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Seca fica mais branda no Centro-Oeste e no Sudeste segundo Monitor de Secas. Fenômeno se intensifica no Sul e fica estável no Nordeste
Entre fevereiro e março, em termos de severidade da seca, houve uma intensificação do fenômeno no Rio Grande do Sul e em Rondônia, conforme a última atualização do Monitor de Secas . Em outros dez estados, a seca ficou mais branda: Acre, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins. Duas unidades da Federação ficaram livres do fenômeno em março: Ceará e Paraná. A seca ficou estável em termos de severidade em sete estados: Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Santa Catarina e Sergipe. Já no Distrito Federal, Espírito Santo e Rio de Janeiro a seca voltou a ser registrada em março.
Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Nordeste registrou a melhor condição, assim como nos últimos meses, apresentando seca fraca em 24% de seu território em março. O Sul teve a maior intensidade do fenômeno com seca extrema em 11% de sua área. Tanto no Sudeste quanto no Centro-Oeste, houve um abrandamento do fenômeno entre fevereiro e março, devido à redução da seca grave em ambas as regiões.
Na comparação entre fevereiro e março, oito estados tiveram uma diminuição da área com seca: Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo. No Paraná e no Ceará o fenômeno deixou de ser registrado em março. As áreas com seca se mantiveram estáveis em março em quatro estados: Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Sergipe. Em outros sete estados houve aumento da área com o fenômeno: Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Santa Catarina e Tocantins. Em três unidades da Federação a seca voltou a ser registrada: Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE , SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Dois estados registraram seca em 100% do território em fevereiro: Distrito Federal e Rio Grande do Sul; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação os percentuais variaram de 0% a 76%.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de fevereiro, seguido por Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás. No total, entre fevereiro e março, a área com o fenômeno aumentou de 3,23 milhões de quilômetros quadrados para 3,38 milhões de km², o equivalente a 40% do território brasileiro.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Situação por UF
UF | ÁREA | SEVERIDADE DA SECA |
Acre | Redução da área com seca de 100% para 57% do Acre entre fevereiro e março. É a primeira vez que o estado tem áreas livres de seca desde sua entrada no Mapa do Monitor em novembro de 2022 | Abrandamento da seca no estado com o recuo da seca moderada de 91% para 33% do estado entre fevereiro e março. Melhor condição do Acre desde novembro de 2022 |
Alagoas | Entre fevereiro e março a área com seca se manteve em 33% de Alagoas. É a maior área com o fenômeno no estado desde abril de 2022 (40%) | Estabilidade da seca em Alagoas entre fevereiro e março somente com o registro de seca fraca no estado |
Amazonas | Diminuição da área com seca de 56% para 53% do Amazonas entre fevereiro e março. Menor área com seca no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em dezembro de 2022 | Recuo da seca moderada de 15% para 4% do Amazonas entre fevereiro e março. Melhor condição do fenômeno no estado desde dezembro de 2022 |
Bahia | A área com seca aumentou de 11% para 35% da Bahia entre fevereiro e março. Esta é a maior área com o fenômeno no estado desde novembro de 2022: 52% | A seca fraca seguiu sendo a única categoria registrada na Bahia entre fevereiro e março |
Ceará | O Ceará teve uma queda de 5% para 0% do estado com seca entre fevereiro e março. Desde o início do Monitor de Secas, em julho de 2014, é a primeira vez que o Ceará não registra seca. Somente o CE e o Paraná ficaram livres de seca em março | O Ceará não registrou seca em março. Essa é a melhor condição do estado desde julho de 2014 |
Distrito Federal | Entre fevereiro e março, a seca voltou a ser registrada no DF em 100% de seu território. Isso não ocorria desde novembro de 2022. Somente o DF e o Rio Grande do Sul registraram seca em 100% de seus territórios em março | Em março a seca fraca voltou a ser registrada no DF, sendo o último registro dessa categoria foi em dezembro de 2022 |
Espírito Santo | Entre fevereiro e março, o Espírito Santo registrou o retorno da seca. O fenômeno foi registrado em 39% do território capixaba em março. A última vez que o estado teve seca foi em dezembro de 2022 em 55% do ES | Entre fevereiro e março, o Espírito Santo voltou a registrar seca fraca, o que não acontecia desde dezembro de 2022 |
Goiás | Aumento da área com seca de 67% para 76% de Goiás entre fevereiro e março | A seca grave recuou de 27% para 23% de Goiás entre fevereiro e março. Condição menos severa do fenômeno desde os 23% de seca grave registrados em junho de 2020, primeiro mês de Goiás no Mapa do Monitor |
