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Seca fica mais branda no Centro-Oeste, Nordeste e Sul em maio. Severidade do fenômeno fica estável no Sudeste e em Tocantins
Mapas do Monitor de Secas de abril e maio de 2022
Entre abril e maio, em termos de severidade da seca, dez estados tiveram um abrandamento do fenômeno no último mês segundo o Monitor de Secas : Alagoas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe. Somente em Goiás e Mato Grosso foi registrada a intensificação da seca, enquanto o fenômeno se manteve estável em nove unidades da Federação: Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.
Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em maio aconteceu no Sudeste, que registrou 4% de seca excepcional, a mais aguda da escala do Monitor. O Centro-Oeste teve a segunda maior severidade de maio com 10% de seca extrema. No Sul houve um abrandamento do quadro com a redução da seca grave de 34% para 20% da região. Já o Nordeste teve a menor severidade do último mês com o desaparecimento da seca grave e a redução da seca moderada de 6% para 3% da região.
Entre abril e maio, sete unidades da Federação registraram o aumento da área com seca: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Piauí, Goiás, Mato Grosso e Tocantins. Por outro lado, a área com o fenômeno recuou em oito estados: Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe. Nas outras seis unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor, não houve variação do território com seca: Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Considerando o recorte por região, o Sul registrou o maior percentual de área com seca: 88%. Com 87% de seu território com a presença do fenômeno, o Centro-Oeste foi a 2ª região com maior área seca. Já o Sudeste teve 61% de sua área com registro do fenômeno, enquanto o Nordeste segue com o menor percentual de território com seca: 32%.
Assim como em abril, três unidades da Federação registraram seca em 100% do território no último mês: Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os demais 18 estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 6,5% e 97,8% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Assim como em abril, nenhuma das 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor ficou livre de seca em maio.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguido por Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. No total a área com o fenômeno foi de 3,11 milhões de quilômetros quadrados e se fosse um país seria o 8º maior do mundo, superando os 2,78 milhões de km² da Argentina.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
No Nordeste, devido às chuvas acima da média em maio, houve o recuo das secas moderada e fraca no leste da Paraíba e de Pernambuco, assim como o abrandamento da seca em Alagoas e Sergipe, onde passou de moderada para fraca. Numa porção entre o Rio Grande do Norte e Paraíba, o fenômeno passou da severidade grave para moderada. Por outro lado, devido à piora nos indicadores, a seca fraca avançou no oeste baiano e sul do Piauí.
Já no Sudeste, devido às chuvas abaixo da média e à piora nos indicadores de seca, a área com seca fraca aumentou tanto no Espírito Santo quanto em Minas Gerais.
Na região Sul, em função de chuvas muito acima da média, Santa Catarina teve uma melhora significativa da situação de seca em todo o estado. Houve a atenuação da seca no oeste catarinense, onde passou de grave para fraca, e o recuo da seca fraca no leste do estado, onde o fenômeno deixou de ser registrado. Além disso, houve diminuição das áreas com seca grave no Rio Grande do Sul e no Paraná, onde também ocorreu recuo da seca moderada.
No Centro-Oeste a seca fraca avançou em Goiás e Mato Grosso, devido às chuvas abaixo da normalidade. Por outro lado, as chuvas acima da média no último trimestre favoreceram o recuo das secas extrema e grave no sudoeste de Mato Grosso do Sul.
No Tocantins, único estado da região Norte monitorado até agora, as áreas com seca fraca aumentaram no norte, leste e sul do estado por conta da piora nos indicadores.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 20 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
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