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Seca fica mais branda no Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Intensidade do fenômeno aumentou no Sudeste e se manteve no Sul segundo Monitor de Secas
Entre março e abril, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em 12 unidades da Federação, conforme a última atualização do Monitor de Secas: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Sergipe e Tocantins. Já em outros três estados a seca se intensificou nesse período: Mato Grosso do Sul, Pará e São Paulo. No caso do Rio de Janeiro, o fenômeno voltou a ser registrado. Em termos de severidade, a seca ficou estável em sete unidades da Federação: Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraná e Roraima. Já no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina não houve registro do fenômeno, que deixou de ser verificado tanto na Paraíba quanto no Rio Grande do Norte.
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sul registrou a melhor condição com o Rio Grande do Sul e Santa Catarina livres de seca em abril. O Norte teve a maior intensidade do fenômeno com o registro de seca extrema em 2% da região e de seca grave em 20% de seu território. Entre março e abril, houve um abrandamento do fenômeno no Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Por outro lado, a seca se intensificou no Sudeste e se manteve com severidade estável no Sul. Considerando a extensão da área com seca, o Norte liderou esse quesito com a presença do fenômeno em 85% da região em abril, enquanto o Sul teve o menor percentual: 18%.
Na comparação entre março e abril, três estados registraram o aumento da área com seca: Acre, Amapá e Paraná. No Rio de Janeiro o fenômeno voltou a ser registrado. Em 14 unidades da Federação houve uma diminuição da extensão da seca: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Sergipe e Tocantins. Em outras cinco unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Roraima e São Paulo. Já o Rio Grande do Sul e Santa Catarina seguiram livres de seca em abril, mês em que a Paraíba e o Rio Grande do Norte deixaram de registrar o fenômeno.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Duas unidades da Federação registraram seca em 100% do território em abril deste ano: Amazonas e Roraima. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 4% a 98%.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de abril, seguido por Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. No total, entre março e abril, a área com o fenômeno caiu de 6,41 milhões para 5,68 milhões de km², o equivalente a 67% do território brasileiro.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Situação por UF
UF |
ÁREA |
SEVERIDADE DA SECA |
Acre |
Entre março e abril, a área com seca aumentou de 27% para 44% do Acre. É o menor percentual de território com a presença do fenômeno entre os estados do Norte em abril |
Em termos de severidade, o fenômeno se abrandou no Acre entre março e abril, já que a seca grave deixou de ser registrada no estado nesse período. É a condição mais branda do fenômeno no Acre desde novembro de 2022, quando o Acre entrou no Mapa do Monitor |
Alagoas |
Entre março e abril, a área com seca em Alagoas reduziu significativamente de 50% para 5% do estado. Esta é a menor área com seca em Alagoas desde dezembro de 2022, quando o território alagoano ficou livre do fenômeno |
A seca em Alagoas teve um abrandamento entre março e abril, pois a seca moderada deixou de ser registrada no estado, o que não acontecia desde agosto de 2023 |
Amapá |
Entre março e abril, o Amapá registrou aumento da área com seca de 42% para 80% do estado. Essa é a maior área com seca no território amapaense desde dezembro de 2023, mês de entrada do estado no Mapa do Monitor |
A severidade do fenômeno se manteve estável no Amapá entre dezembro e abril somente com o registro de seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor. Assim como em fevereiro e março, em abril o estado teve a condição mais branda de seca entre os estados do Norte |
Amazonas |
O Amazonas se manteve com seca em 100% de seu território entre novembro e abril. É a primeira vez que o estado registra seca em sua totalidade por seis meses consecutivos desde sua entrada no Mapa do Monitor em dezembro de 2022 |
Entre março e abril, a seca se abrandou no Amazonas com a redução da área com seca grave de 40% para 31% do estado. Essa é a condição mais branda no estado desde setembro de 2023, quando não houve seca extrema no território amazonense. Por outro lado, o estado teve a condição de seca mais severa do Brasil em abril, devido aos 5% de seca extrema e 31% de seca grave no território amazonense |
Bahia |
A área com seca diminuiu significativamente de 67% para 37% da Bahia entre março e abril. Esta é a menor área com seca no estado desde março de 2023, quando houve o registro do fenômeno em 35% da Bahia. Por outro lado, o estado teve o maior percentual de área com seca no Nordeste em abril |
