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Sala de Crise nivela informações sobre qualidade da água do rio Tocantins após desabamento de ponte entre Tocantins e Maranhão
Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira após desabamento e rio Tocantins (TO/MA)
Nesta segunda-feira, 30 de dezembro, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) promoveu a 2ª Reunião da Sala de Crise sobre Acidente em Ponte do Rio Tocantins na BR-226. Transmitido por meio do canal da ANA no YouTube, o encontro foi um espaço para nivelar informações sobre as análises de qualidade da água do rio Tocantins realizadas após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que fica entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), em 22 de dezembro. Também foram abordados os riscos existentes sobre usos múltiplos da água entre o local do acidente e a jusante (rio abaixo), pois substâncias químicas que seguem submersas.
Durante a 2ª Reunião participaram representantes de diversas instituições federais, como o diretor interino da ANA Marcelo Medeiros. Nesse nivelamento de informações sobre as análises de qualidade da água realizadas até o momento, que não identificaram nenhuma alteração significativa na qualidade da água, também foi apresentada a programação do monitoramento diário para os próximos dias.
Esse trabalho é realizado pela ANA em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Serviço Geológico do Brasil (SGB), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (SEMA/MA). Além disso, foi informado na reunião que haverá novas equipes em campo da ANA, do IBAMA e da SEMA/MA, a partir desta quinta, 2 de janeiro, para atuarem no monitoramento da qualidade de água a partir do local do acidente.
Outra questão abordada na 2ª Reunião foi o monitoramento contínuo que vem sendo realizado pelas empresas de abastecimento público de água BRK e Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) no trecho a jusante do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. Ambas têm monitorado parâmetros básicos de qualidade da água do rio Tocantins nos pontos de captação para abastecimento público.
Durante o encontro foi relatado que o IBAMA notificou as empresas responsáveis pelas cargas dos três caminhões que caíram no rio, sendo um contendo 76 toneladas de ácido sulfúrico e dois com cerca de 25 mil litros dos defensivos agrícolas com as substâncias acetomiprido (inseticida), picloram (herbicida) e 2,4-D (herbicida). Para retirar essas substâncias submersas, medida necessária em virtude do risco de vazamento e contaminação da água em prejuízo ao abastecimento de água, as empresas de resposta contratadas pelas proprietárias das cargas deverão atuar. Por conta desse risco, o monitoramento de qualidade da água será diário até que os materiais sejam retirados da água.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que manterá a operação da usina hidrelétrica (UHE) Estreito, que fica a montante (rio acima) do desabamento, com vazão reduzida de 1.000m³/s, das 9h às 15h. Isso porque haverá a elevação da vazão média do rio para o patamar de 3.000m³/s para manter o nível de armazenamento da UHE Estreito em condições seguras e em função da previsão de chuvas para a região para os próximos dias apresentada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN).
Também participaram da 2ª Reunião representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Ministério da Saúde (MS), Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Marinha do Brasil, entre outras instituições.
Na próxima sexta-feira, 3 de janeiro de 2025, a partir das 15h, acontecerá a 3ª Reunião da Sala de Crise para acompanhamento da situação, atualização de informações, como aquelas relacionadas ao monitoramento da qualidade de água e à operação das usinas hidrelétricas do rio Tocantins.
Rio Tocantins
Com aproximadamente 2400km de extensão, o rio Tocantins é o segundo maior curso d’água 100% brasileiro, ficando atrás somente dos cerca de 2800km do rio São Francisco. O Tocantins nasce entre os municípios goianos de Ouro Verde de Goiás e Petrolina de Goiás. Ele também atravessa Tocantins, Maranhão e tem sua foz no Pará perto da capital Belém. O rio pode ser chamado de Tocantins-Araguaia por se encontrar com o rio Araguaia entre Tocantins e Pará. Os dois cursos d’água também dão nome à Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia, que é a maior do Brasil em área de drenagem 100% em território nacional.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
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