80% de seu território com a presença do fenômeno, o Sudeste foi a região com o 2º maior percentual de área com seca. Já o Sul teve 57% de sua área com registro do fenômeno, enquanto o Nordeste segue com o menor percentual de território com seca: 48%.
Cinco unidades da Federação registraram seca em 100% do território no último mês: Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Os demais 16 estados acompanhados pelo Monitor apresentaram entre 1,5% e 89,5% de suas áreas com o fenômeno. Assim como em abril e maio, nenhuma das 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor ficou livre de seca em junho.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguido por Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. No total a área com o fenômeno foi de 3,49 milhões de quilômetros quadrados e se fosse um país seria o 7º maior do mundo, superando os 3,28 milhões de km² da Índia.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
No Nordeste a seca fraca avançou em junho na Bahia e sul do Piauí em virtude das chuvas abaixo da normalidade nos últimos meses. Por outro lado, devido à persistência de precipitações acima da média na faixa leste da região, houve recuo da seca fraca em Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Em parte do sertão nordestino, apesar do cenário favorável de chuvas acima da normalidade em junho, persiste a seca moderada de longo prazo, associada a déficits de precipitação acumulada há mais de 18 meses.
Já no Sudeste, devido às chuvas abaixo da média e à piora nos indicadores, houve aumento da área com seca fraca no Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Na região Sul, devido às chuvas acima da média, ocorreu uma melhora da condição de seca nos três estados, marcada pela expressiva diminuição das áreas com secas grave e moderada no noroeste e centro-oeste gaúcho, assim como o recuo da seca fraca no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que aumentou a área livre da ocorrência do fenômeno.
No Centro-Oeste, devido à piora nos indicadores em junho, as secas fraca e moderada avançaram em Mato Grosso e Goiás. Por outro lado, houve recuo da seca moderada no sul de Mato Grosso do Sul em decorrência de chuvas acima da média. O cenário de seca grave, extrema e excepcional em algumas áreas da região em decorrência das chuvas abaixo da média acumuladas em longo prazo (superior aos últimos 12 meses).
Em Tocantins, único estado do Norte monitorado até agora, em função da piora nos indicadores, houve um pequeno aumento da área com seca fraca no norte e sul tocantinense, assim como uma intensificação da seca numa porção do oeste do estado, onde o fenômeno passou de fraco a moderado.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 20 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
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