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Seca fica mais branda no Norte e no Nordeste. No Centro-Oeste, Sudeste e Sul o fenômeno se intensificou; segundo Monitor de Secas
Entre fevereiro e março, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em 11 unidades da Federação, conforme a última atualização do Monitor de Secas: Acre, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rondônia. Já em outros seis estados a seca se intensificou nesse período: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Roraima, São Paulo e Tocantins. Em termos de severidade, a seca ficou estável em sete unidades da Federação: Alagoas, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Sergipe. Já no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina não houve registro do fenômeno, que deixou de ser verificado no Rio de Janeiro.
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sul registrou a melhor condição com o Rio Grande do Sul e Santa Catarina livres de seca em março. O Centro-Oeste teve a maior intensidade do fenômeno com o registro de seca extrema em 4% da região e de seca grave em 17% de seu território. Entre fevereiro e março, houve um abrandamento do fenômeno no Nordeste e no Norte. Por outro lado, a seca se intensificou no Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Considerando a extensão da área com seca, o Centro-Oeste liderou esse quesito com a presença do fenômeno em 93% da região em março, enquanto o Sul teve o menor percentual: 17%.
Na comparação entre fevereiro e março, quatro estados registraram o aumento da área com seca: Amapá, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Em 13 unidades da Federação houve uma diminuição da extensão da seca: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em outras sete unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins. Já o Rio Grande do Sul e Santa Catarina seguiram livres de seca em março, mês em que o Rio de Janeiro deixou de registrar o fenômeno.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Cinco unidades da Federação registraram seca em 100% do território em fevereiro deste ano: Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 1% a 89%.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de março, seguido por Pará, Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais. No total, entre fevereiro e março, a área com o fenômeno caiu de 6,84 milhões para 6,41 milhões de km², o equivalente a 75% do território brasileiro.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Situação por UF
UF |
ÁREA |
SEVERIDADE DA SECA |
Acre |
Entre fevereiro e março, a área com seca diminuiu de 45% para 27% do Acre. É a menor área com seca no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em novembro de 2022. Também é o menor percentual de território com a presença do fenômeno entre os estados do Norte em março |
Em termos de severidade, o fenômeno se abrandou no Acre entre fevereiro e março, já que a seca grave recuou de 11% para 3% do estado nesse período. É a condição mais branda do fenômeno no Acre desde setembro de 2023, quando houve seca grave em 2% do estado |
Alagoas |
Entre fevereiro e março, a área com seca em Alagoas reduziu de 58% para 50% do estado. Esta é a menor área com seca em Alagoas desde novembro de 2023, quando houve registro do fenômeno em 50% do território alagoano |
A intensidade da seca se manteve estável em Alagoas entre fevereiro e março com o registro de seca moderada se mantendo em 4% do estado nesse período. Assim como em fevereiro, essa é a condição mais branda do fenômeno em Alagoas desde setembro de 2023, quando também houve seca moderada em 4% de Alagoas |
Amapá |
Entre fevereiro e março, o Amapá registrou aumento da área com seca de 23% para 42% do estado. Essa é a maior área com seca no território amapaense desde os 45% verificados em dezembro de 2023, mês de entrada do estado no Mapa do Monitor |
A severidade do fenômeno se manteve estável no Amapá entre dezembro e março somente com o registro de seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor. Assim como em fevereiro, em março o estado teve a condição mais branda de seca entre os estados do Norte |
Amazonas |
O Amazonas se manteve com seca em 100% de seu território entre novembro e março. É a primeira vez que o estado registra seca em sua totalidade por cinco meses consecutivos desde sua entrada no Mapa do Monitor em dezembro de 2022 |
Entre fevereiro e março, a intensidade da seca se manteve estável no Amazonas, que teve seca fraca, moderada, grave e extrema. Essa é a condição mais branda no estado desde setembro de 2023, quando não houve seca extrema no território amazonense. Por outro lado, o estado teve a condição de seca mais severa da região Norte em março |
Bahia |
A área com seca diminuiu significativamente de 91% para 67% da Bahia entre fevereiro e março. Esta é a menor área com seca no estado desde abril de 2023, quando houve o registro do fenômeno em 58% da Bahia |
O fenômeno se abrandou no estado, pois a área com seca moderada diminuiu de 35% para 27% do território baiano entre fevereiro e março. Essa é a condição mais branda do fenômeno na Bahia desde agosto de 2023, quando houve seca moderada em 21% do estado. Por outro lado, a Bahia foi o estado nordestino com a condição de seca mais severa em março |
