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Seca fica mais branda em nove estados e mais severa em seis unidades da Federação em novembro
Mapas do Monitor de Secas de outubro e novembro de 2021
Em novembro deste ano, em comparação a outubro, em termos de severidade da seca, nove estados tiveram um abrandamento do fenômeno no último mês: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí e Tocantins. Em novembro todas as 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas registraram o fenômeno.
No sentido oposto, seis estados tiveram uma intensificação da seca no período: Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina. Em outras seis unidades da Federação, a severidade do fenômeno se manteve estável: Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro e Sergipe. Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em outubro aconteceu no Sudeste, que registrou 8% de seca excepcional – a mais severa da escala do Monitor. Já o Nordeste teve a menor severidade de novembro e foi a única região a não ter registro de seca extrema ou seca excepcional.
Entre outubro e novembro, nenhuma unidade da Federação registrou expansão da área com seca. Por outro lado, a área com o fenômeno diminuiu em nove estados: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins. Nas demais 12 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor, não houve variação do território com seca: Alagoas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe.
Considerando o recorte por região, o Sul se manteve com uma área de 96% com seca. Já no Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste houve um recuo do fenômeno respectivamente de 91% para 86%, de 89% para 85% e de 96% para 90%. Com isso, o Nordeste foi a região com menor percentual de território com seca em novembro.
Em oito unidades da Federação, 100% de seus territórios registraram seca em novembro: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Os demais 13 estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 49,2% e 98,2% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguida por Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. No total a área com o fenômeno foi de 4,34 milhões de quilômetros quadrados e se fosse um país seria o 7º maior do mundo, superando os 3,28 milhões de km² da Índia.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
No Nordeste a seca grave avançou no norte do Rio Grande do Norte e no leste da Paraíba, devido às chuvas abaixo da média. Por outro lado, chuvas acima da normalidade favoreceram o abrandamento da seca no centro da Bahia, onde passou de grave para moderada. Também houve redução das áreas com seca moderada no centro-sul do Maranhão e no norte e no sul da Bahia. A seca fraca recuou, ainda, em parte do litoral baiano.
Em decorrência de chuvas acima da média em novembro, no Sudeste houve o abrandamento da seca em todos os estados da região, exceto São Paulo. No norte de Minas Gerais, o fenômeno passou de grave para moderado. Também aconteceu o recuo da seca moderada no nordeste do Espírito Santo, no centro e nordeste mineiro. A seca fraca recuou, ainda, no centro e extremo norte fluminense, no centro-sul e leste capixaba e no centro-leste mineiro. Por outro lado, houve um avanço da seca grave no leste de São Paulo, em função das chuvas abaixo da média nos últimos meses. Apesar do início da estação chuvosa no Sudeste, há persistência do cenário de seca intensa em algumas áreas da região, em virtude dos déficits de chuva acumulados em longo prazo – superior a 12 meses.
Na região Sul, a seca grave avançou no norte do Paraná e no norte de Santa Catarina. Já a seca moderada avançou no noroeste do Rio Grande do Sul, devido às chuvas abaixo da média nos últimos meses.
Devido às chuvas acima da média no último mês, no Centro-Oeste houve recuo da seca grave no centro e sudeste de Mato Grosso do Sul; da seca moderada no centro, leste e oeste de Mato Grosso e no noroeste de Goiás; e da seca fraca no centro-oeste de Mato Grosso. Apesar do início da estação chuvosa, persiste o cenário de seca intensa em algumas áreas da região, em decorrência dos déficits de chuva acumulados em longo prazo – superior a 12 meses.
Em Tocantins, único estado do Norte monitorado até agora, a melhora nos indicadores de seca resultou na redução das áreas com seca grave e moderada no sul e oeste do estado, assim como no recuo da seca fraca no extremo norte tocantinense.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 20 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
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