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Seca fica mais branda no Centro-Oeste e no Sul e mais intensa no Nordeste e no Sudeste, segundo Monitor de Secas
Entre abril e maio, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em seis estados, conforme a última atualização do Monitor de Secas : Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Rondônia. Em outros três estados, a seca ficou mais intensa no período: Bahia, Minas Gerais e Pará. A seca ficou estável em termos de severidade em 14 unidades da Federação: Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Duas unidades da Federação continuaram livres do fenômeno em abril: Ceará e Paraná.
Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Nordeste registrou a melhor condição, assim como nos últimos meses, apresentando seca moderada em 6% de seu território em maio. O Sul teve a maior intensidade do fenômeno com a permanência da seca extrema em 11% de sua área. Já no Sudeste o fenômeno teve uma intensificação da seca com o avanço da categoria moderada de 6% para 9% de sua área entre abril e maio. No Centro-Oeste o fenômeno teve um abrandamento com o recuo da seca moderada de 25% para 21% do território da região.
Na comparação entre abril e maio, nove estados tiveram uma diminuição da área com seca: Acre, Alagoas, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Rondônia, Sergipe e Tocantins. Em outros sete estados houve aumento da área com o fenômeno: Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. As áreas com seca se mantiveram estáveis em maio em sete unidades da Federação: Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Tanto no Paraná quanto no Ceará o fenômeno não foi registrado entre março e maio.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE , SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Duas unidades da Federação registraram seca em 100% do território em maio: Distrito Federal e Rio Grande do Sul; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação os percentuais variaram de 0% a 87%.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Mato Grosso lidera a área total com seca de maio, seguido por Minas Gerais, Bahia, Amazonas e Pará. No total, entre abril e maio, a área com o fenômeno diminuiu de 3,68 milhões de quilômetros quadrados para 3,61 milhões de km², o equivalente a 42% do território brasileiro.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Situação por UF
UF | ÁREA | SEVERIDADE DA SECA |
Acre | A área total com seca no Acre caiu de 57% para 52% do estado entre abril e maio. É a menor área com seca no Acre desde sua entrada no Mapa do Monitor em novembro de 2022 | Abrandamento do fenômeno no Acre, entre abril e maio, com a redução da área com seca de 57% para 52% do estado. Melhor condição do Acre desde novembro de 2022 |
Alagoas | Entre abril e maio, a área com seca em Alagoas diminuiu de 33% para 31%. É a menor área com o fenômeno no estado desde janeiro deste ano (18%) | Estabilidade da severidade da seca em Alagoas entre janeiro e maio somente com o registro de seca fraca no estado, que é o grau mais brando do fenômeno na escala do Monitor |
Amazonas | Diminuição da área com seca de 41% para 24% do Amazonas entre abril e maio. Menor área com seca no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em dezembro de 2022 | Abrandamento do fenômeno no Amazonas com a redução da área com seca grave de 3% para 2%, entre abril e maio, do maior estado do Brasil em território. Melhor condição do fenômeno no estado desde dezembro de 2022 |
Bahia | A área com seca aumentou de 58% para 71% da Bahia entre abril e maio. Esta é a maior área com o fenômeno no estado desde outubro de 2022: 74% | O fenômeno se intensificou no estado com o ressurgimento da seca moderada na Bahia entre abril e maio. Esta é a condição mais severa do fenômeno no território baiano desde outubro de 2022, quando houve seca moderada em 20% do estado |
Ceará | O Ceará seguiu sem registro de seca entre março e maio. Desde o início do Monitor de Secas, em julho de 2014, é a primeira vez que o Ceará não registra seca por três meses consecutivos. Somente o CE e o Paraná ficaram livres de seca em maio | O Ceará não registrou seca em maio, assim como já tinha ocorrido em março e abril. Essa é a melhor condição do estado desde julho de 2014 |
Distrito Federal | Entre março e maio, a seca seguiu em 100% do território do DF. Desde o período de setembro a novembro de 2022, é a primeira vez que o Distrito Federal registra três meses seguidos com seca em toda sua área. Em maio somente o DF e o Rio Grande do Sul tiveram seca em 100% de seus territórios | O Distrito Federal se manteve com seca fraca em todo seu território entre março e maio. A última vez que o DF teve seca fraca em 100% de seu território por três meses consecutivos foi entre setembro e novembro de 2021 |
Espírito Santo | Entre abril e maio, a área com seca no Espírito Santo aumentou de 39% para 83% de seu território. Esta é a maior área com o fenômeno no estado desde os 100% registrados em novembro de 2022. Também é o maior percentual de área com seca entre os estados do Sudeste em maio | Entre março e maio, o Espírito Santo se manteve somente com seca fraca, a mais branda na escala do Monitor. Junto com o Rio de Janeiro, o estado teve a condição mais branda entre os estados do Sudeste em maio |
Goiás | Estabilidade da área com seca no patamar de 87% de Goiás entre abril e maio. É a maior área com seca desde novembro de 2022 (88%) | Graus de severidade da seca grave, moderada e fraca se mantiveram estáveis em Goiás entre abril e maio |
Maranhão | Entre abril e maio, o Maranhão registrou a estabilidade da área com seca em 16% de seu território. É a maior área com seca no estado desde outubro de 2022: 34% | Graus de severidade da seca fraca e moderada se mantiveram estáveis no Maranhão entre abril e maio |
Mato Grosso | Aumento da área com seca de 66% para 70% de Mato Grosso entre abril e maio. Maior percentual de área com seca em MT desde fevereiro deste ano (71%) | Abrandamento do fenômeno em Mato Grosso com o recuo da seca moderada de 28% para 27% do estado entre abril e maio |