Maranhão | Entre fevereiro e março, o Maranhão registrou o avanço da seca de 10% para 14% de seu território. É a maior área com seca no estado desde outubro de 2022: 34% | Somente a categoria de seca fraca foi registrada no Maranhão entre fevereiro e março |
Mato Grosso | Redução da área com seca de 71% para 67% de Mato Grosso entre fevereiro e março. Menor percentual de área com seca em MT desde março de 2022 (55%) | Estabilidade das áreas com seca grave em MT entre fevereiro e março, além da redução da seca moderada de 31% para 29% do estado. Menor severidade da seca em Mato Grosso desde sua entrada no Mapa do Monitor em junho de 2021 |
Mato Grosso do Sul | Redução da área com seca de 62% para 50% de Mato Grosso do Sul entre fevereiro e março. É a menor área com seca em MS desde sua entrada no Mapa do Monitor em julho de 2020 | Abrandamento da seca com a redução significativa da área com seca grave de 21% para 9% do estado entre fevereiro e março. Condição menos severa no estado desde julho de 2020 |
Minas Gerais | Forte aumento da área com seca de 30% para 55% de Minas Gerais entre fevereiro e março. Maior área com seca em MG desde os 67% registrados em dezembro de 2022 | Abrandamento do fenômeno com o desaparecimento da área com seca grave em Minas Gerais entre fevereiro e março. Menor severidade do fenômeno no estado desde abril de 2019, quando houve somente seca fraca no estado |
Paraíba | Redução da área com seca de 36% para 25% da Paraíba entre fevereiro e março | Entre fevereiro e março, a Paraíba deixou de registrar seca moderada, o que não ocorria desde julho de 2020 |
Paraná | A seca deixou de ser registrada no território do Paraná entre fevereiro e março. É a primeira vez que o estado não registra o fenômeno desde sua entrada no Mapa do Monitor em agosto de 2020. Somente o PR e o Ceará ficaram livres de seca em março | Desaparecimento da seca fraca no Paraná entre fevereiro e março. É a melhor condição do estado desde agosto de 2020 e a melhor situação do Brasil em março juntamente com o Ceará |
Pernambuco | Pernambuco permaneceu com seca em cerca de 25% de seu território entre fevereiro e março | Pernambuco se manteve somente com registro de seca fraca entre fevereiro e março |
Piauí | Entre fevereiro e março, a área com seca aumentou de 19% para 29% do Piauí. É a maior área com o fenômeno no estado desde outubro de 2022: 51% | Severidade da seca estável no Piauí, entre fevereiro e março, somente com o registro de seca fraca no estado |
Rio de Janeiro | Retorno da seca no Rio de Janeiro entre fevereiro e março. O fenômeno foi registrado em 24% do estado | Em março houve o retorno da seca fraca no Rio de Janeiro |
Rio Grande do Norte | Forte recuo da seca de 32% para 10% do Rio Grande do Norte entre fevereiro e março. É a menor área com seca no estado desde julho de 2020 (3%) | Abrandamento do fenômeno com o fim do registro de seca moderada no estado entre fevereiro e março. Melhor condição do fenômeno no estado desde julho de 2020 |
Rio Grande do Sul | Estabilidade da área com seca em 100% do Rio Grande do Sul entre dezembro e março. Somente o RS e o DF registraram seca em 100% de seus territórios em março | Avanço da seca moderada de 38% para 41% do Rio Grande do Sul entre fevereiro e março. Com 21% de seu território com seca extrema, a segunda mais intensa na escala do Monitor, o estado teve a condição de seca mais severa do Brasil em março |
Rondônia | Diminuição da área com seca de 76% para 72% de Rondônia entre fevereiro e março | Avanço da seca moderada de 19% para 22% de Rondônia entre fevereiro e março. Condição mais severa da seca em Rondônia desde sua entrada no Mapa do Monitor em agosto de 2022 |
Santa Catarina | Aumento da área com seca de 28% para 32% de Santa Catarina entre fevereiro e março. Maior área com seca no estado desde maio de 2022 (68%) | Entre novembro e março, vem ocorrendo somente o registro de seca fraca em Santa Catarina |
São Paulo | Redução da área com seca de 63% para 45% de São Paulo entre fevereiro e março. É o menor percentual com seca em SP desde a entrada do estado no Mapa do Monitor em novembro de 2020 | Recuo significativo da seca grave de 11% para 2% de São Paulo entre fevereiro e março. É a condição menos severa no estado desde novembro de 2020 |
Sergipe | Entre fevereiro e março, a área com seca se manteve em 17% de Sergipe | Somente a categoria de seca fraca foi registrada em Sergipe entre fevereiro e março, mantendo estável a severidade do fenômeno |
Tocantins | Aumento da área com seca de 27% para 36% de Tocantins entre fevereiro e março. Maior área com seca no estado desde novembro de 2022 (70%) | Recuo da seca moderada de 9% para 7% de Tocantins entre fevereiro e março. É a condição mais branda do fenômeno no estado desde julho de 2022, quando foi registrada seca moderada em 3% de Tocantins |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além do Acre, Amazonas, Rondônia e Tocantins. O processo de expansão continuará em 2023 até alcançar todas as 27 unidades da Federação, com a inclusão do Amapá, Pará e Roraima neste ano.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 23 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
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