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Seca fica mais branda no Centro-Oeste, Sudeste e Sul e se intensifica no Nordeste, segundo Monitor de Secas
Entre maio e junho, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em três estados, conforme a última atualização do Monitor de Secas : Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo. Em outros três estados, a seca ficou mais intensa no período: Bahia, Pará e Tocantins. A seca ficou estável em termos de severidade em 17 unidades da Federação: Acre, Alagoas, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe. O Ceará foi o único estado monitorado que seguiu livre do fenômeno, que voltou a ser registrado no Paraná.
Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sudeste registrou a melhor condição, apresentando seca moderada em 7% de seu território em junho. O Sul teve a maior intensidade do fenômeno com a permanência da seca extrema em 11% de sua área. Já no Nordeste, o fenômeno teve uma intensificação da seca com o avanço da categoria moderada de 6% para 10% de sua área entre maio e junho. No Centro-Oeste o fenômeno teve um leve abrandamento com o recuo da seca moderada de 21% para 20% do território da região.
Na comparação entre maio e junho, oito estados tiveram uma diminuição da área com seca: Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rondônia, São Paulo e Sergipe. Em outros nove estados houve aumento da área com o fenômeno: Acre, Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins. As áreas com seca se mantiveram estáveis em maio em seis unidades da Federação: Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Nesse período o fenômeno não aconteceu no Ceará e voltou a ser registrado no Paraná.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE , SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Duas unidades da Federação registraram seca em 100% do território em maio: Distrito Federal e Rio Grande do Sul; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação os percentuais variaram de 0% a 87%.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de junho, seguido por Mato Grosso, Pará, Bahia e Minas Gerais. No total, entre maio e junho, a área com o fenômeno aumentou de 3,61 milhões de quilômetros quadrados para 4,5 milhões de km², o equivalente a 53% do território brasileiro.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Situação por UF
UF | ÁREA | SEVERIDADE DA SECA |
Acre | A área total com seca no Acre aumentou levemente de 52% para 54% do estado entre maio e junho. No entanto, é a segunda menor área com seca no Acre desde sua entrada no Mapa do Monitor em novembro de 2022 | Em termos de severidade, o fenômeno se manteve estável no Acre entre maio e junho. Nesse período a seca grave permaneceu presente em 2% do estado e a seca moderada foi registra em outros 23%. As demais áreas com o fenômeno tiveram seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor |
Alagoas | Entre maio e junho, a área com seca em Alagoas diminuiu de 31% para 11%. É a menor área com o fenômeno no estado desde dezembro de 2022, quando o estado esteve livre de seca | Estabilidade da severidade da seca em Alagoas entre janeiro e junho somente com o registro de seca fraca no estado, que é o grau mais brando do fenômeno na escala do Monitor |
Amazonas | Aumento significativo da área com seca de 24% para 61% do Amazonas entre maio e junho. É a maior área com seca no estado desde os 63% registrados em janeiro deste ano | Como a seca grave e a seca moderada seguiram presentes respectivamente em 2% e 4% do estado, a severidade do fenômeno se manteve estável no Amazonas entre maio e junho. As demais áreas com o fenômeno tiveram seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor |
Bahia | A área com seca aumentou de 71% para 84% da Bahia entre maio e junho. Esta é a maior área com o fenômeno no estado desde novembro de 2021: 98% | O fenômeno se intensificou no estado com o avanço da seca moderada de 13% para 24% da Bahia entre maio e junho. Esta é a condição mais severa do fenômeno no território baiano desde novembro de 2021, quando houve seca grave no estado |
Ceará | O Ceará seguiu sem registro de seca entre março e junho. Desde o início do Monitor de Secas, em julho de 2014, é a primeira vez que o Ceará não registra seca por quatro meses consecutivos. Somente o CE ficou livre de seca no Brasil em junho | O Ceará não registrou seca em junho, assim como já vem ocorrendo desde março. Essa é a melhor condição do estado desde julho de 2014 |