O fenômeno se abrandou no estado, pois a área com seca moderada diminuiu de 27% para 13% do território baiano entre março e abril. Essa é a condição mais branda do fenômeno na Bahia desde abril de 2023, quando houve somente seca fraca no estado |
Ceará |
A área com seca no Ceará teve uma redução significativa de 43% para 11% do estado entre março e abril. É a menor área com o registro do fenômeno no território cearense desde junho de 2023, quando o Ceará ficou livre de seca |
A seca se abrandou no Ceará entre março e abril, pois a seca moderada deixou de ser registrada no estado, o que não acontecia desde setembro de 2023 |
Distrito Federal |
Entre fevereiro e abril, a área com seca se manteve em 13% do Distrito Federal. Esse é o menor percentual de seca no DF desde setembro de 2023, quando a unidade da Federação ficou livre do fenômeno. O DF teve o menor percentual de área com seca no Centro-Oeste em abril |
A severidade da seca no DF se manteve estável entre fevereiro e abril com o registro somente de seca fraca em seu território. É a condição mais branda do Centro-Oeste em abril |
Espírito Santo |
Entre março e abril, a área com seca no Espírito Santo se manteve em 63% de seu território. É a menor área com seca no estado desde outubro de 2023: 4% |
A intensidade da seca se manteve estável no território capixaba, entre março e abril, com a presença somente de seca fraca, a mais branda na escala do Monitor |
Goiás |
Goiás teve uma leve redução da área com seca de 89% para 87% de seu território entre março e abril. É a menor área com seca no estado desde outubro de 2023, quando o fenômeno foi registrado em 63% de seu território. Por outro lado, é o maior percentual de seca do Centro-Oeste em abril |
A seca teve um leve abrandamento em Goiás entre março e abril com a redução da seca moderada no território goiano de 69% para 68% do estado |
Maranhão |
Entre março e abril, o Maranhão registrou uma redução significativa da área com seca de 48% para 18% do estado. É a menor área com seca no estado desde maio de 2023: 16% |
A intensidade do fenômeno se manteve estável no estado com a seca moderada ficando no patamar de 6% entre março e abril. Essa é a condição mais branda do fenômeno no Maranhão desde setembro de 2023, quando houve seca moderada em 5% do estado |
Mato Grosso |
A área com seca caiu de 99% para 84% de Mato Grosso entre março e abril. É a menor área com seca no estado desde junho de 2023, quando houve seca em 68% do território mato-grossense |
Houve um abrandamento da seca em Mato Grosso com a redução da área com seca extrema no estado de 7% para 3% entre março e abril. É a condição mais branda do fenômeno no estado desde novembro de 2023. Por outro lado, é a maior severidade de seca no Centro-Oeste em abril |
Mato Grosso do Sul |
Em Mato Grosso do Sul, a área com seca diminuiu de 82% para 79% do estado entre março e abril |
A seca se intensificou em Mato Grosso do Sul entre março e abril com o aumento da área com seca moderada de 28% para 32% do estado. É a condição mais severa no estado desde abril de 2023, quando houve seca grave em 1% de MS |
Minas Gerais |
Entre março e abril, Minas Gerais registrou uma leve redução da área com seca de 58% para 56% de seu território. É a menor área com seca no estado desde novembro de 2023, quando o fenômeno foi verificado em 53% do território mineiro |
A severidade do fenômeno se manteve estável em Minas Gerais entre março e abril com a seca moderada permanecendo no patamar de 15% do estado. É o cenário mais brando no estado desde novembro de 2023, quando houve seca moderada em 12% do território mineiro |
Pará |
O Pará registrou uma redução da área com seca de 80% para 74% do estado entre março e abril. É a menor área com o registro do fenômeno no território paraense desde setembro de 2023, quando houve seca em 72% do estado |
Entre março e abril, houve uma intensificação da seca no Pará com o avanço da seca moderada de 35% para 36% do estado nesse período |
Paraíba |
A área com seca na Paraíba caiu de 25% para 0% do estado entre março e abril. Desde o início do Mapa do Monitor em julho de 2014, é a primeira vez que a Paraíba fica livre de seca. O estado registra a melhor condição do Brasil em abril juntamente com Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina |
Entre março e abril, a Paraíba ficou livre de seca com o desaparecimento da área com seca fraca no estado. É a melhor condição do estado desde julho de 2014 e a melhor do Brasil em abril junto com o Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina |
Paraná |
Entre março e abril, o Paraná teve o aumento da área com seca de 50% para 53% do estado, o que representa a maior área com o fenômeno no PR deste agosto de 2022: 56%. Em abril o estado foi o único do Sul com registro de seca |
Em abril a intensidade da seca ficou estável no Paraná com a seca moderada permanecendo no patamar de 10% do estado entre março e abril. Essa é a condição mais severa de seca no território paranaense desde os 18% de seca moderada registrados em dezembro de 2022 no estado |
