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Seca fica mais branda em 15 estados, mais severa em três e estável em outras duas unidades da Federação em dezembro
Mapas do Monitor de Secas de novembro e dezembro de 2021
Entre novembro e dezembro de 2021, em termos de severidade da seca, 15 estados tiveram um abrandamento do fenômeno no último mês: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. Em dezembro 20 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas registraram o fenômeno, sendo que somente o Distrito Federal ficou livre de seca.
No sentido oposto, somente os três estados do Sul tiveram uma intensificação da seca no período: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em outras duas unidades da Federação, a severidade do fenômeno se manteve estável: Rio de Janeiro e São Paulo. Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em dezembro aconteceu no Sudeste, que registrou 8% de seca excepcional – a mais severa da escala do Monitor. Já o Nordeste teve a menor severidade do último mês e foi a única região a não ter registro de seca extrema ou seca excepcional no período.
Entre novembro e dezembro, o único estado que registrou aumento da área com seca foi Santa Catarina. Por outro lado, a área com o fenômeno desapareceu no DF e diminuiu em nove estados: Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí e Tocantins. Nos demais dez estados acompanhados pelo Monitor, não houve variação do território com seca: Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
Considerando o recorte por região, o Sul registrou o maior percentual de área com seca: 97%. No Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste houve um recuo do fenômeno respectivamente de 86% para 68%, de 85% para 43% e de 90% para 64%. Com isso, o Nordeste foi a região com menor percentual de território com seca em dezembro.
Seis estados registraram seca em 100% do território no último mês: Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. O Distrito Federal aparece como única unidade da Federação livre do fenômeno e os demais 14 estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 10,7% e 97,9% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguida por Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás. No total a área com o fenômeno foi de 3,14 milhões de quilômetros quadrados e se fosse um país seria o 8º maior do mundo, superando os 2,78 milhões de km² da Argentina.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Em decorrência de chuvas muito acima da média em dezembro, houve uma significativa diminuição da seca no Nordeste, especialmente com o recuo das secas fraca e moderada em grande parte da Bahia, Maranhão e Piauí. Outro destaque foi a atenuação do fenômeno no sudeste do Piauí, norte de Sergipe e sudoeste de Alagoas; onde a seca passou de grave para moderada.
No Sudeste houve abrandamento da seca, devido aos volumes de chuva muito acima da média em dezembro, o que resultou na significativa diminuição das áreas com seca fraca e moderada no Espírito Santo e no norte e centro de Minas Gerais. Apesar disso, o cenário de seca severa (grave, extrema ou excepcional) permanece em algumas áreas da região, sobretudo entre o noroeste paulista e o Triângulo Mineiro, em função das chuvas abaixo da média acumuladas nos últimos 12 meses ou mais.
Na região Sul, devido às chuvas abaixo da normalidade, foi observado um avanço da seca extrema em Santa Catarina e da seca moderada no nordeste, centro-oeste e sul do Rio Grande do Sul. Além disso, o Monitor identificou o aumento das áreas com seca grave nos três estados da região, especialmente no Paraná.
Já no Centro-Oeste, em função das chuvas acima da média em dezembro, houve recuo da seca fraca no noroeste, nordeste e centro de Mato Grosso e no norte e leste de Goiás. Também aconteceu o recuo da seca extrema no sudoeste de Goiás e norte de Mato Grosso do Sul, além da diminuição da área com seca grave no centro de Goiás. O cenário de seca severa (grave, extrema ou excepcional) seguiu em algumas áreas da região por conta dos déficits de chuva acumulados nos últimos 12 meses ou mais, como é o caso da divisa entre Mato Grosso do Sul e Goiás.
Tocantins, único estado do Norte acompanhado pelo Monitor de Secas até agora, registrou a melhora nos indicadores do fenômeno e, com isso, houve a redução das áreas com seca grave e/ou moderada no norte, centro e sudeste do estado. Além disso, o Monitor observou o recuo da seca fraca no sudoeste tocantinense.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 20 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
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