Distrito Federal | Entre março e junho, a seca seguiu em 100% do território do DF. Desde a entrada do Distrito Federal no Mapa do Monitor, em julho de 2020, é a primeira vez que a unidade da Federação registra seca fraca em todo seu território por quatro meses seguidos . Em maio somente o DF e o Rio Grande do Sul tiveram seca em 100% de seus territórios | O Distrito Federal se manteve com seca fraca, a mais branda na escala do Monitor, em todo seu território entre março e junho. Porém, o DF teve a condição mais branda de seca do Centro-Oeste por não ter registrado seca moderada ou grave |
Espírito Santo | Entre maio e junho, a área com seca no Espírito Santo se manteve em 83% de seu território. Esta é a maior área com o fenômeno no estado desde os 100% registrados em novembro de 2022. Também é o maior percentual de área com seca entre os estados do Sudeste em junho | Entre março e junho, o Espírito Santo se manteve somente com seca fraca, a mais branda na escala do Monitor. Junto com o Rio de Janeiro, o estado teve a condição mais branda entre os estados do Sudeste em junho |
Goiás | Estabilidade da área com seca no patamar de 87% de Goiás entre abril e junho. É a maior área com seca desde novembro de 2022 (88%) | A severidade do fenômeno se manteve estável em Goiás entre abril e junho, pois as áreas com seca grave e moderada não variaram em Goiás no período. Com 23% de seu território com seca grave, o estado registrou a maior severidade do fenômeno no Centro-Oeste em junho |
Maranhão | Entre maio e junho, o Maranhão registrou o aumento significativo da área com seca de 16% para 40% de seu território. É a maior área com seca no estado desde setembro de 2022: 41% | Graus de severidade da seca fraca e moderada se mantiveram estáveis no Maranhão entre maio e junho |
Mato Grosso | Leve diminuição da área com seca de 70% para 68% de Mato Grosso entre maio e junho | Estabilidade do fenômeno em Mato Grosso entre maio e junho com a permanência da seca grave em 14% do território mato-grossense e da seca moderada em outros 27% |
Mato Grosso do Sul | Redução da área com seca de 31% para 15% de Mato Grosso do Sul entre maio e junho. É a menor área com seca em MS desde sua entrada no Mapa do Monitor em julho de 2020 e o menor percentual do Centro-Oeste | Abrandamento da seca com a leve redução da área com seca moderada de 5% para 3% de Mato Grosso do Sul entre maio e junho. Condição mais branda no estado desde julho de 2020 |
Minas Gerais | Entre maio e junho, Minas Gerais se manteve com seca em 79% de seu território. É a maior área com seca desde novembro de 2022: 95% | A severidade do fenômeno ficou estável em Minas, entre maio e junho, com seca moderada no patamar de 12% do estado e seca fraca em 67% de seu território. Esta é a maior severidade do fenômeno no estado desde fevereiro deste ano, quando houve seca grave em MG. Também é a maior severidade da seca entre os estados do Sudeste em junho |
Pará | Aumento da área com seca de 28% para 39% do Pará entre maio e junho. É a maior área com seca no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em abril deste ano | Entre maio e junho, houve a intensificação do fenômeno no território paraense com o aumento da área com seca moderada de 7% para 9% do Pará. É a condição mais severa do fenômeno no estado desde abril deste ano |
Paraíba | Redução da área com seca de 34% para 14% da Paraíba entre maio e junho. É a menor área com seca desde janeiro deste ano: 7% | Entre março e junho, a Paraíba registrou a estabilidade na intensidade do fenômeno. Somente a seca fraca foi verificada no período, sendo essa a categoria mais branda na escala do Monitor. Desde o início do Monitor de Secas, em julho de 2014, é a primeira vez que a Paraíba tem quatro meses consecutivos somente com seca fraca em seu território |
Paraná | O Paraná voltou a registrar seca em 5% de seu território entre maio e junho. Desde fevereiro deste ano, quando houve seca em 4% do PR, o estado não registrava seca | O estado voltou a registrar seca fraca, a mais branda na escala do Monitor, em 5% de seu território entre maio e junho. Junto com Santa Catarina, o Paraná teve a condição mais branda do fenômeno entre os estados do Sul em junho |
Pernambuco | Pernambuco registrou a redução da área com seca de 25% para 12% do estado entre maio e junho. É a menor área com seca no estado desde janeiro deste ano, quando Pernambuco ficou livre de seca | Pernambuco se manteve somente com registro de seca fraca entre fevereiro e junho. Esta é a categoria mais branda do fenômeno na escala do Monitor |
