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Monitor de Secas registra seca mais branda no Centro-Oeste e no Sudeste em fevereiro. Fenômeno se intensifica no Sul e fica estável no Nordeste
Mapas do Monitor de Secas de janeiro e fevereiro de 2023
Entre janeiro e fevereiro, em termos de severidade da seca, houve uma intensificação do fenômeno no Rio Grande do Sul e em Rondônia, conforme o Monitor de Secas . Em outros sete estados, a seca ficou mais branda: Acre, Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Três unidades da Federação ficaram livres do fenômeno em fevereiro: Distrito Federal, Espírito Santo e Rio de Janeiro. A seca ficou estável em termos de severidade em sete estados: Alagoas, Ceará, Mato Grosso, Paraíba, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins. Já na Bahia, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe a seca voltou a ser registrada em fevereiro.
Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Nordeste novamente registrou a melhor condição, apresentando seca fraca em 14% de seu território no mês passado. O Sul teve a maior intensidade do fenômeno com seca extrema em 11% de sua área. Tanto no Sudeste quanto no Centro-Oeste houve um abrandamento do fenômeno entre janeiro e fevereiro.
Na comparação entre os dois meses, seis estados tiveram uma diminuição da área com seca: Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. No Rio de Janeiro o fenômeno deixou de ser registrado em fevereiro e se juntou ao Distrito Federal e Espírito Santo entre as unidades da Federação livres de seca. No Acre, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Santa Catarina as áreas com seca se mantiveram estáveis em fevereiro, enquanto a extensão do fenômeno se ampliou em seis estados: Alagoas, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e Tocantins. Em fevereiro o fenômeno voltou a ser verificado em cinco estados nordestinos: Bahia, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE , SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Dois estados registraram seca em 100% do território em fevereiro: Acre e Rio Grande do Sul; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação os percentuais variaram de 0% a 76%.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de fevereiro, seguido por Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul. No total, entre janeiro e fevereiro, a área com o fenômeno se manteve em 3,23 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente a 38% do território brasileiro.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Situação por UF
UF | ÁREA | SEVERIDADE DA SECA |
Acre | Estabilidade da área com seca em 100% do Acre entre novembro e fevereiro. Somente o estado e o Rio Grande do Sul tiveram a presença do fenômeno em 100% de seus territórios no último mês | Abrandamento da seca no estado com a redução da seca grave de 17% para 2% do estado entre janeiro e fevereiro. Melhor condição do Acre desde a entrada do AC no Mapa do Monitor em novembro de 2022 |
Alagoas | Entre janeiro e fevereiro a área com seca aumentou de 18% para 33% de Alagoas. É a maior área com o fenômeno no estado desde abril de 2022 (40%) | Estabilidade da seca em Alagoas entre janeiro e fevereiro somente com o registro de seca fraca no estado nesse período |
Amazonas | Redução da área com seca de 63% para 56% do Amazonas entre janeiro e fevereiro. Menor área com seca no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em dezembro de 2022 | Recuo da seca moderada de 21% para 15% do Amazonas entre janeiro e fevereiro |
Bahia | A seca voltou a ser registrada na Bahia entre janeiro e fevereiro. A seca saltou de 0% para 11% do estado nesse período | A seca fraca voltou a ser registrada na Bahia, o que não acontecia desde dezembro de 2022 |
Ceará | Entre janeiro e fevereiro a área com seca reduziu de 11% para 5% do Ceará. Menor área com seca no estado desde o início do Monitor de Secas em julho de 2014 | O estado segue somente com seca fraca, a categoria mais branda do fenômeno, desde março de 2022. Essa sequência de 12 meses é a maior do Ceará desde julho de 2014 |
Distrito Federal | Entre janeiro e fevereiro o DF seguiu sem registro de seca. A última vez que o Distrito Federal teve dois meses seguidos sem o fenômeno foi em fevereiro e março de 2022 | Entre janeiro e fevereiro, o DF seguiu sem registro de seca |
Espírito Santo | Entre janeiro e fevereiro o Espírito Santo seguiu sem registro de seca. A última vez que o estado teve dois meses seguidos sem o fenômeno foi em fevereiro e março de 2022 | Entre janeiro e fevereiro o Espírito Santo seguiu sem registro de seca |
Goiás | Aumento da área com seca de 60% para 67% de Goiás entre janeiro e fevereiro | A seca grave recuou de 30% para 27% de Goiás entre janeiro e fevereiro. Condição menos severa do fenômeno desde os 25% de seca grave registrados em julho de 2020 |
Maranhão | Entre janeiro e fevereiro, o Maranhão registrou o retorno da seca em 10% de seu território. O fenômeno não era registrado no estado desde novembro de 2022 (12%) | A seca fraca voltou a ser registrada no Maranhão, o que não acontecia desde novembro de 2022 |
