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Seca fica mais branda no Brasil segundo a última atualização do Monitor de Secas
Conforme a última atualização do Monitor de Secas, entre outubro e novembro, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em 16 unidades da Federação: Acre, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, São Paulo e Tocantins. No sentido oposto, em outras oito unidades da Federação a seca se intensificou nesse período: Alagoas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. Já no Rio Grande do Sul o fenômeno voltou a ser verificado após uma sequência de 13 meses sem seca. Já em outros dois estados o fenômeno ficou estável em termos de severidade nesse período: Amapá e Santa Catarina.
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sul teve a condição mais branda do fenômeno em novembro, enquanto o Norte teve a situação mais severa, registrando seca excepcional – a mais intensa na escala do Monitor. Entre outubro e novembro, houve um abrandamento do fenômeno em todas as cinco regiões do Brasil. Considerando a extensão da área com seca, o fenômeno se expandiu no Nordeste e no Sul. Somente no Sudeste a área com seca teve uma leve redução. Tanto no Centro-Oeste quanto no Norte, a extensão do fenômeno permaneceu estável.
Na comparação entre outubro e novembro, quatro estados registraram o aumento da área com seca: Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. Já no Rio Grande do Sul o fenômeno voltou a ser registrado após 13 meses. No sentido oposto, o Monitor verificou a diminuição da área com o fenômeno em outros três estados: Bahia, Rio de Janeiro e Roraima. Já em outras 19 unidades da Federação a área com seca se manteve estável: Acre, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Dezoito unidades da Federação registraram seca em 100% do território em novembro deste ano: Acre, Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Nas demais unidades da Federação, os percentuais variaram de 4% a 99%.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de novembro, seguido por Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Bahia. No total, entre outubro e novembro, a área com o fenômeno se manteve no patamar de 7,85 milhões de km², o equivalente a 92% do território brasileiro.
Situação por UF
UF |
ÁREA |
SEVERIDADE DA SECA |
Acre |
Entre maio e novembro, a área com seca seguiu presente na totalidade do território do Acre. É a primeira vez que o estado registra seca em 100% de seu território por sete meses consecutivos desde novembro de 2022, quando o AC entrou no Mapa do Monitor |
Em termos de severidade, o fenômeno se abrandou entre outubro e novembro, já que a seca extrema deixou de ser registrada no Acre. É a condição mais branda do fenômeno no estado desde junho deste ano |
Alagoas |
Entre outubro e novembro, a área com seca em Alagoas aumentou de 85% para 100%. Desde fevereiro de 2021, é a primeira vez que o estado registra o fenômeno na totalidade de seu território |
Alagoas registrou a intensificação do fenômeno com o crescimento da área com seca grave de 6% para 32% do estado entre outubro e novembro. É a maior severidade da seca no território alagoano desde abril de 2021, quando houve seca grave em 34% do estado |
Amapá |
Entre outubro e novembro, a área com seca seguiu no patamar de 82% do Amapá |
A severidade do fenômeno se manteve estável no Amapá entre setembro e novembro com a seca moderada permanecendo no patamar de 3% do território amapaense. Além disso, o Amapá teve a condição mais branda de seca entre os estados do Norte em novembro |
Amazonas |
A área com seca no Amazonas seguiu em 99% do estado entre outubro e novembro |
Entre outubro e novembro, o Amazonas teve o abrandamento da seca no estado com a redução da área com seca excepcional de 26% para 16% do território amazonense. Ainda assim, o estado teve a condição mais intensa da seca no Brasil entre todas as unidades da Federação em novembro |
Bahia |
A área com seca diminuiu levemente de 93% para 91% da Bahia entre outubro e novembro |
O fenômeno se abrandou no território baiano entre outubro e novembro com a redução da área com seca moderada de 49% para 21% do estado. É a condição mais branda na Bahia desde agosto de 2024 |
Ceará |
A área com seca no Ceará aumentou de 76% para 87% do estado entre outubro e novembro. É a maior área com seca no território cearense desde os 100% registrados em janeiro deste ano. Ainda assim, o Ceará teve o menor percentual de área com seca do Nordeste em novembro |
A seca se intensificou no Ceará entre outubro e novembro com o forte aumento da área com seca moderada de 5% para 38% do estado nesse período |
Distrito Federal |
Entre maio e novembro, a área com seca seguiu presente em 100% do Distrito Federal. Desde o período entre maio e novembro de 2022, é a primeira vez que o DF registra seca na totalidade de seu território por sete meses consecutivos |
