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Seca fica mais branda no Sudeste e mais intensa no Nordeste, segundo Monitor de Secas. Severidade do fenômeno ficou estável no Centro-Oeste e no Sul. Pará passa a ser monitorado
Entre março e abril, em termos de severidade da seca, houve uma intensificação do fenômeno em Goiás, Maranhão, Piauí e Mato Grosso, conforme a última atualização do Monitor de Secas . Em outros três estados, a seca ficou mais branda no período: Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Duas unidades da Federação continuaram livres do fenômeno em abril: Ceará e Paraná. A seca ficou estável em termos de severidade em 15 unidades da Federação: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Já o Pará passou a fazer parte do acompanhamento realizado pelo Monitor de Secas em abril, faltando somente o Amapá e Roraima para o serviço englobar todo o País.
Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Nordeste registrou a melhor condição, assim como nos últimos meses, apresentando seca moderada em 2% de seu território em abril. O Sul teve a maior intensidade do fenômeno com a permanência da seca extrema em 11% de sua área. Já no Sudeste o fenômeno teve um abrandamento com a redução da seca moderada de 13% para 6% de sua área entre março e abril. No Centro-Oeste o fenômeno seguiu estável nesses dois meses.
Na comparação entre março e abril, quatro estados tiveram uma diminuição da área com seca: Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Em outros seis estados houve aumento da área com o fenômeno: Bahia, Goiás, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte e Tocantins. As áreas com seca se mantiveram estáveis em abril em 12 unidades da Federação: Acre, Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe. Tanto no Paraná quanto no Ceará o fenômeno não foi registrado por dois meses seguidos. Como o Pará está em seu primeiro mês no Mapa da Monitor, a comparação da área com seca ainda não é possível com meses anteriores.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE , SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Duas unidades da Federação registraram seca em 100% do território em abril: Distrito Federal e Rio Grande do Sul; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação os percentuais variaram de 0% a 87%.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de abril, seguido por Mato Grosso, Pará, Bahia e Minas Gerais. No total, entre março e abril, a área com o fenômeno aumentou de 3,38 milhões de quilômetros quadrados para 3,68 milhões de km², o equivalente a 43% do território brasileiro.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Situação por UF
UF | ÁREA | SEVERIDADE DA SECA |
Acre | A área total com seca no Acre seguiu no patamar de 43% do estado entre março e abril | Estabilidade das áreas com seca grave, moderada e fraca no Acre entre março e abril. Melhor condição do Acre desde novembro de 2022 |
Alagoas | Entre fevereiro e abril, a área com seca em Alagoas se manteve em 33% de seu território. É a maior área com o fenômeno no estado desde abril de 2022 (40%) | Estabilidade da severidade da seca em Alagoas entre janeiro e abril somente com o registro de seca fraca no estado, que é o grau mais brando do fenômeno na escala do Monitor |
Amazonas | Diminuição da área com seca de 53% para 41% do Amazonas entre março e abril. Menor área com seca no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em dezembro de 2022 | Estabilidade das áreas com seca grave e moderada no Amazonas entre março e abril. Melhor condição do fenômeno no estado desde dezembro de 2022 |
Bahia | A área com seca aumentou de 35% para 58% da Bahia entre março e abril. Esta é a maior área com o fenômeno no estado desde outubro de 2022: 74% | A seca fraca seguiu sendo a única categoria registrada na Bahia entre fevereiro e março. Esta é a categoria de seca mais branda na escala do Monitor |
Ceará | O Ceará seguiu sem registro de seca entre março e abril. Desde o início do Monitor de Secas, em julho de 2014, é a primeira vez que o Ceará não registra seca por dois meses consecutivos. Somente o CE e o Paraná ficaram livres de seca em abril | O Ceará não registrou seca em abril, assim como já tinha ocorrido em março. Essa é a melhor condição do estado desde julho de 2014 |
Distrito Federal | Entre março e abril, a seca seguiu em 100% do território do DF. Desde o período de abril a maio de 2022, é a primeira vez que o Distrito Federal registra dois meses seguidos com seca em toda sua área. Em abril somente o DF e o Rio Grande do Sul tiveram seca em 100% de seus territórios | O Distrito Federal se manteve com seca fraca em todo seu território entre março e abril |
Espírito Santo | Entre março e abril, o Espírito Santo se manteve com seca em 39% de seu território | Entre março e abril, o Espírito Santo se manteve somente com seca fraca, a mais branda na escala do Monitor |
Goiás | Aumento da área com seca de 76% para 87% de Goiás entre março e abril | A seca moderada avançou de 17% para 23% de Goiás entre março e abril |
Maranhão | Entre março e abril, o Maranhão registrou o aumento da área com seca de 14% para 16% de seu território. É a maior área com seca no estado desde outubro de 2022: 34% | A seca moderada voltou a ser registrada em 2% do Maranhão entre março e abril, indicando a intensificação do fenômeno no estado. Desde novembro de 2021 a seca moderada não era verificada no território maranhense |