Piauí | Entre março e junho, a área com seca aumentou significativamente no Piauí, saltando de 29% para 79% do estado. É a maior área com o fenômeno no estado desde outubro de 2021: 82% | A severidade da seca se manteve estável no Piauí entre abril e junho, com seca moderada em 9% do estado e com o registro de seca fraca. Esta é a condição mais severa do fenômeno no estado desde dezembro de 2021, quando houve seca moderada em 26% do estado |
Rio de Janeiro | Entre maio e junho, a área com seca se manteve em 59% do território fluminense. Esta é a maior área com seca no estado desde os 72% registrados em agosto de 2022 | Estabilidade do fenômeno no Rio de Janeiro somente com o registro da seca fraca, a mais branda na escala do Monitor, entre março e junho. Junto com o Espírito Santo, o estado teve a condição mais branda entre os estados do Sudeste em junho |
Rio Grande do Norte | Leve aumento da área com seca de 41% para 44% do Rio Grande do Norte entre maio e junho. Esta é a maior área com o fenômeno no território potiguar desde os 50% registrados em abril de 2022 | Em termos de severidade, a seca se manteve estável no Rio Grande do Norte entre março e junho somente com o registro de seca fraca, a mais branda na escala do Monitor. A última vez que o RN teve somente seca fraca por quatro meses seguidos foi entre junho e setembro de 2020 |
Rio Grande do Sul | Estabilidade da área com seca em 100% do Rio Grande do Sul entre dezembro e junho. Somente o RS e o DF registraram seca em 100% de seus territórios em junho | Abrandamento do fenômeno no RS, entre maio e junho, com a redução da área com seca moderada de 56% para 49% do estado. No entanto, é a condição de seca mais severa do Brasil em junho por ser o único estado com seca extrema no País nesse período |
Rondônia | Redução da área com seca de 53% para 42% de Rondônia entre maio e junho. É a menor área com o fenômeno no território rondoniense desde a entrada do estado no Mapa do Monitor em agosto de 2022 | Entre maio e junho, a severidade do fenômeno se manteve estável em Rondônia, pois a seca grave permaneceu presente em 10% do estado e a seca moderada foi registrada em outros 10% do território rondoniense. É a condição mais branda do fenômeno em Rondônia desde agosto de 2022 |
Santa Catarina | Leve aumento da área com seca de 32% para 34% de Santa Catarina entre maio e junho. É a maior área com seca no estado desde maio de 2022 (68%) | Entre novembro e junho, vem ocorrendo somente o registro de seca fraca, a mais branda na escala do Monitor, em Santa Catarina. Juntamente com o Paraná, SC teve a condição mais branda do fenômeno entre os estados do Sul em junho |
São Paulo | Redução da área com seca de 23% para 10% do território paulista entre maio e junho. É o menor percentual com seca em SP desde a entrada do estado no Mapa do Monitor em novembro de 2020. Também é o menor percentual de áreas com o fenômeno no Sudeste em junho | Entre maio e junho, o fenômeno ficou mais brando em São Paulo com o desaparecimento da seca moderada e somente o registro de seca fraca, a mais branda na escala do Monitor. É a condição mais branda do fenômeno no estado desde novembro de 2020 e a primeira vez que SP registra somente seca fraca desde então |
Sergipe | Entre maio e junho, a área com seca caiu de 26% para 4% de Sergipe. É a menor área com seca no estado desde janeiro deste ano, quando Sergipe ficou livre de seca | Somente a categoria seca fraca foi registrada em Sergipe entre fevereiro e junho, sendo essa a categoria mais branda na escala do Monitor |
Tocantins | Aumento da área com seca de 47% para 60% de Tocantins entre maio e junho. É a maior área com seca desde os 70% registrados em novembro de 2022 | A seca se intensificou em Tocantins entre maio e junho, devido ao aumento da área com seca moderada, que saltou de 7% para 27% do estado nesse período. É a condição mais severa de seca em Tocantins desde dezembro de 2022, quando foi registrado 1% de seca grave no estado |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. O processo de expansão continuará em 2023 até alcançar todas as 27 unidades da Federação, com a inclusão do Amapá e Roraima ainda neste ano.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 24 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
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