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Conjuntura dos Recursos Hídricos ganha versão para dispositivos móveis
Capa do relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2017
Cada vez mais as pessoas utilizam dispositivos móveis, como celulares, para buscar informações. Sabendo disso, a partir desta semana está disponível o hotsite do relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2017 em: http://conjuntura.ana.gov.br/. Nele é possível podem acessar os dados e informações trazidos pela última edição do Conjuntura de maneira adequada para visualização em celulares e tablets, independente do sistema operacional utilizado.
Na página estão disponíveis os principais dados do Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2017, que foi totalmente reformulado no ano passado no contexto dos 20 anos da Política Nacional de Recursos Hídricos para oferecer à sociedade informações mais acessíveis sobre as águas do País. Quem acessar o hotsite terá um resumo dos principais dados abordados na da publicação: ciclo hidrológico, quantidade e qualidade da água, usos dos recursos hídricos, gestão da água, crise hídrica, além de lições e desafios do setor de recursos hídricos. Também há uma animação que explica o que é o relatório, que teve a edição de 2017 lançada em dezembro.
O hotsite também oferece a opção de baixar o Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil na íntegra em formato PDF. Caso o usuário prefira, é possível fazer o download por capítulo do seu interesse. Esta é a terceira edição plena do relatório, que é a referência para o acompanhamento sistemático da situação dos recursos hídricos no País, através de um conjunto de indicadores e estatísticas sobre a água e sua gestão. Além disso, é uma fonte estruturada de dados e informações disponibilizada a toda a sociedade brasileira via internet. As duas primeiras edições plenas foram publicadas em 2009 e 2013.
Sobre o ciclo hidrológico, a publicação aborda o fluxo que a água percorre no território nacional e traz informações sobre chuvas, volume de água que vem de outros países (3,1 trilhões de metros cúbicos por ano) ou que saem do Brasil tanto para os países vizinhos (900 bilhões m³/ano) quanto para o mar (8,4 trilhões de m³/ano), volume dos reservatórios brasileiros (124 bilhões de m³/ano), entre outros.
No capítulo sobre quantidade e qualidade de água há resultados do monitoramento quantitativo e qualitativo. Entre outros números, o Conjuntura aponta que existem respectivamente 2.722 e 1.941 pontos de monitoramento de rios (fluviométricos) e de chuvas (pluviométricos), que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional.
Outra temática englobada pela publicação é a dos diversos usos dos recursos hídricos. Nesse sentido, o relatório traz um panorama da situação dos principais usos da água no Brasil e os impactos nos recursos hídricos. O estudo informa, por exemplo, que a irrigação retira 969 metros cúbicos por segundo, enquanto o abastecimento humano e a indústria demandam respectivamente 488m³/s e 192m³/s.
No que se refere à gestão de recursos hídricos, o Conjuntura faz um balanço sobre os avanços na Política Nacional de Recursos Hídricos. Por isso, o relatório possui informações a respeito dos comitês de bacias hidrográficas em funcionamento no Brasil (232), planos de bacia elaborados (176) e bacias com enquadramento dos corpos d’água em classes, segundo os usos preponderante da água (125). A publicação contém, ainda, dados acerca das outorgas de direito de uso de recursos hídricos e dos valores arrecadados por meio da cobrança pelo uso da água, entre outros.
Uma novidade da edição de 2017 foi um capítulo dedicado à temática da crise hídrica. Sobre o tema, por exemplo, o relatório da ANA aponta que 48 milhões de brasileiros foram afetados por secas (fenômeno mais duradouro) e estiagens entre 2013 e 2016. Neste período houve o registro de 4.824 eventos de seca, quase o triplo do número de cheias (1.738).
Como aprendizado para aprimoramento da gestão de águas, o Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2017 aponta a importância da segurança hídrica, destacando os investimentos em infraestrutura hídrica e ações com foco na gestão da demanda de água. O relatório também contém a recomendação para que o conceito de segurança hídrica seja incorporado pelas instituições do setor de recursos hídricos e que se evolua da gestão de crises para a gestão de riscos, de modo que os efeitos dos eventos críticos – secas e cheias – sejam minimizados.