Ceará |
A área com seca no Ceará teve uma redução de 76% para 43% do estado entre fevereiro e março. É a menor área com o registro do fenômeno no território cearense desde agosto de 2023, quando houve seca em 36% do CE |
A seca se abrandou no Ceará entre fevereiro e março, pois a área com seca moderada caiu de 38% para 10% do estado. Esta é a condição mais branda do fenômeno no CE desde setembro de 2023, quando houve somente o registro de seca fraca no território cearense |
Distrito Federal |
Entre fevereiro e março, a área com seca se manteve em 13% do Distrito Federal. Esse é o menor percentual de seca no DF desde setembro de 2023, quando a unidade da Federação ficou livre do fenômeno. O DF teve o menor percentual de área com seca no Centro-Oeste em março |
A severidade da seca no DF se manteve estável entre fevereiro e março com o registro somente de seca fraca em seu território. É a condição mais branda do Centro-Oeste em março |
Espírito Santo |
Entre fevereiro e março, a área com seca no Espírito Santo caiu significativamente de 100% para 63% de seu território. É a menor área com seca no estado desde outubro de 2023: 4% |
A intensidade da seca se manteve estável no território capixaba com a presença somente de seca fraca, a mais branda na escala do Monitor |
Goiás |
Em Goiás a área com seca se manteve em 89% de seu território entre fevereiro e março. É a menor área com seca no estado desde outubro de 2023, quando o fenômeno foi registrado em 63% de seu território |
A seca se abrandou em Goiás entre fevereiro e março, pois a seca grave deixou de ser registrada no território goiano, o que não acontecia desde novembro de 2023. |
Maranhão |
Entre fevereiro e março, o Maranhão registrou uma redução significativa da área com seca de 92% para 48% do estado. É a menor área com seca no estado desde julho de 2023: 40% |
O fenômeno se abrandou no Maranhão, entre fevereiro e março, pois a seca grave deixou de ser registrada e houve a redução da área com seca moderada de 21% para 6% do território maranhense. Essa é a condição mais branda do fenômeno no Maranhão desde setembro de 2023, quando houve seca moderada em 5% do estado |
Mato Grosso |
A área com seca se manteve em 99% de Mato Grosso entre novembro e março. É a maior área com seca no estado desde agosto de 2021, quando houve seca em 100% do território mato-grossense. Também é o maior percentual de seca do Centro-Oeste em março |
Entre fevereiro e março, houve aumento da área com seca extrema, passando de 5% para 7% do estado. É a condição mais severa do fenômeno no Brasil em março |
Mato Grosso do Sul |
Em Mato Grosso do Sul, a área com seca aumentou de 68% para 82% do estado entre fevereiro e março. É a maior área com seca em MS desde setembro de 2022: 86% |
A seca se intensificou em Mato Grosso do Sul entre fevereiro e março com o aumento da área com seca moderada de 20% para 28% do estado. É a condição mais severa no estado desde abril de 2023, quando houve seca grave em 1% de MS |
Minas Gerais |
Entre fevereiro e março, Minas Gerais registrou uma redução da área com seca de 66% para 57% de seu território. É a menor área com seca no estado desde novembro de 2023, quando o fenômeno foi verificado em 53% do território mineiro |
O fenômeno se abrandou levemente em Minas Gerais entre fevereiro e março com a diminuição da seca moderada de 17% para 15% do estado, representando o cenário mais brando no estado desde novembro de 2023, quando houve seca moderada em 12% do território mineiro |
Pará |
Leve diminuição da área com seca de 81% para 80% do Pará entre fevereiro e março. É a menor área com o registro do fenômeno no território paraense desde setembro de 2023, quando houve seca em 72% do estado |
Entre fevereiro e março, houve um abrandamento da seca no Pará com o recuo da seca grave de 3% para 1% do estado. É a menor severidade do fenômeno no Pará desde novembro de 2023 |
Paraíba |
A área com seca na Paraíba caiu significativamente de 79% para 25% do estado entre fevereiro e março. É a menor área com seca na Paraíba desde junho de 2023, quando houve seca em 14% do estado |
Entre fevereiro e março, a seca moderada deixou de ser registrada na Paraíba, marcando o abrandamento da seca em seu território. É a menor intensidade da seca na Paraíba desde junho de 2023, quando também foi registrada somente seca fraca no estado |
Paraná |
Entre fevereiro e março, o Paraná teve o aumento da área com seca de 30% para 50% do estado, o que representa a maior área com o fenômeno no PR deste agosto de 2022: 56%. Em março o estado foi o único do Sul com registro de seca |
Em março a seca moderada voltou a ser registrada no Paraná, o que não acontecia desde janeiro de 2023, indicando a intensificação da seca no estado. Os 10% de seca moderada no Paraná se configuraram como a situação mais severa do fenômeno no estado desde dezembro de 2022, quando ocorreu seca moderada em 18% do território paranaense |
Pernambuco |
Pernambuco teve redução da área com seca de 81% para 74% de seu território entre fevereiro e março. É a menor área com seca no estado desde agosto de 2023, quando houve seca em 67% do estado. Por outro lado, o percentual de seca em PE em março é o maior entre os estados nordestinos |