Mato Grosso | Estabilidade da área com seca no patamar de 66% de Mato Grosso entre março e abril. Menor percentual de área com seca em MT desde março de 2022 (55%) | Intensificação do fenômeno em Mato Grosso com o avanço da seca grave de 13% para 15% do estado entre março e abril |
Mato Grosso do Sul | Redução da área com seca de 50% para 40% de Mato Grosso do Sul entre março e abril. É a menor área com seca em MS desde sua entrada no Mapa do Monitor em julho de 2020 | Abrandamento da seca com a redução da área com seca grave de 9% para 1% do estado entre março e abril. Condição mais branda no estado desde julho de 2020 |
Minas Gerais | Diminuição da área com seca de 55% para 51% de Minas Gerais entre março e abril. Maior percentual de área com seca entre os estados do Sudeste em abril | Abrandamento do fenômeno com o recuo da seca moderada de 11% para 8% de Minas entre março e abril. Menor severidade do fenômeno no estado desde abril de 2019, quando houve somente seca fraca no estado |
Pará | Sem comparativo. primeiro mês no Mapa do Monitor | Sem comparativo. primeiro mês no Mapa do Monitor |
Paraíba | Aumento da área com seca de 25% para 33% da Paraíba entre março e abril | Entre março e abril, a Paraíba registrou a estabilidade na intensidade do fenômeno. Somente a seca fraca foi verificada, sendo esta a categoria mais branda na escala do Monitor. Desde junho e julho de 2020, é a primeira vez que a Paraíba tem dois meses consecutivos somente com seca fraca em seu território |
Paraná | O Paraná seguiu livre de seca entre março e abril. É a primeira vez que o estado não registra o fenômeno por dois meses consecutivos desde sua entrada no Mapa do Monitor em agosto de 2020. Somente o PR e o Ceará ficaram livres de seca em abril | O estado seguiu livre de seca entre março e abril. É a melhor condição do estado desde agosto de 2020 e a melhor situação, junto com o Ceará, entre os estados acompanhados pelo Monitor em abril |
Pernambuco | Pernambuco permaneceu com seca em cerca de 25% de seu território entre fevereiro e abril | Pernambuco se manteve somente com registro de seca fraca entre fevereiro e abril. Esta é a categoria mais branda do fenômeno na escala do Monitor |
Piauí | Entre março e abril, a área com seca se manteve em 29% do Piauí. É a maior área com o fenômeno no estado desde outubro de 2022: 51% | A seca ficou mais intensa no Piauí entre março e abril. Isso se deu com o ressurgimento de seca moderada em 9% do estado. Essa categoria do fenômeno não era registrada no Piauí desde outubro de 2022 e é a condição mais severa desde dezembro de 2021 (seca moderada em 26% do estado) |
Rio de Janeiro | Entre março e abril, a seca seguiu no patamar de 24% do território fluminense | Estabilidade do fenômeno no Rio de Janeiro com o registro da seca fraca, a mais branda na escala do Monitor, entre março e abril |
Rio Grande do Norte | Aumento da área com seca de 10% para 18% do Rio Grande do Norte entre março e abril | Em termos de severidade, a seca se manteve estável no Rio Grande do Norte entre março e abril somente com o registro de seca fraca, a mais branda na escala do Monitor. A última vez que o RN teve somente seca fraca por dois meses seguidos foi entre agosto e setembro de 2020 |
Rio Grande do Sul | Estabilidade da área com seca em 100% do Rio Grande do Sul entre dezembro e abril. Somente o RS e o DF registraram seca em 100% de seus territórios em abril | Estabilidade das áreas com seca extrema, grave, moderada e fraca no Rio Grande do Sul entre março e abril. O estado tem a condição de seca mais severa do Brasil em abril |
Rondônia | Diminuição da área com seca de 72% para 71% de Rondônia entre março e abril | Estabilidade das áreas com seca grave, moderada e fraca entre março e abril |
Santa Catarina | Estabilidade da área com seca no patamar de 32% de Santa Catarina entre março e abril. Maior área com seca no estado desde maio de 2022 (68%) | Entre novembro e abril, vem ocorrendo somente o registro de seca fraca em Santa Catarina |
São Paulo | Diminuição da área com seca de 45% para 23% de São Paulo entre março e abril. É o menor percentual com seca em SP desde a entrada do estado no Mapa do Monitor em novembro de 2020 | Abrandamento da seca em São Paulo entre março e abril com o desaparecimento da seca grave e a redução das áreas com seca moderada e seca fraca no estado. É a condição mais branda do fenômeno no estado desde novembro de 2020 |
Sergipe | Entre fevereiro e abril, a seca se manteve em 17% de Sergipe | Somente a categoria seca fraca foi registrada em Sergipe entre fevereiro e abril, sendo esta a categoria mais branda na escala do Monitor |
Tocantins | Aumento da área com seca de 36% para 48% de Tocantins entre março e abril. Maior área com seca no estado desde novembro de 2022 (70%) | Estabilidade da seca moderada em 7% de Tocantins entre março e abril. A seca fraca avançou de 30% para 41% do território tocantinense nesse período, mas como é o grau mais brando na escala do Monitor a intensidade do fenômeno se manteve |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. O processo de expansão continuará em 2023 até alcançar todas as 27 unidades da Federação, com a inclusão do Amapá e Roraima neste ano.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 24 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
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