Mato Grosso do Sul | Redução da área com seca de 40% para 31% de Mato Grosso do Sul entre abril e maio. É a menor área com seca em MS desde sua entrada no Mapa do Monitor em julho de 2020 e o menor percentual do Centro-Oeste | Abrandamento da seca com o desaparecimento de área com seca grave e a redução da porção com seca moderada entre abril e maio. Condição mais branda no estado desde julho de 2020 |
Minas Gerais | Aumento da área com seca de 51% para 79% de Minas Gerais entre abril e maio | Intensificação do fenômeno com o avanço da seca moderada de 8% para 12% de Minas entre abril e maio. Maior severidade do fenômeno no estado desde fevereiro deste ano, quando houve seca grave no estado. Também é a maior severidade da seca entre os estados do Sudeste em maio |
Pará | Redução da área com seca de 31% para 28% do Pará entre abril e maio. Menor área com seca no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em abril deste ano | Entre abril e maio, houve a intensificação do fenômeno no território paraense com o aumento da área com seca moderada de 4% para 7% do Pará. É a condição mais severa do fenômeno no estado desde abril deste ano |
Paraíba | Aumento da área com seca de 33% para 34% da Paraíba entre abril e maio. É a maior área com seca desde fevereiro deste ano: 36% | Entre abril e maio, a Paraíba registrou a estabilidade na intensidade do fenômeno. Somente a seca fraca foi verificada, sendo essa a categoria mais branda na escala do Monitor. Desde o início do Monitor de Secas, em julho de 2014, é a primeira vez que a Paraíba tem três meses consecutivos somente com seca fraca em seu território |
Paraná | O Paraná seguiu livre de seca entre março e maio. É a primeira vez que o estado não registra o fenômeno por três meses consecutivos desde sua entrada no Mapa do Monitor em agosto de 2020. Somente o PR e o Ceará ficaram livres de seca em maio | O estado seguiu livre de seca entre março e maio. É a melhor condição do estado desde agosto de 2020 e a melhor situação entre os estados acompanhados pelo Monitor em maio, junto com o Ceará |
Pernambuco | Pernambuco registrou a redução da área com seca de 26% para 25% do estado entre abril e maio | Pernambuco se manteve somente com registro de seca fraca entre fevereiro e maio. Esta é a categoria mais branda do fenômeno na escala do Monitor |
Piauí | Entre março e maio, a área com seca se manteve em 29% do Piauí. É a maior área com o fenômeno no estado desde outubro de 2022: 51% | A severidade da seca se manteve estável no Piauí entre abril e maio, com seca moderada em 9% do estado e seca fraca em 20% do território piauiense. Esta é a condição mais severa do fenômeno no estado desde dezembro de 2021, quando houve seca moderada em 26% do estado |
Rio de Janeiro | Entre abril e maio, a área com seca aumentou de 24% para 59% do território fluminense. Esta é a maior área com seca no estado desde os 72% registrados em agosto de 2022 | Estabilidade do fenômeno no Rio de Janeiro com o registro da seca fraca, a mais branda na escala do Monitor, entre março e maio. Junto com o Espírito Santo, o estado teve a condição mais branda entre os estados do Sudeste em maio |
Rio Grande do Norte | Forte aumento da área com seca de 18% para 41% do Rio Grande do Norte entre abril e maio. Esta é a maior área com o fenômeno no território potiguar desde os 42% registrados em maio de 2022 | Em termos de severidade, a seca se manteve estável no Rio Grande do Norte entre março e maio somente com o registro de seca fraca, a mais branda na escala do Monitor. A última vez que o RN teve somente seca fraca por três meses seguidos foi entre julho e setembro de 2020 |
Rio Grande do Sul | Estabilidade da área com seca em 100% do Rio Grande do Sul entre dezembro e maio. Somente o RS e o DF registraram seca em 100% de seus territórios em maio | Abrandamento do fenômeno no RS, entre abril e maio, com a redução da área com seca grave de 34% para 19% do estado. É a condição de seca mais severa do Brasil em maio por ser o único estado com seca extrema no País em maio |
Rondônia | Redução da área com seca de 71% para 53% de Rondônia entre abril e maio. É a menor área com o fenômeno no território rondoniense desde os 51% registrados em novembro de 2022 | Entre abril e maio, houve o abrandamento da seca em Rondônia com o recuo da seca moderada de 22% para 10% do estado. É a condição mais branda do fenômeno em Rondônia desde dezembro de 2022, quando não houve registro de seca grave no estado |
Santa Catarina | Estabilidade da área com seca no patamar de 32% de Santa Catarina entre março e maio. Maior área com seca no estado desde maio de 2022 (68%) | Entre novembro e maio, vem ocorrendo somente o registro de seca fraca em Santa Catarina nesse período |
São Paulo | Estabilidade da área com seca no patamar de 23% do território paulista entre abril e maio. É o menor percentual com seca em SP desde a entrada do estado no Mapa do Monitor em novembro de 2020. Também é o menor percentual de áreas com o fenômeno no Sudeste em maio | A severidade do fenômeno se manteve em São Paulo entre abril e maio com áreas de seca fraca e moderada. É a condição mais branda do fenômeno no estado desde novembro de 2020 |
Sergipe | Entre abril e maio, a área com seca caiu de 36% para 26% de Sergipe | Somente a categoria seca fraca foi registrada em Sergipe entre fevereiro e maio, sendo essa a categoria mais branda na escala do Monitor |
Tocantins | Leve redução da área com seca de 48% para 47% de Tocantins entre abril e maio | A severidade da seca se manteve estável em Tocantins entre março e maio com o registro de áreas com seca moderada e fraca |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. O processo de expansão continuará em 2023 até alcançar todas as 27 unidades da Federação, com a inclusão do Amapá e Roraima ainda neste ano.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 24 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
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