A seca se abrandou no Distrito Federal entre outubro e novembro, visto que a seca moderada deixou de ser verificada no DF, onde houve somente seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor. Com isso, o Distrito Federal teve a melhor condição do fenômeno no Centro-Oeste em novembro |
Espírito Santo |
Entre junho e novembro, a área com seca se manteve em 100% do Espírito Santo. Desde o período entre junho e novembro de 2022, é a primeira vez que o estado registra seis meses consecutivos de seca na totalidade de seu território |
Entre outubro e novembro, a seca se abrandou no Espírito Santo com a forte redução da área com seca moderada de 50% para 32% do estado. Além disso, o território capixaba teve a condição mais branda de seca entre os estados do Sudeste em novembro |
Goiás |
A área com seca se manteve em 100% de Goiás entre julho e novembro. Desde o período entre junho e outubro de 2022, é a primeira vez que o fenômeno é registrado por cinco meses consecutivos no estado |
A seca se abrandou em Goiás entre outubro e novembro com a redução da área com seca grave de 47% para 27% do estado nesse período |
Maranhão |
Entre outubro e novembro, a área com seca se manteve estável em 100% do Maranhão. Desde o período de novembro de 2017 a janeiro de 2018, é a primeira vez que o estado registra seca na totalidade de seu território por três meses consecutivos |
O fenômeno se intensificou no Maranhão com o aumento da área de seca grave, que passou de 3% para 15% do estado entre outubro e novembro. Essa é a condição mais severa do fenômeno no Maranhão desde setembro de 2018, quando houve seca grave em 228% do estado |
Mato Grosso |
Mato Grosso seguiu com seca na totalidade de seu território entre julho e novembro. Desde junho de 2021, quando MT entrou no Mapa do Monitor, é a primeira vez que o estado registra seca em 100% de seu território por cinco meses consecutivos |
Houve um abrandamento da seca em Mato Grosso entre outubro e novembro, já que houve a redução das áreas com seca grave e seca moderada no estado |
Mato Grosso do Sul |
Em Mato Grosso do Sul, a área com seca se manteve na totalidade do estado entre julho e novembro. Desde o período entre março e julho de 2022, é a primeira vez que o estado registra cinco meses consecutivos do fenômeno na totalidade do território sul-mato-grossense |
A seca se intensificou em Mato Grosso do Sul entre outubro e novembro com o aumento da área com seca grave de 56% para 67% do estado. Com isso, o MS teve a condição mais severa do fenômeno no Centro-Oeste em novembro no Centro-Oeste |
Minas Gerais |
Entre julho e novembro, Minas Gerais seguiu com seca em 100% de seu território. Desde a entrada de MG no Mapa do Monitor em novembro de 2018, é a primeira vez que o estado registra o fenômeno na totalidade de seu território por cinco meses consecutivos |
Em Minas Gerais a seca se abrandou entre outubro e novembro com a significativa redução da área com seca grave de 24% para 4% do estado. É a melhor condição do fenômeno no território mineiro desde junho deste ano |
Pará |
O Pará seguiu com seca em 100% de seu território entre agosto e novembro. É a primeira vez que o estado registra o fenômeno por quatro meses consecutivos desde sua entrada no Mapa do Monitor em abril de 2023 |
Entre outubro e novembro, houve uma intensificação da seca no Pará com o avanço da seca grave de 17% para 21% do território paraense nesse período. É a condição mais intensa do fenômeno no estado desde abril de 2023, quando o Pará entrou no Mapa do Monitor |
Paraíba |
A Paraíba registrou seca na totalidade de seu território entre setembro e novembro. Desde o período de outubro a dezembro de 2021, essa é a primeira vez que o estado tem seca em 100% de seu território por três meses consecutivos |
Entre outubro e novembro, a seca se intensificou na Paraíba com o forte aumento da área com seca moderada de 8% para 92% de seu território. É a condição mais severa no estado desde janeiro deste ano, quando houve seca grave em 1% do território paraibano |
Paraná |
Entre agosto e novembro, a área com seca se manteve em 72% do Paraná. É a maior área com o fenômeno no estado desde maio de 2022, quando o fenômeno foi registrado em 98% do território paranaense. Em novembro o PR foi o estado do Sul com maior percentual de área com registro de seca |
Entre outubro e novembro, a seca se abrandou no Paraná com a redução da área com seca grave de 24% para 21% do estado. Além disso, o Paraná teve a maior severidade da seca entre os estados do Sul em novembro |
Pernambuco |
Pernambuco seguiu com seca em 100% de seu território entre setembro e novembro. É a primeira vez que o estado registra o fenômeno na totalidade de sua área por dois meses consecutivos desde o período entre janeiro e março de 2021 |
