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Chuvas acima da média contribuíram para a melhora do quadro nas duas regiões. Severidade do fenômeno também diminuiu em todos os estados do Sul, BA, ES, GO, MA, MS, MG, PI, RJ e TO. Distrito Federal deixou de registrar seca.
Monitor de Secas registra recuo da seca no Sudeste e Centro-Oeste e aumento da área com o fenômeno no Nordeste em fevereiro
Em fevereiro deste ano, em comparação a janeiro, as áreas com seca tiveram redução em nove das 20 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas: Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. O DF foi o que teve a maior mudança com o desaparecimento do fenômeno em seu território – o único sem seca no contexto do Monitor. Três estados do Sudeste também tiveram fortes reduções de áreas com o fenômeno: Espírito Santo (79,9%), Rio de Janeiro (61,3%) e Minas Gerais (42%).
Já em dez unidades da Federação, 100% de seus territórios continuaram com seca no último mês em comparação a janeiro: Alagoas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Em termos de severidade do fenômeno, 12 estados tiveram o abrandamento da seca entre janeiro e fevereiro: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins. Por outro lado, sete unidades da Federação tiveram agravamento da situação de seca, marcado pelo avanço da seca grave (Sergipe e São Paulo) e a expansão das áreas com seca moderada (Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte). Enquanto na Bahia houve o fim da seca grave junto com o aumento da área total com seca, em São Paulo aconteceu a expansão do território com seca grave acompanhada da redução da área total com o fenômeno.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, a Bahia lidera a área com seca, seguida por Mato Grosso do Sul e Goiás.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
No Nordeste, observou-se piora na condição de seca, marcada pelo aumento das áreas com seca fraca e/ou moderada em parte do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, devido às chuvas abaixo da média ao longo dos últimos meses. Por outro lado, devido às precipitações acima da média em fevereiro, houve uma redução da área com seca fraca no Maranhão e atenuação do grau de severidade da seca entre a Bahia e Piauí, que passou de grave para moderada.
No Sudeste, em função das chuvas acima da média, houve recuo da seca fraca em todos os estados, além do abrandamento da seca em áreas de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Em contrapartida, no norte paulista a seca grave avançou em função da piora nos indicadores.
Já no Sul, houve uma atenuação do grau de severidade da seca na região sul do Rio Grande do Sul, no nordeste de Santa Catarina e no sudoeste do Paraná, devido às chuvas acima da média nos últimos meses. Nas demais áreas cobertas pelo Monitor, destacam-se os recuos das secas grave e moderada em Mato Grosso do Sul, Tocantins e Goiás; além do recuo da seca extrema no norte sul-mato-grossense. Também foi observado o desaparecimento da seca fraca no Distrito Federal, em decorrência de chuvas acima da média. Veja os detalhes de cada unidade da Federação no site do Monitor de Secas.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor agora abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, Tocantins, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 19 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.