A seca se abrandou em Pernambuco entre fevereiro e março, pois houve a redução da área com seca moderada de 43% para 12% do estado. Essa é a condição de seca mais branda no estado desde setembro de 2023, quando foi registrada somente seca fraca no território pernambucano |
Piauí |
Entre fevereiro e março, a área com seca diminuiu de 62% para 56% do Piauí. É a menor área com o fenômeno no estado desde maio de 2023, quando houve seca em 29% do estado |
A seca se abrandou no Piauí entre fevereiro e março, quando deixou de registrar seca grave no território piauiense, além da redução da seca moderada de 33% para 19% do estado. É a condição mais branda desde agosto de 2023, quando houve seca moderada em 9% do Piauí |
Rio de Janeiro |
No território fluminense a seca deixou se ser registrada em março. Desde outubro de 2023, é a primeira vez que o Estado do Rio de Janeiro fica livre de seca. O RJ se junta ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina como únicos estados do Brasil sem seca em março |
O Estado do Rio de Janeiro deixou de registrar seca fraca entre fevereiro e março e, com isso, ficou livre do fenômeno no último mês |
Rio Grande do Norte |
A área com seca caiu significativamente de 63% para 1% do território do Rio Grande do Norte entre fevereiro e março. É a menor área com seca no estado desde o início do Monitor de Secas em julho de 2014. O RN também teve o menor percentual de área com seca entre os estados nordestinos em março |
Em termos de severidade, o Rio Grande do Norte teve estabilidade na intensidade do fenômeno com a permanência de áreas somente com seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor. É a condição mais branda da seca do Nordeste em março |
Rio Grande do Sul |
Em março o Rio Grande do Sul se manteve livre de seca pelo sexto mês consecutivo. No Brasil, além do estado gaúcho, somente SC e RJ não registraram o fenômeno em março |
O Rio Grande do Sul se manteve livre de seca entre outubro e março. A condição do estado é a melhor do Brasil em março juntamente com Santa Catarina e Rio de Janeiro |
Rondônia |
A seca se manteve em 100% de Rondônia entre outubro e março. Desde a entrada do estado no Mapa do Monitor, em agosto de 2022, é a primeira vez que Rondônia registra seca na totalidade de seu território em seis meses consecutivos |
Entre fevereiro e março, a seca se abrandou em Rondônia, pois a seca extrema deixou de ser registrada no estado. Em março a condição de seca foi a mais branda desde setembro de 2023 |
Roraima |
Roraima entrou no Mapa do Monitor em novembro de 2023. Entre novembro e março, Roraima registrou seca em 100% de seu território |
Entre fevereiro e março, a severidade da seca em Roraima se intensificou com o aumento da área com seca grave de 64% para 71% do estado. É a condição mais severa desde novembro de 2023 |
Santa Catarina |
Entre setembro de 2023 e março deste ano, Santa Catarina vem se mantendo livre de seca. Essa é a maior sequência de meses sem o registro do fenômeno entre todas as unidades da Federação. Em março o estado esteve junto com o Rio de Janeiro e com o Rio Grande do Sul como os únicos estados do Brasil livres de seca |
Entre setembro e março, Santa Catarina se manteve livre de seca. A condição do estado é a melhor do Brasil em março juntamente com o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro |
São Paulo |
O Estado de São Paulo teve um aumento da área com seca de 74% para 77% de seu território entre fevereiro e março. Essa é a maior área com o fenômeno desde janeiro de 2023, quando houve seca em 84% do estado. Também é o maior percentual de área com o fenômeno no Sudeste em março |
A seca se intensificou no Estado de São Paulo entre fevereiro e março com o aumento da área com seca moderada de 5% para 20% de seu território. É a maior intensidade do fenômeno em SP desde março de 2023, quando houve seca grave em 2% do estado
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Sergipe |
Entre fevereiro e março, a área com seca diminuiu de 100% para 63% de Sergipe. É a menor área com o registro do fenômeno no estado desde agosto de 2023, quando houve seca em 53% do território sergipano. Também a primeira vez que o estado tem áreas livres de seca desde outubro de 2023 |
A intensidade da seca em Sergipe se manteve estável entre fevereiro e março com a presença de seca moderada em 19% do estado. É a condição mais branda da seca em Sergipe desde setembro de 2023, quando houve seca moderada em 18% do estado |
Tocantins |
Tocantins se manteve com seca em 100% de seu território entre novembro de 2023 e março. Desde o período entre junho e outubro de 2021, é a primeira vez que Tocantins registra cinco meses consecutivos de seca na totalidade do estado |
O fenômeno se intensificou em Tocantins entre fevereiro e março com o aumento da área com seca grave de 16% para 25% do estado. É a condição mais severa da seca no estado desde outubro de 2021, quando ocorreu seca grave em 30% de Tocantins |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
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