Pernambuco |
Pernambuco teve a redução significativa da área com seca de 74% para 12% de seu território entre março e abril. É a menor área com seca no estado desde janeiro de 2023, quando o estado ficou livre de seca |
A seca se abrandou em Pernambuco entre março e abril, já que a seca moderada deixou de ser registrada no estado, o que não ocorria desde setembro de 2023 |
Piauí |
Entre março e abril, a área com seca diminuiu significativamente de 56% para 23% do Piauí. É a menor área com o fenômeno no estado desde fevereiro de 2023, quando houve seca em 20% do estado |
O Piauí registrou o abrandamento da seca entre março e abril com a redução da área com seca moderada no território piauiense de 19% para 14% do estado. É a condição mais branda desde agosto de 2023, quando houve seca moderada em 9% do Piauí. Por outro lado, o estado teve a maior severidade de seca no Nordeste em abril |
Rio de Janeiro |
No território fluminense a seca voltou a ser registrada em abril em 4% do estado. Esse foi o menor percentual de área com seca entre os estados da região Sudeste em abril |
O Estado do Rio de Janeiro voltou a registrar somente seca fraca em abril. O território fluminense teve a melhor condição de seca do Sudeste em abril |
Rio Grande do Norte |
A área com seca caiu de 1% para 0% do território do Rio Grande do Norte entre março e abril. Desde o início do Mapa do Monitor em julho de 2014, é a primeira vez que o RN fica livre de seca. O estado registra a melhor condição do Brasil em abril juntamente com a Paraíba, Rio Grande do Sul e Santa Catarina |
O Rio Grande do Norte ficou livre de seca com o desaparecimento da área com seca fraca no território potiguar. É a melhor condição do estado desde julho de 2014 e a melhor do Brasil em abril junto com a Paraíba, Rio Grande do Sul e Santa Catarina |
Rio Grande do Sul |
O Rio Grande do Sul se manteve livre de seca entre outubro de 2023 e abril deste ano. O estado apresenta a melhor condição do Brasil em abril juntamente com a Paraíba, Rio Grande do Norte e Santa Catarina |
O Rio Grande do Sul se mantém livre de seca há sete meses consecutivos. A condição do estado é a melhor do Brasil em abril juntamente com a Paraíba, Rio Grande do Norte e Santa Catarina |
Rondônia |
A área com seca diminuiu de 100% para 67% de Rondônia entre março e abril. Desde setembro de 2023, é a primeira vez que o estado registra áreas livres de seca e é a menor área com seca desde então |
Entre março e abril, a seca se abrandou em Rondônia, pois a seca grave recuou de 25% para 18% do estado. Em abril a condição de seca em RO foi a mais branda desde setembro de 2023 |
Roraima |
Roraima entrou no Mapa do Monitor em novembro de 2023. Desse mês até abril, Roraima registrou seca em 100% de seu território |
Entre março e abril, a severidade da seca em Roraima se manteve estável com a seca grave no patamar de 71% do estado. É a condição mais severa de seca em Roraima desde novembro de 2023, quando teve início o monitoramento no estado |
Santa Catarina |
Santa Catarina vem se mantendo livre de seca há oito meses consecutivos. Essa é a maior sequência de meses sem o registro do fenômeno entre todas as unidades da Federação. Em abril o estado esteve junto com a Paraíba, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul como os únicos estados do Brasil livres de seca |
Entre setembro e abril, Santa Catarina se manteve livre de seca. A condição do estado é a melhor do Brasil em fevereiro juntamente com a Paraíba, o Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul |
São Paulo |
O Estado de São Paulo se manteve com seca em 77% de seu território entre março e abril. Essa é a maior área com o fenômeno em SP desde janeiro de 2023, quando houve seca em 84% do estado. Também é o maior percentual de área com o fenômeno no Sudeste em abril |
A seca se intensificou no Estado de São Paulo entre março e abril com o aumento da área com seca moderada de 20% para 28% de seu território. É a maior intensidade do fenômeno em SP desde março de 2023, quando houve seca grave em 2% do estado. Além disso, SP teve a maior severidade da seca entre os estados do Sudeste em abril |
Sergipe |
Entre março e abril, a área com seca diminuiu significativamente de 63% para 20% de Sergipe. É a menor área com o registro do fenômeno no estado desde julho de 2023, quando houve seca em 4% do território sergipano |
A seca em Sergipe se abrandou entre março e abril, já que a seca moderada deixou de ser registrada no estado, o que não ocorria desde agosto de 2023 |
Tocantins |
Tocantins registrou a redução da área com seca de 100% para 98% de seu território entre março e abril |
O fenômeno se abrandou em Tocantins entre março e abril com a redução da área com seca grave de 25% para 21% do estado |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
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