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Seca fica mais branda no Centro-Oeste e no Sul em abril. Severidade do fenômeno fica estável no Nordeste, no Sudeste e em Tocantins
Mapas do Monitor de Secas de março e abril de 2022
Entre março e abril, em termos de severidade da seca seis estados tiveram um abrandamento do fenômeno no último mês segundo o Monitor de Secas : Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Tanto no Distrito Federal quanto no Espírito Santo o fenômeno voltou a ser registrado em sua menor intensidade: fraca. Somente na Paraíba houve a intensificação da seca, enquanto o fenômeno se manteve estável em 12 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins.
Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em abril aconteceu no Sudeste, que registrou 4% de seca excepcional, a mais aguda da escala do Monitor. O Centro-Oeste teve a segunda maior severidade de abril com 11% de seca extrema. No Sul houve um abrandamento do quadro com o desaparecimento da seca extrema e a redução da seca grave de 53% para 34% da região. Já o Nordeste teve a menor severidade do último mês com 1% de seca grave, menor percentual desse grau do fenômeno entre as quatro regiões acompanhadas.
Entre março e abril, sete unidades da Federação registraram o aumento da área com seca: Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí e Tocantins. Já no Distrito Federal e no Espírito Santo a seca voltou a ser registrada. Por outro lado, a área com o fenômeno reduziu em seis estados: Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte. Nos outros seis estados acompanhados pelo Monitor, não houve variação do território com seca: Alagoas, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe.
Considerando o recorte por região, o Sul registrou o maior percentual de área com seca: 92%. Com 80% de seu território com a presença do fenômeno, o Centro-Oeste foi a 2ª região com maior área seca. Já o Sudeste teve 54% de sua área com registro do fenômeno, enquanto o Nordeste segue com o menor percentual de território com seca: 27%.
Três unidades da Federação registraram seca em 100% do território no último mês: Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os demais 18 estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 6,5% e 97,8% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Diferente dos últimos meses, nenhuma das 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor ficou livre de seca.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguido por Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul. No total a área com o fenômeno foi de 2,84 milhões de quilômetros quadrados e se fosse um país seria o 8º maior do mundo, superando os 2,78 milhões de km² da Argentina.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
No Nordeste, devido às chuvas acima da média nos últimos meses, a seca fraca recuou no Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Por outro lado, em decorrência da piora nos indicadores, houve um pequeno aumento das áreas com seca fraca no oeste baiano, sul do Maranhão e do Piauí.
Já no Sudeste, devido à melhora nos indicadores, a área com seca excepcional diminuiu em São Paulo e com seca fraca recuou no Rio de Janeiro. Por outro lado, em virtude das chuvas abaixo da média, a seca fraca voltou a ser registrada no Espírito Santo e houve um pequeno aumento das áreas com seca fraca em Minas Gerais.
Em função das chuvas acima da média e da melhora nos indicadores na região Sul, houve abrandamento da seca nos três estados, que deixaram de registrar seca extrema – segundo nível mais severo na escala do Monitor. Além disso, no leste gaúcho a seca fraca recuou, deixando parte do Rio Grande do Sul sem seca relativa.
No Centro-Oeste, em decorrência de chuvas abaixo da média nos últimos meses, houve aumento das áreas com seca fraca em Goiás e Mato Grosso, além da volta do fenômeno no Distrito Federal. Por outro lado, a seca grave recuou em Mato Grosso do Sul, em virtude de chuvas acima da média.
Em Tocantins, único estado do Norte monitorado até agora, houve aumento das áreas com seca fraca no norte e leste em função da piora nos indicadores do fenômeno.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 20 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
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