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Monitoramento COVID Esgotos inicia trabalhos em campo e representantes das entidades responsáveis pelo projeto-piloto comentam iniciativa
O projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos já iniciou os trabalhos em campo. Realizado com esforços da Agência Nacional de Águas (ANA), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e INCT ETEs Sustentáveis, sediado e coordenado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o projeto pretende entender como o esgoto pode trazer informações sobre a proliferação do COVID-19 em comunidades específicas.
Os primeiros resultados devem ser divulgados na próxima semana. Nesta primeira semana de trabalho, de 27 a 30 de abril, as equipes de pesquisadores receberam as primeiras amostras de esgotos, coletados em diferentes pontos das sub-bacias sanitárias de Belo Horizonte e Contagem (MG).
Os dirigentes das entidades responsáveis pelo estudo e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA), que apoia a coleta de material, gravaram vídeos sobre os desafios e objetivos do projeto (vídeos abaixo).
- Marcelo Cruz, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA)
- Marília Carvalho de Melo, diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão de Águas (IGAM)
- Ricardo Augusto Simões Campos, diretor de Desenvolvimento Tecnológico, Meio Ambiente e Empreendimentos da COPASA
- Carlos Chernicharo, coordenador do INCT/ETEs Sustentáveis
O que é o projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos?
A iniciativa nasce a partir da assinatura de Termo de Execução Descentralizada (TED) firmado entre ANA e UFMG para mapear a ocorrência do novo coronavírus no esgoto na capital mineira e em Contagem (MG).
Não há evidências da transmissão do vírus, ainda com potencial de causar a infecção do COVID-19, através das fezes (transmissão feco-oral). Porém, como já foi identificada a presença do novo coronavírus nas fezes de indivíduos infectados, o mapeamento dos esgotos pode indicar áreas com maior incidência da transmissão, por exemplo.
Com os dados obtidos, será possível saber como está a ocorrência do novo coronavirus por região, o que pode direcionar a adoção de medidas de relaxamento consciente do isolamento social. Também pode possibilitar avisos precoces dos riscos de aumento de incidência do COVID-19 de forma regionalizada, embasando a tomada de decisão dos gestores públicos.