Mato Grosso | Estabilidade da área com seca em 71% de Mato Grosso entre janeiro e fevereiro. Menor percentual de área com seca em MT desde abril de 2022 (68%) | Estabilidade das áreas com seca grave, moderada e fraca em MT. Menor severidade da seca em Mato Grosso desde sua entrada no Mapa do Monitor em junho de 2021 |
Mato Grosso do Sul | Redução da área com seca de 67% para 62% de Mato Grosso do Sul entre janeiro e fevereiro. É a menor área com seca em MS desde sua entrada no Mapa do Monitor em julho de 2020 | Abrandamento da seca com o desaparecimento das áreas com seca extrema em MS e a redução da área com seca grave de 25% para 21% do estado entre janeiro e fevereiro. Condição menos severa no estado desde julho de 2020 |
Minas Gerais | Recuo da seca de 32% para 30% de Minas Gerais entre janeiro e fevereiro. Menor área com seca em MG desde os 27% registrados em novembro de 2018, primeiro mês do estado no Mapa do Monitor | Redução da área com seca grave de 8% para 2% de Minas Gerais entre janeiro e fevereiro. Menor severidade do fenômeno no estado desde julho de 2019 (sem seca grave) |
Paraíba | Forte aumento da área com seca de 7% para 36% da Paraíba entre janeiro e fevereiro. Maior área com seca na PB desde outubro de 2022 (46%) | Entre janeiro e fevereiro a Paraíba seguiu com 2% de seca moderada |
Paraná | Recuo da seca de 22% para 4% do Paraná entre janeiro e fevereiro. É a menor área com seca no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em agosto de 2020 e o menor percentual entre os estados do Sul | Seca moderada deixou de ser registrada no Paraná em fevereiro. É a melhor condição do estado desde agosto de 2020 e a melhor situação entre os estados do Sul em fevereiro |
Pernambuco | Depois de passar três meses livre de seca, em fevereiro Pernambuco voltou a registrar o fenômeno em 26% de seu território | A seca fraca voltou a ser registrada em Pernambuco em fevereiro, o que não ocorria desde outubro de 2022 |
Piauí | Depois de passar dois meses livre de seca, em fevereiro o fenômeno voltou a ser registrado em 19% do Piauí | A seca fraca voltou a ser registrada no Piauí em fevereiro, o que não ocorria desde novembro de 2022 |
Rio de Janeiro | Desaparecimento da seca no Rio de Janeiro entre janeiro e fevereiro, o que não acontecia desde maio de 2020, mês de entrada do estado no Mapa do Monitor. RJ, DF e ES foram as três unidades da Federação livres de seca em fevereiro | Em fevereiro o Rio de Janeiro não teve registro de seca. Melhor condição do Sudeste, junto com o Espírito Santo |
Rio Grande do Norte | Aumento da seca de 22% para 32% do Rio Grande do Norte entre janeiro e fevereiro. É a maior área com seca no estado desde maio de 2022 (42%) | Estabilidade da área com seca moderada em 4% do RN entre janeiro e fevereiro. Outros 28% do território potiguar tiveram seca fraca em fevereiro. Maior severidade do fenômeno entre os estados nordestinos |
Rio Grande do Sul | Estabilidade da área com seca em 100% do Rio Grande do Sul entre dezembro e fevereiro. Somente o estado e o Acre tiveram seca em 100% de seus territórios em fevereiro | Avanço da seca grave de 20% para 34% do Rio Grande do Sul entre janeiro e fevereiro. É o único estado monitorado com registro de seca extrema em fevereiro, apresentando a condição de seca mais severa do Brasil |
Rondônia | Avanço da seca de 70% para 76% de Rondônia entre janeiro e fevereiro | Aumento da área com seca moderada de 16% para 19% de Rondônia entre janeiro e fevereiro. Condição mais severa da seca em Rondônia desde sua entrada no Mapa do Monitor em agosto de 2022 |
Santa Catarina | Estabilidade da área com seca em 28% de Santa Catarina entre dezembro e fevereiro. Maior área com seca no estado desde maio de 2022 (68%) | Entre novembro e fevereiro houve somente o registro de seca fraca em Santa Catarina |
São Paulo | Recuo da seca de 84% para 63% de São Paulo entre janeiro e fevereiro. É o menor percentual com seca em SP desde a entrada do estado no Mapa do Monitor em novembro de 2020 | Seca extrema deixou de ser registrada e houve redução da área com seca grave de 22% para 11% de São Paulo entre janeiro e fevereiro. É a condição menos severa no estado desde novembro de 2020 |
Sergipe | Em fevereiro a seca voltou a ser registrada em 17% de Sergipe. Desde novembro de 2022, o fenômeno não era verificado no estado | A seca fraca voltou a ser registrada em Sergipe em fevereiro, o que não ocorria desde novembro de 2022 |
Tocantins | Aumento da área com seca de 19% para 27% de Tocantins entre janeiro e fevereiro. Maior área com seca no estado desde dezembro de 2022 (30%) | Estabilidade da seca moderada e da seca fraca em Tocantins entre janeiro e fevereiro |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além do Acre, Amazonas, Rondônia e Tocantins. O processo de expansão continuará em 2023 até alcançar todas as 27 unidades da Federação, com a inclusão do Amapá, Pará e Roraima neste ano.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 23 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana
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