A seca se abrandou em Pernambuco entre outubro e novembro, já que a seca grave deixou de ser registrada no estado nesse período |
Piauí |
Entre setembro e novembro, a área com seca no Piauí permaneceu em 100% do estado. Desde o período entre outubro e dezembro de 2023, é a primeira vez que o território piauiense registra o fenômeno em todo o estado por três meses consecutivos |
A seca se abrandou no Piauí entre outubro e novembro, já que a seca grave deixou de ser registrada no estado nesse período |
Rio de Janeiro |
A área com seca reduziu de 100% para 73% do território fluminense entre outubro e novembro. É a menor área com seca no estado desde os 42% registrados em maio deste ano no RJ. Além disso, o estado foi o único do Sudeste a registrar áreas livres de seca em novembro |
A seca se abrandou no Estado do Rio de Janeiro entre outubro e novembro com a redução da área com seca moderada de 67% para 40% do RJ |
Rio Grande do Norte |
A área com seca no Rio Grande do Norte aumentou de 95% para 100% do estado entre outubro e novembro. É a maior área com seca no estado desde novembro de 2023, quando houve seca na totalidade do RN |
A seca se intensificou no Rio Grande do Norte entre outubro e novembro com o aumento da área com seca moderada de 12% para 20% do estado. É a condição mais severa do fenômeno no território potiguar desde os 44% de seca moderada registrados em janeiro deste ano. Por outro lado, o RN teve a melhor condição de seca dentre os estados nordestinos em novembro |
Rio Grande do Sul |
O Rio Grande do Sul voltou a registrar área com seca (4%) em novembro. Desde outubro de 2023, o estado se mantinha livre de seca. Apesar disso, o estado apresentou a melhor condição do Brasil em novembro |
Após o Rio Grande do Sul ter se mantido livre de seca por 13 meses consecutivos, o estado voltou a registrar seca fraca em novembro. Ainda assim, a condição do fenômeno no estado foi a melhor do Brasil em novembro |
Rondônia |
A área com seca se manteve em 100% de Rondônia entre julho e novembro. Desde o período entre novembro de 2023 e março deste ano, é a primeira vez que o estado registra seca em sua totalidade por cinco meses consecutivos |
Entre outubro e novembro, a seca se abrandou levemente em Rondônia com o recuo da seca extrema de 12% para 11% do território rondoniense. É a condição mais branda de seca no estado desde julho deste ano |
Roraima |
Entre outubro e novembro, Roraima teve uma redução da área com seca, que caiu de 32% para 28% de seu território. É a menor área com o registro do fenômeno no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em novembro de 2023. Além disso, Roraima teve o menor percentual de área com seca na região Norte em novembro |
Entre outubro e novembro, a seca se abrandou em Roraima com a redução da área de seca moderada de 20% para 14% do estado nesse período. É a condição mais branda em RR desde julho deste ano |
Santa Catarina |
Santa Catarina registrou o aumento da área com seca de 38% para 46% entre outubro e novembro |
Entre agosto e novembro, a severidade do fenômeno se manteve estável em Santa Catarina, já que no período houve somente o registro de seca fraca, a mais branda na escala do Monitor |
São Paulo |
No Estado de São Paulo a área com seca seguiu em 100% de seu território entre setembro e novembro. Desde o período entre julho e setembro de 2022, é a primeira vez que SP registra seca na totalidade do estado por três meses consecutivos |
A seca se abrandou no Estado de São Paulo entre outubro e novembro com a redução significativa da área com seca grave de 47% para 11% do estado. É a condição mais branda desde junho deste ano no estado. Por outro lado, SP teve a maior severidade da seca entre os estados do Sudeste em novembro |
Sergipe |
Entre setembro e novembro, a área com seca se manteve em 100% de Sergipe. É a primeira vez que o estado registra o fenômeno na totalidade de seu território por três meses consecutivos desde o período de dezembro de 2023 a fevereiro deste ano |
Entre outubro e novembro, o fenômeno se intensificou em Sergipe com o forte aumento da área com seca grave, que passou de 20% para 49% do território do estado. Com isso, o estado teve a maior severidade do fenômeno desde março de 2019, quando houve seca grave em 52% do estado. Sergipe teve, ainda, a maior severidade de seca do Nordeste em novembro |
Tocantins |
Tocantins seguiu com seca em 100% de seu território entre julho e novembro. Desde o período entre novembro de 2023 e março deste ano, é a primeira vez que o estado registra seca na totalidade de seu território por cinco meses consecutivos |
Em Tocantins a seca se abrandou entre outubro e novembro com a redução da área com seca grave de 52% para 25% do estado. É a condição mais branda no estado desde julho deste ano |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
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