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Seca fica mais branda no Nordeste e Sudeste em março. Fenômeno fica mais severo no Centro-Oeste e estável no Sul e em Tocantins
Mapas do Monitor de Secas de fevereiro e março de 2022
Entre fevereiro e março, em termos de severidade da seca onze estados tiveram um abrandamento do fenômeno no último mês segundo o Monitor de Secas : Alagoas, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe. Tanto no Distrito Federal quanto no Espírito Santo o fenômeno não foi registrado, assim como em fevereiro. Em outros oito estados, a severidade do fenômeno se manteve estável: Bahia, Goiás, Maranhão, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.
Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em março aconteceu no Sudeste, que registrou 4% de seca excepcional, a mais aguda da escala do Monitor, apesar da leve melhora das condições em comparação a fevereiro. O Sul teve a segunda maior severidade de janeiro com 18% de seca extrema e 53% de seca grave. No Centro-Oeste houve um agravamento do quadro com o avanço da seca extrema de 10% para 11% de seu território. Já o Nordeste teve a menor severidade do último mês e foi a única região a não ter registro de seca extrema ou excepcional no período.
Entre fevereiro e março, três estados registraram o aumento da área com seca: Goiás, Mato Grosso e Tocantins. Por outro lado, a área com o fenômeno diminuiu em oito estados nordestinos: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe. Nas outras dez unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor, não houve variação do território com seca: Bahia, Distrito Federal (livre do fenômeno), Espírito Santo (também sem seca), Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Considerando o recorte por região, o Sul registrou o maior percentual de área com seca, mantendo os 98% entre janeiro e março. Outra região que registrou estabilidade da área com seca foi o Sudeste, onde o fenômeno se manteve em 49% do território. No Centro-Oeste houve um avanço do fenômeno, que passou de 56% para 68% da região. No Nordeste a área com seca recuou de 36% para 27% e segue sendo a menor em termos percentuais entre as quatro regiões monitoradas.
Três estados registraram seca em 100% do território no último mês: Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo. Somente duas unidades da Federação ficaram livres do fenômeno em março: Distrito Federal e Espírito Santo. Os demais 16 estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 4,6% e 97,9% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguido por Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, São Paulo e Goiás. No total a área com o fenômeno foi de 2,5 milhões de quilômetros quadrados e se fosse um país seria o 10º maior do mundo, superando os 2,3 milhões de km² da Argélia.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
No Nordeste, devido às chuvas acima da média sobretudo no último mês, houve recuo da seca moderada e da seca grave no Rio Grande do Norte e na Paraíba, assim como o desaparecimento da seca fraca no noroeste do Maranhão e o recuo da seca fraca no Ceará, sul do Piauí, oeste da Paraíba e leste de Sergipe.
Já no Sudeste houve abrandamento da seca em São Paulo, marcada pelo recuo da seca grave no sudeste paulista e das secas extrema e excepcional no noroeste, em decorrência de chuvas acima da média em março. Na região Sul houve recuo da seca grave no leste do Paraná também em função das chuvas acima da média.
No Centro-Oeste, devido às chuvas abaixo da média no último mês, houve aumento da área com seca fraca no noroeste e no centro-oeste de Mato Grosso e no centro de Goiás. Também ocorreu o avanço da seca extrema no oeste de Mato Grosso do Sul. Por outro lado, com a melhora nos indicadores do fenômeno, em Mato Grosso do Sul ocorreu recuo da seca grave no norte do estado e das secas extrema e excepcional no nordeste sul-mato-grossense. Ainda persiste o cenário de seca intensa em algumas áreas da região, devido a um longo período (superior a 12 meses) com chuvas abaixo da média.
Em Tocantins, único estado do Norte monitorado até agora, os indicadores de seca mostraram aumento da área com seca fraca no norte e no leste do estado.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 20 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
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