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Sala de Crise da Região Sul nivela informações sobre situação dos rios, lagos e reservatórios da região com enfoque nas enchentes do Rio Grande do Sul
Pista do Aeroporto Salgado Filho inundada em Porto Alegre (RS) - Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República
Nesta quinta-feira, 15 de maio, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico realizou a 3ª Reunião Extraordinária em 2024 da Sala de Crise da Região Sul. Transmitido ao vivo pelo canal da Agência no YouTube, o encontro foi realizado com o objetivo de compartilhar informações hidrometeorológicas e previsões sobre rios, lagos e reservatórios da região, sobretudo do Rio Grande do Sul, diante das enchentes que vêm ocorrendo no estado desde o fim de abril. Participaram da 3ª Reunião a diretora-presidente da ANA, Veronica Rios, e o diretor interino da autarquia Marcelo Medeiros.
Durante o encontro, ocorreram apresentações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Também participaram do encontro servidores(as) da ANA; do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS); dos governos estaduais do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná; de companhias de saneamento da região; entre outros.
No início o INMET e o INPE apresentaram as condições atuais do tempo e as perspectivas climáticas para os próximos dias no Sul, dando destaque para a possibilidade de chuvas na região entre 16 e 19 de maio. Segundo as instituições, de 15 a 22 de maio, há previsão de precipitações no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná nesse período. Já o CEMADEN abordou as chuvas que caíram sobretudo no território gaúcho entre 10 e 12 de maio, assim como os atuais alertas de riscos hidrológicos no Rio Grande do Sul em função das enchentes no estado. O Centro compartilhou, ainda, as previsões de precipitações especialmente no RS no fim de maio e início de junho, entre outros temas.
Já o SGB apresentou a situação observada nos rios das bacias dos rios Uruguai (RS/SC), Caí (RS) e Taquari (RS). Segundo o Serviço Geológico do Brasil, os pontos de monitoramento nessas bacias apresentam queda no nível desses rios, que ainda estão elevados e têm passado por repiques – elevações de níveis em função de chuvas ou aumento de vazões, após períodos de redução de níveis. O SGB também abordou as situações específicas do lago Guaíba (RS) e da lagoa dos Patos (RS) em termos de previsões para os níveis de ambos os corpos hídricos. Conforme projeções da Universidade Federal do Rio Grande, o pico de nível da lagoa dos Patos deve acontecer em 21 de maio.
Representante do ONS abordou as condições hidrológicas e de armazenamento das usinas hidrelétricas dos rios Jacuí (RS), Taquari-Antas (RS) e Uruguai. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, em 14 de maio, houve uma disponibilização de 1/3 do volume de espera (que fica vazio para controle de cheias) da usina hidrelétrica Passo Real para amenizar as condições de inundação na Região Metropolitana de Porto Alegre. Depois que esse volume de espera for atingido, o reservatório de Passo Real passará a operar a fio d’água – nesse caso as vazões que chegam são praticamente iguais às que saem do reservatório.
Para simplificar o acesso aos dados de nível do lago Guaíba, na capital gaúcha, a ANA disponibilizou um link de acesso rápido em seu site, sendo que o dado mais recente, das 19h15 desta quarta, 15 de maio, informa que o lago está com 5,11m nesse ponto, onde chegou a registrar o máximo histórico de 5,35m às 5h30 do último domingo, 5 de maio, superando a cheia histórica de 1941: 4,76m.
A diretora-presidente da ANA elogiou a atuação das instituições que participam da Sala de Crise da Região Sul pelas informações que são compartilhadas e que subsidiam a tomada de decisão dos gestores públicos. “Essas informações que são compartilhadas pela Sala de Situação. e diariamente geradas pelas equipes. têm sido levadas para as reuniões de coordenação da calamidade na Casa Civil da Presidência [da República], da qual têm participado os ministros de Estado, bem como os dirigentes de órgãos e autarquias que têm relação com as medidas de resposta a essa calamidade”, ponderou Veronica Rios.
A 5ª Reunião da Sala de Crise da Região Sul acontecerá na próxima quinta-feira, 22 de maio, às 10h, com transmissão pelo canal da ANA no YouTube. Esse encontro terá o objetivo de dar continuidade ao acompanhamento da situação hidrológica e meteorológica da região Sul, ainda mantendo um enfoque especialmente na situação do Rio Grande do Sul.
Segundo a Lei nº 9.984/2000, que criou a ANA, cabe à agência reguladora planejar e promover ações destinadas a prevenir ou minimizar os efeitos de secas e inundações. Essa atuação acontece no contexto do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) e em articulação com a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC) – que integra a estrutura do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e é o órgão central do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil – em apoio aos estados, Distrito Federal e municípios.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
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